Ministerio vs Professores

Ora bem, há já muito tempo que queria ter vindo aqui tecer umas criticas acerca deste ilustre tema mas sinceramente queria esperar para ver o que se ia passar para não falar antes do tempo. Acho que neste momento já tenho mais que condições para fazer umas pequenas reflexões sem, no entanto poder tirar conclusões definitivas.

1- A senhora ministra da educação, com ou sem razão, devia de ter em conta que se "apanham mais moscas com mel do que com vinagre". A persistência é uma virtude mas há que ter em conta a diferença entre ser persistente e teimoso.

2- Afinal, no meio disto tudo, o que é que os professores querem? É que, com as "cedências" que a ministra já fez, seria de esperar um recuo nas formas de luta dos sindicatos/professores. Tal não tem acontecido o que leva qualquer mente a interrogar-se se de facto os professores não querem este sistema de avaliação ou se o que querem é que não haja pura e simplesmente avaliação. Pessoalmente parece-me que os professores estão é a tentar atirar areia para a cara das pessoas dizendo que este modelo não serve sugerindo modelos de avaliação que nada de facto avaliam.

Já ouvi reivindicações dos professores que basicamente sugeriram modelos de avaliação que depois na prática não teriam consequências. Estou a falar na oposição aos numerus clausus para as qualificações. Meus amigos, quando se avalia alguém uns passam outros não. Com os alunos e qualquer outro trabalhador os bons e a excelência são premiados e os que não conseguem atingir as metas necessárias ficam para trás. Uma avaliação que não tem este funcionamento de causa-consequencia em mente não é avaliação nenhuma!

Ainda neste ponto, seria altura de os professores do ensino não superior porem o cerebro a trabalhar e verem que proporem modelos de avaliação onde impera uma "auto-avaliação" é BRINCAR com coisas sérias e gozar com a cara de todos os outros cidadãos. Caso este modelo seja adoptado (o que penso que não será) então sugiro já agora que se estenda a todos os demais cidadãos, a começar pelos alunos que são os que mais proximos dos professores estão. Acabe-se com exames e os alunos passam a avaliar-se a si próprios.

Deixando ironia à parte agora, talvez uma "auto-avaliação" dos professores e seus dirigentes sindicais quanto às suas propostas ridiculas fosse uma boa ideia!

Deixo aqui dois apelos:

1- Senhores Professores e respectivos Dirigente Sindicais, venham com propostas sérias e tenham "tomates" para dizerem que o que os senhores não querem é ter de trabalhar mais (note-se que os professores, segundo sei, para além do fim de semana ainda dispoêm de mais um dia de folga por semana - corrijam-me se tiver errado)! E que na realidade são contra este modelo porque ele vai implicar isso mesmo, mais trabalho! (Deixo aqui a salvaguarda de que nem todos os professores estão de acordo com esta posição.)

2- Senhora Ministra, talvez seja altura de parar com tentativas de negociações quando não há intenção de o fazer. Ao menos sabe-se o que se pode esperar. Já agora, era tempo também do ministério pelo seu lado acabar com esta patética luta que só acaba por prejudicar quem está na escola para aprender!

(Des)Acordo ortográfico

Antes de dizer seja o que for, não, para mal de muita gente ainda não abandonei o blogue... Espero ainda ter oportunidade para causar reacções a estilo "avestruz" (esperando, no entanto, que elas venham mais fundamentadas e não tão "resumidas" como aconteceu no passado...). Tendo isto dito passemos a coisas "menos" sérias.

Boa tarde (para mim pelo menos)!

Hoje decidi vir falar deste célebre (ou não, visto que não se fala nele. Quem estiver a ver até pensa que as criaturas "atormentadas" que tiveram esta (in)feliz ideia querem esconder qualquer coisa até à aprovação no parlamento...) assunto que tantas dores de cabeça irá provocar em todos os quadrantes da sociedade portuguesa.

Começo por dizer que acho semelhante ideia não só totalmente descabida como também perfeitamente ridícula. Já desde os anos noventa que se falava de tal projecto. A razão avançada: uniformizar a língua portuguesa. O que eu me pergunto é: para quê? Em que é que o comum dos cidadão vai beneficiar com isto? Talvez do lado do Brasil haja cidadãos para quem isto será uma bênção visto que falar correctamente, seja que língua for, é de facto um desafio comparável à dobragem do cabo das tormentas, com a diferença que no caso destes cidadãos o barco nunca chegará a bom porto... E do lado de cá há certamente outros tantos que nem falar sabem e o que sabem é das telenovelas brasileiras ou dos programas altamente culturais que passam em determinados canais logo pela manhã...

Não quero com isto dizer que os brasileiros no geral não sabem falar e escrever como se fosse algo inerente à nacionalidade. Saber sabem mas, e permitam-me a arrogância, a maior parte não é português que fala... De facto eles falam uma outra língua com origens e em tudo semelhante ao português; chamemos-lhe brasileiro. Mas mesmo tendo isto em conta, ainda existe uma grande parte da população daquele país que nem essa pseudo-língua sabe falar, falando um qualquer conjunto de palavras avulsas e/ou "aportuguesadas" do inglês.

Exemplo: condensador em português passa a capacitador em "brasileirês" (qualquer semelhança com capacitor em inglês é pura coincidência).

Com estes faCtos expostos, avanço para outra perspectiva. Mesmo que isto não provoque impaCto no leitor então eu acrescento isto. Para um acordo que quer uniformizar a língua algo então escapou a quem o fez certamente. De faCto os "c" e outras letras mudas vão desaparecer da escrita com o acordo e até aqui uniformiza-se a língua. O problema começa quando o mesmo acordo prevê que se possa escrever a mesma palavra de acordo com a pronúncia de cada um. Ou seja a título de exemplo (o mesmo usado pela rtp1 segundo me lembro) temos a palavra tectónica. Para esta palavra em vez de haver uma única forma de escrever passará a haver múltiplas formas (tetónica, tectónica, tetônica...). Ora bem eu pergunto então: raios e coriscos... onde foi parar a uniformidade da língua? Vamos todos procurar debaixo da cadeira e da mesa do computador para ver se está lá!

Com tudo isto ainda acrescento: já pensaram na concorrência que as editoras portuguesas vão ter que enfrentar nestes primeiros tempos? Sim porque o que se fala no Brasil é evidentemente mais próximo do acordo do que o que se fala na europa... E ainda digo mais: de onde saiu esta brilhante ideia da necessidade de uniformizar a língua quando outras línguas como o inglês e o francês convivem harmoniosamente desde há séculos sem nunca ninguém se ter lembrado de tal coisa? Já viram algum inglês, americano, australiano, sul-africano a ter problemas em perceber o que o outro diz por causa de falarem e escreverem de maneiras diferentes? Isto só acontece com o português devido a completa ignorância que reside em território brasileiro (e no caso português também não fica nada atrás). Eles não percebem o que os portugueses dizem simplesmente porque são intelectualmente embrutecidos, não por algum defeito genético (ou então se calhar... mas lá chegarei) mas antes por um analfabetismo crónico. Da quantidade de alunos brasileiros que frequentam o ensino superior (e eu conheço alguns) há de facto um pequeno período de adaptação, como é normal em qualquer caso de diferença de sotaque, mas não faz de todo com que eles não percebam aquilo que se diz. Logo concluo que não é algo inerente à língua mas sim a quem a fala. Se estes alunos percebem então todos os brasileiros com mais ou menos facilidade inicial conseguem perceber. Só não percebem se não quiserem. Aliás, isto passa-se de igual modo com nuestros hermanos: eles só não percebem o Português quando não lhes interessa. O curioso é que o inverso já não é inteiramente verdade. Os portugueses que não conseguem perceber brasileiros e espanhóis padecem do mesmo problema referido antes: um analfabetismo crónico que lhes provoca um embrutecimento intelectual digno de registo; ou então pura falta de vontade.

Então digo isto como remate: a quem de facto serve o acordo ortográfico e para quem é que ele é feito? Se do lado do Brasil não há vontade em falar melhor a língua, que também é, deles e continuam a insistir em falar como bem querem porque haveremos nós de mudar a nossa maneira de falar e escrever? Este acordo não serve ninguém para além dos interesses editoriais Brasileiros. Pena que o povo português seja também "futebolicodependente" para ver que há outros "ataques" à nação para além daqueles que se passam dentro de um estádio de futebol. Gostaria de ver uma mobilização igual à do euro2004 quando assuntos desta natureza estão em causa. E já agora, faz todo o sentido que este acordo seja feito por um governo que tem um PM à sua frente que em termos académicos também precisou de artimanhas para conseguir ter o diploma e ser (ou não... se calhar vai sendo...) engenheiro. Não notam aqui um padrão?

Os Jovens de hoje (mais uma vez)

Caro insano leitor venho aqui (novamente) falar deste tema que tantas vezes nos surge à frente. Decidi também que não iria falar nele na altura pois é bom que passe um certo tempo e que se continue a lembrar das coisas para que não sejam esquecidas. Por isto mesmo aqui estou hoje.

Em primeiro lugar o video:



Comentários a tecer a isto...

Em primeiro lugar pergunto uma coisa simples: nesta patética sequência de imagens onde está a culpa? Em minha humilde e insana opinião, o problema e consequente culpa não está em nenhum segundo do video. O problema encontra-se antes das imagens, mesmo antes dos alunos ali presentes terem entrado na escola. Sim, estou a dizer que o problema está em casa dos mesmos.

O problema desta aluna, e pelo que li nas notícias, prende-se com, antes de tudo, a falta de educação (e refiro-me tanto à falta de estudos como à falta de noção de liberdade e respeito) da mãe (e provavelmente do pai também). Quando não se tem educação não se pode saber dá-la. O triste disto tudo é que os professores hoje em dia (e tendo em conta os limites legais) não podem fazer nada para evitar estas situações. Um tabefe (e em meu ver muito bem) não é permitido mas as penas alternativas mais não são que umas palmadinhas nas costas dos alunos.

Para além disto, os pais que acham que os professores não podem bater nos seus filhos, provavelmente em casa são os primeiros a agredirem-los (sabe Deus como por vezes). Depois deixam os filhinhos (que coitadinhos são burros, estúpidos e desprovidos de qualquer capacidade intelectual) fazer tudo o que lhes apetece.

Tudo isto decorre do clima de impunidade que hoje em dia reina na sociedade. O 25 de abril trouxe de facto liberdade mas depressa se passou para uma sociedade onde não há limites para nada e onde se "fuzila" quem ouse impor regras e ainda mais quem as quer fazer cumprir.

Exemplo: cria-se um imposto ou regra nova e a primeira coisa que o português pensa é "que posso eu fazer para não o/a pagar/cumprir?".

Sem querer voltar a repetir-me com coisas que disse noutros posts anteriores, digo apenas isto: está na altura de os pais tomarem conta dos seus rebentos como pais que devem ser. Está na altura de os pais deixarem de ver a escola como depósito dos filhos e como sítio onde se deve ensinar tudo. A escola TEM de ser um lugar de aprendizagem ACADÉMICO e não de regras de boa educação. Essas terão de provir de casa, dos pais e familiares mais velhos. Caso isto falhe, terá de haver regras firmes e (infelizmnente) extremamente DURAS para os infractores. Está na altura de o crime deixar de compensar.

Para terminar faço aqui uma citação que subscrevo quase na totalidade.

Feita por um utilizador de youtube ao video por mim ali colocado (e viva o mau feitio):

"minimo de liberdade" o problema é que muitos jovens confundem liberdade com LIBERTINAGEM, e acham que liberdade é fazer tudo o que lhes apetece! A aluna e a turma (grande parte dela) fizeram isto pq nao têm a mais minima vocação para estudar, serão os futuros desempregados ou empregados de salario minimo, sem perspectivas de futuro, isto caso cheguem a algum lado, e não se fiquem por serem drogados, vagabundos ou prostitutas! Quanto a agressões em salas de aula: 97% sao de alunos e 3% professores.

in http://www.youtube.com/watch?v=mY3CqYCbxiE (28/03/08).

Ken lee - Parte 2

Volvidos uns tempos depois...



Ken leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! YAY!

Ken lee???

Estimado leitor venho por este meio deixar-vos aqui um video que vos irá surpreender (caso ainda não o conheçam) que vos irá deixar perplexos com a qualidade linguistica da sua interprete.


Fidel Castro resigna

Caro insano leitor, antes de falar sobre o tema deste novo post uma palavrinha ao meu estimado leitor Eu.

A razão pela qual eu postei duas vezes o mesmo post prendeu-se com o facto simples, puro e duro de eu ter clicado vezes a mais no botão "publicar mensagem" após momentos fustrantes em que só me aparecia o famoso erro 404... Noutras palavras, azelhice da minha pessoa.

Voltanto ao assunto que me leva aqui escrever hoje, soube pelo telejornal (algo que já não via há mais de 2 meses) que "el comandante" resignou aos cargos que ocupava. A razão de facto pareceu-me óbvia e apenas me surpreendeu vindo tão tarde... Mas não é isso que me leva a querer dizer algo acerca deste assunto.

O verdadeiro motivo para eu tecer aqui um comentário prende-se com o que se irá passar daqui em diante. Irá Cuba tornar-se uma democracia? Irá Cuba continuar no mesmo caminho? Bem parece-me que inevitavelmente Cuba verá o seu sistema politico mudar de uma forma ou de outra. A questão é porque?

Voltamos mais uma vez às velhas questões da soberania nacional e a da liberdade de cada país escolher o seu rumo. Cuba, após experimentar as "virtudes" do colonialismo americano decidiram tentar outro rumo... Os americanos, como crianças grandes que são, fizeram birra e provocaram o embargo a Cuba.

Por isso pergunto: porque têm os cubanos de mudar pra um sistema politico que lhes é imposto e que no passado só os levou à miséria? Se calhar miséria por miséria mais vale ficar num que foi escolhido por eles próprios... Digo eu vá...

Mas caso mudem, espero que ao menos o façam de livre vontade e não porque EUA e UE lhes dizem para mudarem e que o façam sabendo que o capitalismo e democracia por sí só não lhes trarão as "riquezas" desejadas. Será preciso trabalharem e muito para terem o que querem e terão já de contar com o capitalismo americano pronto para mais uma vez lhes tomar contar do país.

Numa outra nota: na reacção ao anuncio da resignação de Fidel, George W. Bush disse qualquer coisa como, "é triste ver as pessoas a serem presas sem motivo aparente ou só por criticarem as decisões do governo". Bem eu só tenho duas palavras para dizer ao senhor Bush: Patriot Act.

Bolonha

Caro leitor venho aqui apenas falar, muito brevemente, de um assunto o qual me tem afectado pessoalmente... Estou a falar (como de resto se podia ler no título) do aclamado Processo de Bolonha.

Pois muito bem, volvido um semestre de experiência pessoal deste processo e juntando a isto os testemunhos de vários amigos que também estão a passar pelo mesmo em várias faculdades da UP (lamento mas não tenho testemunhos de outras universidades pelo que, tudo o que se dirá aqui será respeitante à Universidade do Porto), chego à conclusão que Bolonha apenas serviu para duas coisas: facilitar a mobilidade de alunos (a qual de resto já existia e a melhoria não foi assim tão evidente, digo eu vá...) e sobretudo, isso sim, sobrecarregar os alunos de trabalhos.

Pois bem, a sobrecarga de trabalhos era esperada e, do meu ponto de vista pessoal, até bem vinda já que simula muito mais a realidade de um trabalho real. Contudo, era suposto as avaliações finais serem eliminadas ou pelo menos perderem o seu peso.

Os facto mostraram-me que, não só passaram os estudantes a terem o triplo de trabalho durante o ano, como também esse trabalho em excesso não é valorizado pois a avaliação final por um exame de 2h-3h continua a decisiva para a aprovação na grande maioria de cadeiras. Lamentavelmente fico com a ideia de que os professores do ensino superior em Portugal (e de facto no resto do mundo também) continuam a pensar que decidir a vida de um qualquer aluno numa prova de duas horas é sinonimo de ele estar ou não preparado para enfrentar o mercado de trabalho...

Acho que isto acontece (pelo menos neste matagal à beira mar plantado) devido ao facto de que os professores sofrem todos de artroses e outras doenças debilitantes que lhes impedem de trabalhar. Sim porque corrigir 100 trabalhos é muito mais penoso que corrigir 100 exames mas ninguém lhes pediu para serem professores e mesmo que tivessem pedido a escolha final da profissão é deles. Seria interessante um operário da construção civil (vulgo trolha), andar a acartar predinhas de 20 gramas em vez de andar a carregar tijolos de 5 kg. Talvez os professores devessem pensar que corrigir trabalho é parte da razão porque que pagam no final do mês.

Em suma, penso que Bolonha vai ser mais um fiasco na educação deste misero país que de facto é muito pequenino... em esforço para atingir seja que fim for (os outros que trabalhem... eu já faço que chegue né?).

Dito.

Ainda não foi desta...

Caros leitores,

Bem, embora eu muito tente mas de facto não tenho podido aqui vir postar nada... Último ano de curso logo há muito que fazer...

Como não sei que disponibilidade terei para aqui vir, não volto a dizer que "em breve" virei postar aqui qualquer coisinha demente...

Mas contem os meus estimados leitores que este blog está longe da morte... Encontra-se antes num estado... vegetativo.

E pronto, tentarei postar algo insanamente demente assim que possivel e retomar a minha actividade bloguista.

Cumprimentos.