25 de Abril: Mudou alguma coisa?

Bons dias, tardes ou noites!

Estimados insanos leitores, venho hoje, neste dia tão "intensamente" celebrado por todos os portugueses, fazer a minha análise dessa data tão importante para alguns e tão aguerridamente defendida por outros e criticada por poucos.

Antes da "revolução" (sim, entre aspas porque aquilo não foi nenhuma revolução... aliás todas as revoluções neste matagal à beira mar plantado desde a implantação da républica foram nada mais, nada menos que abortos políticos...) havia um sistema que se dedicava a fazer das pessoas cordeirinhos intelectualmente embrutecidos (leia-se mentecaptos), não desenvolvia o país economicamente com medo de que isso fosse inadvertidamente levar a uma abertura das "mentes" e consequente revolução...

Para além disto, ainda era um sistema político que impedia as pessoas de falar (embora não as impedisse de pensar por muito que seja simpático pensar que as pessoas no Estado Novo eram impedidas de pensar. Não o eram... mas como pensar custa e em Portugal o esforço intelectual é um problema de facto, fica bem pensar que não era permitido falar e PENSAR!). Quando, eventualmente, alguém decidia falar e lutar por alguma causa ou direitos era "suicidada"... Temos o exemplo do General Humberto Delgado e certamente que houve muitos incógnitos que tiveram a mesma sorte de saberem se existe vida ou não depois da morte...

Ora bem, hoje em dia, após uma mudança de coméstica política no sistema governativa as coisas estão ligeiramente diferentes... mas só ligeiramente. Senão vejamos, o actual sistema permite às pessoas estudarem até a um nível de ensino elevado, no entanto, não lhes garante as condições para que tenham emprego ao nível das suas qualificações (ou seja, estuda-se muitas vezes só para sustentar um sistema de ensino que faz muita gente rica.). A somar a isto, ainda há o facto de que o actual sistema insiste em tirar qualidade ao ensino em Portugal. Tudo isto leva a que as pessoas sejam esclarecidamente intelectualmente embrutecidas ao contrário do que se passava antes onde eram ignorantemente intelectualmente embrutecidas.

A nível económico a democracia de facto trouxe alguns melhoramentos, no entanto é tudo fogo de vista pois a própria democracia começou por destruir a base do tecido económico que já existia no Estado Novo e depois fez do país um antro de investimento estrangeiro a curto prazo e nem sequer se preocupou em usar os recursos que esse mau investimento trouxe ao país para fazer um desenvolvimento a longo prazo.

Hoje em dia é permitido às pessoas falarem abertamente do que quiserem sem medo serem suicidadas (embora nalguns casos devia de haver excepção porque há gente que mais valia estar calada... Vá que o cavalheiro se encontra num cubículo de terra ao largo das costas de Marrocos.), mas convém que saibam que se disserem algo que chateie ou seja minimamente incoveniente a alguém do "sistema" irão sofrer consequências.

Concluindo, os problemas anteriores à pseudo-revolução estão cá quase todos só ligeiramente disfarçados. Por isso pergunto-me para que celebrar uma coisa que só trouxe beneficios a alguns? E mais, se assim não foi, então digam-me uma coisa: onde para o entusiasmo dos cidadãos livres deste país quando se trata de celebrar esta mudança de sistema politico que "tão bem" trouxe ao país?

Quem vê de fora até pode pensar que o 25 de Abril é apenas um feriado...

Dito!

1 comment:

José Carrancudo said...

Infelizmente, este Governo sabe tão pouco do Ensino como os seus antecessores, e só se preocupa em poupar dinheiro.

O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.

Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.

Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.
email: gme@me.gov.pt, se.adj-educacao@me.gov.pt, se.educacao@me.gov.pt