Investigação em Portugal? Não, não... Isso não pode ser!



Depois dos resultados da investigação dos EUA à origem da crise financeira, muitos pediram que se fizesse uma igual investigação em Portugal. Até o próprio Presidente da comissão americana o recomendou! Agora vejam como os responsáveis e amigos/colegas dos responsáveis fogem com o rabo à seringa. É que é o pânico total da esquerda à direita. 

Podem ler as reacções nos seguintes links.

Ilda Figueiredo
Diogo Feio
José Manuel Fernandes
Elisa Ferreira

Curioso é que quem reagiu primeiro foi quem está no grande tacho que é o Parlamento Europeu. É sempre mais fácil acusar alguém sem provas, especialmente se for um organismo abstracto do que dar caras concretas aos problemas!

Passos - o incompreendido

Passos rejeita apresentar mudanças à lei do aborto - Política - PUBLICO.PT

Afinal, já não quer fazer alterações. Só falou porque há cidadãos a apresentarem petições sobre o assunto... Já agora, também vai falar do acordo ortográfico? E dos direitos dos animais? E do fim das touradas? Será que também vai anunciar publicamente que o PSD falará disso? É porque também há petições para esses assuntos! Esses e outros. Será que ele, se ganhar, vai andar os próximos 4 anos a falar desses assuntos todos? Será que, sempre que houver uma petição, Passos insistirá em falar nela?

Mas este gajo anda a dormir, acha que quem o ouve é burro, ou será que simplesmente não sabe o que anda por lá a fazer? Assim não dá. Não há por aí nenhum Tiririca para eu votar? Será que o senhor sabe ao menos que, para mudar a Lei do Aborto, terá que convocar um novo referendo? Ou será que quando e se for governo o PSD já vai achar necessário referendos para tudo e para nada? Será que Passos e o PSD só gostam de referendos quando estão na oposição?

Que circo aqui vai...

Passos com mais um não-assunto

Passos Coelho quer alteração à lei do aborto - Portugal - DN

 
Ainda me lembro de ouvir gente desta direita bacoca a dizer que, nos tempos actuais, o casamento homossexual não era um tema urgente ou que fosse preciso falar. Não era tempo. Havia coisas mais urgentes. Pois então pergunto, o que anda Passos Coelho a fazer falando do aborto? Afinal aquilo é importante? Não temos já uma lei, recente até e aprovada em referendo, a funcionar? Então os problemas mais importantes agora desapareceram? Evaporaram-se? Ou será que Passos Coelho não tem já mais nada de interessante para dizer e tem que arranjar tema de conversa/campanha?

Começou com uma revisão constitucional e vai agora acabar com uma "revisão" à lei do aborto? Pergunto-me se a seguir vai falar outra vez na quantidade de sal no pão?!... Ou, se calhar, a pensar nos problemas de obesidade em Portugal, vai propor legislar sobre a quantidade de hidratos de carbono nos Pasteis de Belém (vulgo, Pasteis de Natas)...

É gira a rapidez com que se criam não-assuntos para evitar falar daquilo que verdadeiramente importa e que Passos (e Sócrates) não tem nada de interessante para dizer. Gira é também a rapidez com que se muda de opinião em Portugal e como os demagogos e mentirosos saltam de uma posição para outra. No final disto, gostava de saber que votos pensa Passos que vai ganhar ao falar do aborto?

É isto que o candidato que se propõe ser alternativa a Sócrates tem para dizer? Ser do contra por ser do contra ou só para ser diferente? Ideias novas ou falar verdade pela primeira vez na vida enquanto líder do PSD não lhe passará pela cabeça? Se eu ouvir Passos Coelho dizer que, se for Primeiro-Ministro irá fazer quase tudo igual a Sócrates mas sem as trapalhadas do outro, eu voto nele, pois aí ele estará a falar verdade. Até lá e enquanto Passos tentar provar a sua [in]diferença perante Sócrates, lamento, mas nem um nem outro me convencem.

E mais sondagens ainda...


Eu bem digo que isto é uma palhaçada. Isto não são eleições, são guerras de comadres.

Reparem na seguinte notícia do ionline: "Um dia depois da sondagem da Intercampus (Público/TVI) ter dado uma subida de votação para PSD (39,6%), distanciando os sociais-democratas do PS (33,2%), a Universidade Católica mostra um empate técnico entre os dois partidos, com 36% das intenções de voto para cada um."

Parece que estamos num circo. Um dia sai uma sondagem a dar vitória ao PS. Noutro sai uma a dar ao PSD e depois ainda aparece outra com os dois empatados. Esta guerrinha de [des]informação é patética para os políticos mas mais patética é ainda para os meios de comunicação social que parece que entraram agora numa guerra de sondagens...

Haja paciência! Deixe-se é o povo tranquilamente decidir que é o que se precisa, de uma boa decisão (se tal é possível com tão maus candidatos)... 

Aqui fica a lista das sondagens com respectiva data.


E podia continuar mas prefiro deixar aqui um link com um resumo de quase todas as sondagens. São quase diárias e, é normal que as empresas de sondagens as façam. O que não é normal é que apareçam todos os dias nos noticiários como principal notícia do dia, sempre que PS empatam ou desempatam.

Resumo das sondagens pode ser consultado aqui.

Economias...



Tempo houve em que a economia era uma análise do funcionamento real dos mercados. Hoje, com a baixa gama de gente que ensina economia nas Universidades, a desonestidade das grandes vozes da economia mundial e seus associados, fico com a ideia que isto deu uma volta de 180º.

A economia já não é uma ciência que estuda a realidade, é antes um meio de criação da realidade. Hoje, a ciência económica dos nossos economistas de treta, cria-se a ela própria sem olhar para os factos do meio sócio-económico. Aliás, hoje não se criam modelos para explicar a prática económica. Hoje, criam-se modelos aos quais a realidade da prática económica e a própria sociedade se têm que adaptar.

Ontem ouvi uma muito boa de um [mau] economista, ex-[mísero] Professor de Finanças. Disse ele que "cabe aos economistas convencer os decisores políticos e outros decisores da sua utilidade". Enquanto os economistas não perceberem que são eles que se têm de subjugar ao poder político e não o contrário, vamos todos andar muito mal. O mundo esteve "bem" enquanto a política mandava na economia. A partir do momento em que a economia passou a mandar na política e passou a ser um fim nela própria, as coisas começaram a correr mal.

Só me pergunto é quanto tempo é que demorará até os economistas começarem a pagar o preço dos seus próprios erros com revoltas por todo o lado...

Eleições viradas em corrida de sondagens...

 
Com a constante catadupa de sondagens que tem havido, as eleições que se seguem deixaram de o ser. Com tanta sondagem que ora dá a vitória a PS, ora dá a vitória a PSD, ora declara que eles estão empatados, ficamos a saber que os jornalistas em Portugal estão a perder a sua vocação que é relatar jogos de futebol.

Isso ou então, a desonestidade dos meios informativos chegou a tal ponto que, enquanto as sondagens não derem o resultado que se quer, fazem-se sondagens atrás de sondagens até se ter o resultado esperado. A isto não se pode chamar eleições livres. A isto chama-se manipulação eleitoral. Pergunto-me se os meios de informação portugueses terão ido à República Popular da China aprender a técnica de altifalantes espalhados nas ruas para dizer às pessoas quem são os bons ou os maus.

Honestamente, nesta altura do campeonato, com o leque de maus candidatos que temos, bem pior do que foi o das eleições presidenciais, pouco me importa quem para lá vai. Qualquer das duas principais opções coligadas ou sozinhas vai ser uma tragédia para o país. O que me importa verdadeiramente, neste caso, é que as pessoas possam fazer uma escolha verdadeiramente pessoal e livre. Com a actuação dos meios informativos, os quais são peritos em desinformação ou não-notícias, as pessoas são manipuladas a votarem neste ou naquele, especialmente se considerarmos que ninguém gosta de perder e que muita gente vai votar naquele que pensa que vai ganhar.
Ainda irei falar mais, noutro post, acerca da porcaria de jornalismo que hoje temos em Portugal.

Com os políticos portugueses é tudo conversa

 
Ouvem-se agora, de quase todos os políticos, uma crescente preocupação com os gastos públicos, com o crescimento económico, com a nível e qualidade de vida dos portugueses. Resumindo, de repente, criou-se uma consciência político-moral com as injustiças do país. Isto é, na minha modesta opinião, uma grande aldrabice e falsidade.

Repare-se que, já com sérios problemas orçamentais, José Sócrates decidiu gastar 8 milhões de euros (se a memória não me falha) na renovação da Assembleia da República. Instalou computadores (situação inédita nos parlamentos europeus - incluindo o próprio Parlamento Europeu) para os deputados poderem aceder aos jornais nacionais, blogues e tudo o mais que pouco ou nada se relaciona com o trabalho e funções de deputado. Houve algum partido que se tenha oposto a este gasto perfeitamente adiável, se não mesmo desnecessário? Obviamente que não. Do BE ao CDS, fez-se o silêncio.

Depois, com tanto problema para resolver, achou-se que era necessário mexer na Lei de Financiamento dos Partidos. Podia até sido para limitar o financiamento por forma a poupar dinheiro ao Estado mas não. Contrariamente foi antes aprovada uma nova lei que deixa abre portas à corrupção e ainda, haja espanto, possibilita que os partidos políticos multados durante as eleições possam ver essas multas deduzidas e, portanto, reembolsadas pelo Estado. Não me recordo de ter havido muito alarido sobre isso. Aliás, lembro-me até de um jornalista ter dado esta notícia de fugida e como se tivesse dito a maior banalidade do mundo.

Em cima disto, Portugal tem gastos perfeitamente absurdos com a Assembleia da República. Em 2010 gastou-se 191.405.356,61 € com os senhores deputados e demais companhia. Não, não se engane o leitor, leu bem. Foram mesmo gastos mais de 191 milhões de euros.

Mas escusamos de ficar por aqui. Olhemos para os dados dos gastos da nossa Presidência comparados com várias monarquias europeias. Os dados não são do mesmo ano mas os valores são suficientes para comparação.

Presidência da República Portuguesa (ano 2010): 20,7 milhões de euros - 1,9 € per capita
Casa Real Britânica (ano desconhecido): 48,8 milhões de euros - 0,81 € per capita
Casa Real Sueca (ano 2006): 5,13 milhões de euros - 0,55 € per capita
Casa Real Espanhola (2009): 8,9 milhões de euros - 0,19 € per capita

Sabia, então o leitor, por exemplo, que a nossa Presidência da Republica custa 3 vezes mais do que a Casa Real Espanhola? Sabia o leitor que a nossa Presidência da República custa, a cada português, mais de duas vezes o que custa a Monarquia Britânica a cada britânico? Ou ainda que cada português paga 4 vezes mais do que paga um Sueco pela sua Monarquia? Mas alguma vez ouvi-se alguma partido a falar da necessidade de cortar os gastos com o Senhor Presidente e afins? Alguma vez se ouviu o próprio Presidente a falar do mesmo, embora fale muitas vezes da necessidade de cortar os gastos com o Governo?

Por vezes ouço falar do argumento que uma monarquia fica muito cara e que uma república fica mais barata... Pois bem, a julgar pelos gastos, tragam-me uma dois Reis Juan Carlos para cá que, mesmo assim ainda ficamos a ganhar do que com um só presidente.

Enquanto os portugueses continuarem a ouvir, acreditar e votar nestes senhores perfeitamente demagogos, se não mesmo mentirosos, não iremos sair da cepa torta. Quem quis cá o FMI agora tem a prova que isso não seria oportunidade nenhuma. A vida do FMI não trouxe nada de novo pois quem vai pagar a factura das tretas dos nossos governantes/políticos são os do costume. O que devia ter sido cortado não foi pois continuam os mesmos responsáveis pela crise, quer no governo quer na oposição. Se a oposição passar a ser governo nada mudará na mesma pois continuarão a ser os mesmos a governar só que em lados opostos do pódio da Assembleia.

Promessas vãs em tempo de eleições

 
Passos admite rever regime de descontos de independentes - Portugal - DN

Nem de propósito, depois de ontem ter falado deste assunto aqui, comentando o líder do BE, Francisco Louçã, vem agora Passos Coelho falar da mesma coisa e dizer o que eu já tinha dito. São coisas curiosas estas descobertas de problemas na altura das eleições, as quais, durante décadas, na Assembleia de República foram constantemente ignoradas ou "esquecidas". Num momento "difícil" para o país, em que parece que batemos no fundo, os políticos descobrem, oportunisticamente os problemas todos que afligem tudo e todos. Pena é que estes problemas não sejam novos e, quando nos locais apropriados para os resolver, eles voltam para a gaveta.

Passos Coelho, quando fala dos recibos verdes, está a falar do que não sabe e do que, na realidade, não tem vontade nenhuma de mexer. É que repare-se, ele fala de injustiças, de exageros, de o regime ser insustentável mas termina com esta fantástica afirmação: "Portanto, isso tem de ser corrigido. Eu garanto aqui que esse regime será revisto. Não estou em condições, nesta altura, de dizer exactamente qual é que vai ser o regime, mas este regime é perverso e tem de ser revisto".

Ficamos assim a saber o que eu acabei de dizer antes. Passos Coelho descobriu uma maneira de poder captar mais uns votos e, com as sondagens a serem-lhe desfavoráveis, todos os votos são precisos. Tanto mais isto é, apenas, uma "coisa eleitoral" que será esquecida ou desvirtuada mal acabe este período de campanha, que Passos Coelho, dá-se ao luxo de dizer que, se for governo, não sabe como vai resolver o problema. Quer dizer, então o líder do partido que se propõe ter o candidato para substituir o actual Primeiro-Ministro diz que há um problema mas não faz a menor ideia de como o vai resolver?! Passos Coelho anda a navegar à vista. Não sabe o que anda a fazer nem o que irá fazer. Anda a "pescar" assuntos para falar pois não sabe mais o que há-de dizer para tentar ser diferente de Sócrates, depois de a prática política do senhor ter provado é igual a Sócrates e, se já estivesse no governo, teria feito tudo igual a Sócrates.

Assim sendo, este tema que valia a pena ser tratado com respeito pois trata-se da vida de milhares de pessoas, é usado como tópico para angariação de votos. Uma arma de campanha eleitoral a qual não vai significar nada depois das eleições.

Haja paciência e, sobretudo, discernimento para perceber estas manobras políticas de gente que anda a brincar às eleições. Isto vale para todos os candidatos pois todos, sem excepção, tiveram tempo na Assembleia para falar destes temas e, nas alturas devidas, preferiram falar da quantidade de sal no pão...

Angela Merkel a falar do que não sabe


Angela Merkel exige menos férias e aumento da idade para reforma na Grécia, Espanha e Portugal - JN

Leia-se com mais atenção o que esta senhora diz: "Não se trata só de não contrair dívidas, em países como a Grécia, Espanha e Portugal, as pessoas não devem poder ir para a reforma mais cedo do que na Alemanha".

Agora pergunto se a senhora sabe quantos dias de férias tem um Português e, se sabe, então que me responda se a diferença é assim tão abismal que justifique semelhante afirmações ou se, pelo contrário, é apenas uma questão eleitoralista/populista ou ainda, e apenas, uma questão de dor de cotovelo... Já agora, convinha explicar o mesmo para a idade da reforma. Será que Angela Merkel se esqueceu que a idade da reforma é aos 65 anos? Curiosamente é a mesma que em Portugal. Só em 2029, ou seja daqui a 18 anos, é que a idade chegará aos 67 anos... São aqueles dois anos de diferença que farão toda a diferença para os problemas económicos.

Interessante verificar é também a primeira parte da frase da Chanceler, a parte das dívidas. Então a senhora diz que não é só contrair dívidas e a solução que propôs para Portugal e Grécia foi a de, espante-se, contrair empréstimos (dívidas portanto) abismais? E já agora, quem foram os principais financiadores deste vil vicio dos países do "sul"? Não terão sido os bancos alemães? Não terá sido por isso que Merkel, a muito custo e encurralada, teve que vir em "auxilio" da Grécia?

Conclusão, que Angela Merkel não é muito inteligente, isso já se sabia. Até os diplomatas americanos dizem o mesmo segundo os cables publicados na wikileaks. Que a Europa tinha sido tomada de assalto por um bando de neoliberais demagogos, incompetentes e ao serviço de uns outros, chamemos-lhes, interesses, também não é novidade nenhuma. Agora, com estas afirmações, fica-se também a saber que Merkel é mentirosa e que não sabe o que diz, nem mesmo o que anda por lá a fazer, preocupando-se apenas em ser "bem-vista" na sua querida pátria que ela não ajudou a construir mas que está a ajudar a destruir.

Infelizmente, Merkel é o claro exemplo destes "ex-comunistas" "transformados" em neoliberais, os quais têm levado a Europa à miséria mais do que qualquer neoliberal convicto conseguiu fazer nos EUA.

Louçã defende integração de falsos recibos verdes

 
Louçã defende integração de falsos recibos verdes - Portugal - DN

E porque não acabar de vez com essa originalidade lusa, que são os recibos verdes? Eu respondo, porque o Estado é o maior beneficiário dessa palhaçada e abuso laboral. Desde o poder contratar podendo depois despedir sem mais justificação ou problemas, até aos abusivos impostos que os trabalhadores "independentes" têm de suportar. Mais engraçado ainda é saber que, embora um trabalhador independente pague mais impostos que um trabalhador "dependente", no final, não tem direito a nada. Repare-se que as contribuições para a segurança social são mais do que um qualquer trabalhador mas os direitos são poucos ou nenhuns. 

Que melhor fonte de receitas pode o Estado querer do que ter um exército de trabalhadores contribuintes que pagam muito por serviço algum?  

Francisco Louçã, que não é diferente dos seus colegas do PS/PSD, não propõe acabar com os recibos verdes porque sabe bem a "utilidade" de tal serviço. Falsos recibos verdes? Ainda está por explicar como propõe ele encontrar e provar essa fantástica coisa.

PSD vai prosseguir política de mega-agrupamentos de escolas

 
Ainda continuam a acreditar que o PSD de Passos será diferente do PS de Sócrates? Daqui a 6 meses, não tenho dúvidas que estarei a ouvir uma quantidade de queixumes vindos daqueles que hoje defendem Passos como alternativa a Sócrates.

PSD vai prosseguir política de mega-agrupamentos de escolas - Política - PUBLICO.PT

Já agora, deixou outro link que poderá interessar. Podem aceder clicando aqui.

Vídeo de finlandeses para portugueses... A diferença...

Portugueses provocam, finlandeses respondem...


Como seria de esperar os finlandeses responderam à letra à provocação totalmente desnecessária e perfeitamente ridícula de meia dúzia de coquetes de Cascais que julgam que o mundo e o país termina na ali na região de Lisboa e Vale do Tejo. Responderam e responderam bem, sem pretensões, ao contrário das gentes de Cascais (não digo portugueses). Curto, conciso e, ao contrário do português que termina com arrogância, o finlandês termina com humildade e camaradagem. 

São as diferenças nos povos que se fazem ver. Gente com manias de grandeza em Portugal contra gente que, em menos de 50 anos conseguiu construir um país (enquanto nós andamos há 800 a tentar fazê-lo) e, no final, se mostra sem ter o "Rei na barriga". 
Pena uma coisa, os erros no uso da língua Inglesa. Mesmo assim, entre erros numa língua que não é deles e erros de falta de conhecimento ou puramente aldrabice, prefiro os erros de linguística.

Eu tenho pena de ter de fazer estes discursos todos mas, de facto, um pouco de humildade aos portugueses não lhes fazia mal. Humildade e juízo.

A mais antiga aliança do mundo...



Reino Unido relutante em ajudar financeiramente Portugal - Portugal - DN

Após o vídeo para a Finlândia, suponho agora que se vá fazer um vídeo para o Reino Unido e já que o outro foi falado em Inglês britânico, propunha agora que se fizesse um em Inglês americano. 

É esta a aliança mais velha do mundo que "ambos" levam tão a sério. A aliança que serviu para lhes salvar o pelo nas guerras com Napoleão e na Segunda Grande Guerra mas que pouco ou nada serviu para nos beneficiar. Aliás, a nossa "velha" aliada é sempre muito rápida nos insultos e exigências a Portugal. Relembro o eterno desdém e eterna imiscuição dos políticos britânicos na política interna portuguesa e, não assim há tanto tempo, o Ultimato Britânico. Pena é que logo na altura não se tenha acabado com essa aliança que iria ser um trunfo para a derrota Nazi graças à base das Lajes.

De qualquer das formas, o problema do Reino Unido não querer ajudar Portugal prende-se com o facto das finanças deles estarem tão más ou piores do que as nossas. Não fosse o orgulho Britânico e eles próprios já teriam ido pedir ajuda ao FMI. O que eu me pergunto é como é que há tão pouca gente dos PIGS a não apontar o dedo ao Reino Unido e outros que tais que, estando na penúria ainda se dão ao luxo de falar grosso.

Vídeo para finlandeses verem... E portugueses aprenderem!


Um vídeo interessante, excepto que a bandeira finlandesa é baseada na Cruz Nórdica que já existe desde o século XIV e a "bandeira" portuguesa era o símbolo heráldico de um Francês, o mesmo que era casado com uma Leonesa (hoje Espanhola) e, portanto, o filho deles, primeiro Rei de Portugal, era tudo menos "português" e precisou de "bater" na mãe para ter a sua "terrinha".

Depois seguem-se uns factos de "a minha pila" é maior que a tua até se chegar às armas de fogo no Japão que acabaria por destruir uma era na história da cultura japonesa bem como deu oportunidade para a construção do Império Japonês que haveria de cometer as atrocidades que cometeu na China e na Coreia. Isto para não falar de toda a história da guerra do Pacifico no contexto da Segunda Guerra Mundial.

De seguida, diz-se uma grande aldrabice: arigato é de origem portuguesa, o que é falso. Pior de tudo é que, de tanta palavra japonesa que tem origem portuguesa foram escolher aquela que não é. Podiam ter escolhido "shabon" que é sabão, ou "manto" que é manto, ou ainda "bidoro" que é vidro. Mas pronto...

A escravatura, segundo sei (posso estar enganado) foi abolida em 1761 e não em 1751 e isto para Portugal metropolitano e Índia pois no Brasil e África a escravatura só seria abolida no século seguinte. O que também não se diz é que, embora não tenha sido Portugal a criar a escravatura, fomos nós que criamos o lucrativo negócio de comércio de escravos de África para as Américas. Já agora, a Finlândia, então parte da Suécia, aboliu a escravatura em 1335, 426 anos antes.

A pena de morte também não foi Portugal o primeiro a aboli-la. Foi antes San Marino dois anos antes. Já agora, Portugal aboliu a a pena capital em 1867 para os crimes civis mas só em 1911 é que aboliria a para todos os crimes. Em 1916 voltou a ser usada para crimes de traição em tempo de guerra e só em 1976 é que seria totalmente abolida. A Finlândia fez o mesmo em 1972.

Napoleão tentou conquistar Portugal três vezes e... falhou? Ah pois... até nem houve necessidade da família real fugir para o Brasil e nem tivemos cá os Ingleses para nos ajudarem a tirá-los de cá... Está bem, é justo. Por comparação, propunha aos autores do vídeo que lessem um pouco da história das guerras pela independência da Finlândia e depois me dissessem quem fez melhor...

Colombo disse ao Rei Português o quê? Admitindo que isso é verdade, quem é que acabou por ficar com aquilo? Portugal ou Espanha?... No México fala-se português?

A do chá está muito bem. Pena que logo depois venha a do território. Portugal pode ser do tamanho da Dinamarca e Países Baixos juntos mas a Finlândia tem cerca de 3,7 vezes o tamanho de Portugal em área. Quem é que a tem maior agora?

Quanto aos templários, não vou entrar pela história. Vou apenas dizer que os autores do vídeo escusavam de ter ido buscar uma imagem do jogo Assassin's Creed como ilustrativa do facto... Diz muito acerca de quem fez o vídeo...

Nós dividimos o mundo em duas partes e ficamos com a melhor parte? Desde quando? Afinal o ouro e prata estavam na Índia? E que aproveitamos nós do que tivemos? Espanha tomou conta da parte dela e nós ficamos com quê?

No século XVIII o rendimento do Rei Português era 30 vezes superior ao Rei de Inglaterra (já agora o Rei já não era de Inglaterra mas da Grã-Bretanha)... Ah pois, ok. Mas pondo tudo o resto de parte, no final desse século, quem é que tinha o maior Império?

Depois seguem-se um conjunto de banalidades e coisas sem sentido (Festival da Eurovisão?) até que se chega à Aliança Luso-Britânica... Nós ainda a levamos a sério? Pois... Somos só mesmo nós e, com jeitinho, nem isso.

Mais outro conjunto de banalidades e do tique de inferioridade de "a minha pila é maior que a tua" e chega-se ao Magalhães, o homem não o computador. Diz o vídeo que o senhor foi o segundo português a servir na corte espanhola... Volto a repetir, corte espanhola... Não portuguesa... Certo...

Fica-se depois a saber que o homem mais famoso do país, aquele que mais contributos deu para ser mundialmente conhecido é, nada mais nada menos que um treinador de futebol... Fantástico.
Um milhão e meio de portugueses fizeram o quê depois? Mas houve alguma invasão da Indonésia que eu não me tenha apercebido? Não terá sido antes pelos apelos de Guterres a Clinton o qual pressionou o governo indonésio para sair de lá? A isto chama-se ilusão de grandeza.

A última coisa do vídeo até que foi interessante. No entanto, termino este post com a seguinte pergunta: em 2011 quem é que está a pedir um empréstimo a quem?

Da próxima vez que esta gente "chique" de Cascais queira defender Portugal, ou lá o que seja que este vídeo tenta fazer, façam uma coisa: calem-se e ide tomar uma bica à praia que estarão a fazer um melhor serviço a todos.

Juros voltam a subir



Juros da dívida a 10 anos em novos máximos após acordo com a "troika" - JN

Então não se chamou e se fez um acordo com o FMI não era para impedir isto? Para dar confiança aos investidores? Será que o problema não está mesmo em Portugal mas sim na ganância de meia dúzia e nos problemas de outros? Será que o empréstimo foi mesmo só para dar mais uns trocos a alguns?

PS de novo à frente do PSD - JN

A imagem é de uma sondagem anterior.
 
PS de novo à frente do PSD - JN

Eu bem digo que esta brincadeira de tentar tirar o Sócrates do poleiro pelo Passos Coelho e PSD nunca tentativa de irem para o poleiro eles mesmos foi uma má ideia. Repare-se que para tirar de lá Sócrates fez-se do país uma palhaçada ao nível internacional, quer de governos, quer das empresas. Trouxe-se o FMI/FEEF forçosamente para cá para nos dizer que temos que fazer aquilo que o PS e o PSD andavam já a fazer.

Fez-se isto tudo para tirar de lá Sócrates e eu a vê-lo ganhar eleições, outra vez. Passos Coelho teve mais olhos que barriga. Não estava preparado para ser candidato a Primeiro-Ministro e pior, mostrou também que não é capaz de ser melhor do que Sócrates, mentindo e divagando tanto como o primeiro. Isto tudo com a agravante que Passos Coelho andou sempre a falar do acessório esquecendo o essencial. Se o líder do PSD achava que os PECs eram maus e que a ajuda era necessária, não devia ter aprovado sequer o primeiro PEC. Andou de mão dada com Sócrates e, um dia, lembrou-se que já estava cansado de ser muleta. Lembrou-se tarde e a más horas, pelas razões erradas e, no final, ainda lhe poderá sair o tiro pela culatra.

Volto a perguntar: se Sócrates é o problema, que terão estes senhores que o derrubaram a dizer se os eleitores o voltarem a levar ao poder? Será que se demitem eles?

Eu não quero Sócrates lá mais do que Passos Coelho quer. O problema é que, depois de tanta aldrabice em tão pouco tempo, estou certo que também não quero Passos Coelho. E agora, como resolver isto?

As medidas da "Troika" - Diário Económico

O Diário Económico teve acesso às medidas acordadas com a "Troika".
  • Acordo abre porta a subida dos bilhetes dos comboios
  • Equipas especiais de juízes para processos fiscais acima de um milhão de euros
  • Tabaco e automóveis com mais impostos
  • Empresas vão poder pagar menos por horas extraordinárias
  • Acordo impõe aumento da concorrência nas telecomunicações
  • Corte na despesa com Saúde chega a 550 milhões de euros
  • Bancos de horas negociados directamente com trabalhadores
  • "Falsos" trabalhadores independentes passam a ter apoio no desemprego
  • Subsídio de desemprego passa a ser declarado no IRS
  • ‘Troika' exige cortes na ADSE
  • Despedimento individual por justa causa vai ser ajustado
  • ‘Golden shares' do Estado são para eliminar até Julho
  • Taxas moderadoras aumentam e atingem mais portugueses
  • ‘Troika' quer incentivar arrendamento
  • Portugal tem mais tempo para cortar défice mas não evita dois anos de recessão
  • Novo aeroporto sem fundos públicos e TGV Lisboa-Porto suspenso
  • ‘Troika' quer aumentar IVA na factura da electricidade
  • Menos oito mil funcionários públicos por ano
  • Patrões descontam menos para a segurança social
  • Proprietários de casa serão penalizados com mais IMI
  • Mais cortes na Transtejo e no Metro de Lisboa colocam serviços em risco
  • BPN será vendido até Julho e não tem preço mínimo
  • Governo tem 12 mil milhões para injectar nos bancos
  • Desempregados só vão ter subsídio durante 18 meses
  • TAP, EDP e REN para privatizar na totalidade este ano
  • Redução de pessoal no Estado é para continuar
  • Pensões acima de 1.500 euros vão ser cortadas
  • Acordo não prevê redução de salários nem corte nos subsídios de férias e Natal
  • Troika cobre 100% das necessidades de financiamento em 2011
  • Objectivo do défice para 2011 fixado em 5,9%
  • CGD deve aumentar capital com recursos próprios
  • ‘Troika' quer definir critérios específicos para extensão de portarias
  • Eliminação de serviços gera poupança de 500 milhões
  • Empresas do Estado têm que poupar 515 milhões de euros
Agora digam-me se havia necessidade disto?... Digam-me também em que é que isto vai pôr os maiores esbanjadores e os responsáveis por a situação em que estamos ao nível do Estado no lugar? O que eu vejo nestas medidas é os responsáveis pela crise financeira a serem recompensados e os responsáveis pelas finanças do Estado a continuarem com a sua vida como se nada fosse. Quem vai pagar os erros serão os mesmos do costume e aqueles que já pagaram até agora o pouco que se fez. 

As poucas medidas positivas que aparecem por ali, aparecem como esmola ao pobre e não como soluções. No final, ainda fico com uma certa ideia de que a "Troika" ou foi mal informada ou desconhece muito a realidade portuguesa.

Recibos verdes, IMI e mercado de arrendamento são alguns dos pontos em que as medidas da "Troika" são para um país que não Portugal. "Falsos" recibos verdes? Então se são falsos não se acabam com eles? Aumentar o IMI para dinamizar o mercado de arrendamento? Mas estes senhores sabem quanto ganha um português em média e quanto em média paga de renda por mês? Parece-me que não, senão saberiam que o problema não está no IMI. Já agora, expliquem como aumentar o IMI vai dinamizar o mercado de arrendamento? Estes senhores esperam que as pessoas vendam a casa por causa do IMI? E já agora se assim é, onde planeiam ir buscar o dinheiro e pessoas para comprarem as ainda mais casas à venda? 

Cada vez fico mais convencido que os economistas perderam o tino e não sabem bem o que fazem. Infelizmente, não só são eles pois se fossem já alguém se tinha lembrado de os pôr no devido lugar.

A Time to Change...

3:1 To every thing there is a season, and a time to every purpose under the heaven:
3:2 A time to be born, and a time to die; a time to plant, and a time to pluck up that which is planted;
3:3 A time to kill, and a time to heal; a time to break down, and a time to build up;
3:4 A time to weep, and a time to laugh; a time to mourn, and a time to dance;
3:5 A time to cast away stones, and a time to gather stones together; a time to embrace, and a time to refrain from embracing;
3:6 A time to get, and a time to lose; a time to keep, and a time to cast away;
3:7 A time to rend, and a time to sew; a time to keep silence, and a time to speak;
3:8 A time to love, and a time to hate; a time of war, and a time of peace.
- From the Bible, Ecclesiastes III (King James Version)


Our lives are made by a continuing series of changes. Sometimes subtle, sometimes abrupt. Sometimes we take upon ourselves to change voluntarily, other times change is forced upon us by some event or by the will of another. Sometimes we change for the better but sometimes we change for the worse. However they are all changes, and we must deal with them to the best of our ability... Either we learn to accept change or we wither away. We may weep for what was but we must long for the future for that is what we can change.

I chose to be bold and face change head on. It may break me in the end but then again it may well not. I've decided to accept change and make a new beginning. Where this road will take me I know not but I do know that a great new adventure lies before me, and all I need to do is walk that path. Onto the undiscovered country!

"I believe that when we leave a place a part of it goes with us and part of us remains. Go anywhere in these halls, when it is quiet and just listen. After a while you will hear the echoes of all of our conversations, every thought and word we've exchanged. Long after we are gone, our voices will linger in these walls for as long as this place remains. But I will admit that the part of me that going will very much miss the part of you that is staying."
- TV series Babylon 5 - G'Kar played by Andreas Katsulas.

"Babylon 5 was the last of the Babylon stations. There would never be another. It changed the future .. and it changed us. It taught us that we have to create the future .. or others will do it for us. It showed us that we have care for one another, because if we don't, who will? And that true strength sometimes comes from the most unlikely places. Mostly, though, I think it gave us hope .. that there can always be new beginnings .. even for people like us."
- TV series Babylon 5 - Susan Ivanova played by Claudia Christian.

We all change, sometime...

O acordar para a realidade



Agora que se começam a saber as medidas para a "ajuda" a Portugal, os que acharam que isto era a solução para o país devem estar todos satisfeitos, a começar pelo funcionalismo público que tanto quis ver Sócrates de lá para fora, mesmo que isso significa-se o FMI/FEEF. 

Bem, a cegueira das decisões tomadas pelo ódio e rancor sem a força da razão, está prestes a dar os seus frutos. Ninguém ainda lhes garantiu que se vão ver livres de Sócrates e, mesmo que isso aconteça, a julgar pelo que se tem ouvido da boca de Passos Coelho, não será para guardar muitas esperanças sobre as decisões do cavalheiro. Por outras palavras, mesmo que se livrem de Sócrates Rosa, poderão estar a trocá-lo por um Sócrates Laranja. 

Julgavam que iriam ficar numa situação "melhor" do que com os PECs de Sócrates. Pelo que se houve, o tiro saiu-lhes pela culatra. O que até agora era impensável vai acontecer: vão haver despedimentos na Função Pública. Os senhores de certas empresas públicas que tanto queriam, com as privatizações que se adivinham, não só não terão o que exigiram como, se calhar, ainda perdem o que ainda têm. Os que temiam perder os seus altos salários e pensões também devem começar a pensar que teria sido melhor ter agido com a cabeça e não com o coração e ainda menos com a carteira.

Em suma, queriam o FMI/FEEF para acabar com a "mama". Podem congratular-se. Conseguiram-no. Não acabaram foi com a "mama" dos políticos. Acabaram foi com a "mama" de todos os outros, mesmo aqueles que não a tinham.

Comece-se é a pensar agora, não nas medidas imediatas do acordo com Troika mas sim nos efeitos secundários delas.