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A língua portuguesa confude-me...



Em relação às novas regras que, pelos vistos, darão aos Recibos Verdes subsidio de desemprego faz o jornalista do DN a seguinte citação:


Agora pergunto-me, se não é para os actuais desempregados e para as pessoas que estão actualmente empregadas, é para quem? 
Fico na dúvida se foi o jornalista que não soube explicar nos míseros parágrafos que dedicou a isto, o que não me surpreenderia, ou se é o Ministro que, numa tentativa de ficar bem na fotografia, o que queria dizer era mesmo "isto é só para fazer propaganda pois só quem começar agora a trabalhar é que, daqui a 12 meses, poderá receber alguma coisa. Já agora, acrescente-se que à questão dos recibos verdes, estão outra bonificações no subsidio de desemprego para os demais trabalhadores. 

Ou seja, altera-se a lei, cumpre-se com a troika e fica-se bem na imagem. Como cereja em cima do bolo fica o facto do governo só ter que pagar alguma coisa em 2013, já mais para o fim do mandato onde já não terá de se preocupar tanto com o deficit/austeridade, mas sim com as próximas eleições legislativas.

Fico portanto na dúvida se é o jornalista que não sabe português ou se é o Ministro que anda a fazer campanha eleitoral antecipada (à bom estilo CDS das feiras e dos submarinos) ou ainda se é um pouco das duas.

A notícia pode ser consultada clicando na citação acima transcrita ou aqui.

30 anos de ganância...


Pois e tal... Afinal não por haverem mais juízes, médicos, professores e outros altos quadros que a média de salários no público é mais alta que no privado... Quando isto acontece, basta fazer contas para se perceber que o Estado só podia ter um caminho: o da falência.

Imaginem uma família de quatro pessoas, os pais e dois filhos. Os pais ganham os dois 100€. 50€ vão para as necessidades básicas e o restante é para distribuir pelos membros da família para os seus gastos pessoais, ou seja, 12,5€ para cada um. Agora imaginem que os filhos gastam constantemente 20-30€ por mês. O que vai acontecer? A família vai à falência pois os pais não ganham para sustentar os filhos.

No Estado é a mesma coisa. Quando no privado se ganha menos e se tem que pagar mais para o sustentar o público o resultado é a falta de liquidez a dada altura. Ou o Estado está dotado de meios lucrativos, nomeadamente empresas públicas lucrativas que transferem os seus lucros para o Estado e assim se consegue equilibrar as contas, ou o Estado tem que pagar o mesmo que se paga no privado. Caso contrário, cria-se um Estado que sorve os recursos do privado o que só leva a que ambos fiquem sem dinheiro.

O problema não é de agora. O problema não é dos funcionários públicos. O problema não é da produtividade do privado. O problema é da cambada de inaptos que nos dirigem há 30 anos, quer no público, quer no privado e de quem votou neles.

O difícil agora é explicar às pessoas que por culpa de má gestão, ou gestão danosa mesmo, agora vai tudo corrido a cortes.

The truth


Não deixa de ser surpreendente que eu, um europeísta, vá buscar e citar um eurocéptico para justificar que esta Europa está, de facto, morta.

Uma vez comunista, para sempre comunista!



"Doméstico é tudo o que está dentro da zona da moeda única. A Grécia já não pode decidir sozinha se quer ou não realizar um referendo", disse Merkel, na entrevista que a DPA hoje publicou em língua inglesa.

Esta senhora anda claramente confundida acerca do tempo e do espaço onde está. Confunde a UE com a sua pátria que era a antiga RDA, a Alemanha Comunista onde, de facto, não havia política interna e tudo era ditado pelo Grande Irmão Soviético. Por favor, recambiem-me estes ex-comunistas deslumbrados com o capitalismo neo-liberal para a sua terrinha ancestral porque é lá que eles estão estão bem!

Uma vez comunista, para sempre comunista!

De uma vez só, mata-se a Democracia e a República

 

Um governo que tem membros que acham que fazer as coisas à socapa, sem conhecimento dos cidadãos, que acha que é melhor apresentar as coisas como factos consumados, não é governo não é coisa nenhuma! 

O referendo na Grécia e toda a trapalhada que se gerou à volta dele, marcou o fim da democracia na Europa e começo daquilo que já havia há muito, a corporocracia ou finançocracia. Foi o fim de uma era em que se confirmou que os povos há muito que tinham deixado de eleger os seus representantes mas sim elegiam os representantes dos grandes interesses corporativos do grande capital, quer das empresas quer de indivíduos.

Em Portugal, a Democracia ou mesmo a deficitária República Portuguesa, na sua terceira encarnação, assiste também ao seu fim pelas mãos de dois partidos que, curiosamente, têm a palavra democracia no seu nome: PSD, Partido Social Democrata, e CDS, Centro Democrático Social. 

De facto, hoje, vejo que me enganei. A crise financeira não acabou com o capitalismo. Acabou sim com a governação do povo, como um todo, directamente ou através dos seus representantes substituindo-a pela eleição de representantes da finança mundial. Isto é, daqueles que, sem trabalharem muito, se dedicam a fazer dinheiro com o suor e trabalho dos outros. 

Resta perguntar como é que isto aconteceu... Mas a resposta é fácil. Aconteceu e está a acontecer porque o povinho lorpa deixou que isso acontecesse. Acreditou nas cantigas que vinham dos diversos partidos (sobretudo do PS, PSD e CDS). Acreditou em Sócrates e depois ainda teve a iluminada ideia de achar que Coelho seria diferente. 

Por mim, estão todos a ter o que merecem. Quando não se protege aquilo que se tem e se dá tudo como adquirido, tudo se perde.E estamos tão mal, que o governo consegue dar-se ao luxo de ter membros que acham que o povo não tem que participar nas coisas nem estar informado das intenções de quem o governa. 

Agora, aqui estamos. Agora, quem quiser que feche a porta. Votaram neles, deixaram-se todos fazer de estúpidos, agora, aturem-nos.

Referendo na Grécia? Certamente! Em Portugal também!

 
A Europa treme como "mau aluno" da Grécia. É que agora, um louco, lembrou-se finalmente de perguntar ao Povo o que é que quer fazer da vida e, só a mera possibilidade de o Povo se poder pronunciar, fez tremer França e Alemanha. 

O que eu me pergunto é porquê? Será que eles estão assim com tanto medo? E estão porquê? Não são as economias deles que estão de boa saúde e recomendam-se? Não são eles que dizem que os do "Sul" é que são os culpados disto? Então que temem estes senhores? 

Em primeiro lugar temem porque as economias deles estão assentes em areia e não valem metade do que a sua propaganda quer fazer crer. Esta crise não é uma crise do Sul da Europa, é antes uma crise Europeia e Norte-Americana. Logo, se a Grécia cair, arriscam que caiam todos e isso não se quer está claro. É bem mais interessante por os Gregos, Irlandeses e Portugueses a pagar os maus investimentos e desaforos financeiros Franceses e, sobretudo, Alemães.

Em segundo lugar, estes senhores, temem que a moda do "referendo" pegue como pegou a moda do "referendo à Constituição Europeia" que deu na bronca que deu com uma diferença. Na altura foram os Franceses e amigos do centro da Europa a fazerem referendos e deixarem o povo dizer não. Então agora, qual é o mal da Grécia fazer um referendo? Então a democracia e liberdade do Povo dizer que não é só para alguns Europeus?

O que a França e Alemanha temem é que, havendo referendo, ganhe o não (como certamente irá ganhar) e que não lhes paguem. Isso ou então estão com medo que tenham que renegociar os acordos de forma a que, tenham que salvar a Grécia na mesma mas que o façam sem terem o lucro desejado. Convém não nos esquecermos que estas ajudas à Grécia, Irlanda e Portugal não foram feitas por caridade. Quem emprestou dinheiro está a cobrar juros altíssimos.

Esta palhaçada do "Sonho Europeu" chegou ao fim. Agora vê-se em que é que se tornou a UE. Penso que convém começar a pensar no seu fim e enterro definitivo. Como se costuma dizer, mais vale só que mal acompanhado e esta Europa é muito má companhia.

O desespero da direita e um fantasma do passado




Perante um Orçamento de Estado tão mau e no qual só alguns interessados se revêem, o voto da esquerda começa a preocupar a direita. Preocupa-os tanto que há que chamar ao presente um fantasma do passado: José Sócrates. O antigo inimigo público número um está de volta, ressuscitado e tentar sabotar os esforços para [en]direitar o país. 
Este jornalismo de meia tigela, este intriguismo político, esta falta de bom senso e estas lógicas distorcidas trazem-me à mente o caso de Manuela Moura Guedes e Mário Crespo à mente. Por notória falta de competência na sua área profissional, por desconhecerem o que é ser jornalista, esses dois começaram um campanha vergonhosa de mau dizer. Foi verdade, foi mentira? Não sei, nem me interessa porque no final o resultado foi mais dinheiro que lhes entrou nos cofres. Um com uma férias de "baixa" e outro com promoção ao seu livro. Enfim, populismos que só com um povinho intelectualmente embrutecido como o português é que poderiam ter resultados.

Agora volta-se recuperar a estratégia para vender mais uns jornais. Notícias sem sentido e conclusões absurdas de quem vê telenovelas a mais e confunde trabalho jornalístico com o de novelista. 

Em primeiro lugar, se fosse Pinto Balsemão a dar conselhos a Passos Coelho era normal. Se fosse Cavaco a falar com Manuela Ferreira Leite, idem aspas. O problema aqui é ser Sócrates. Goste-se do homem ou não, concorde-se com ele ou não há factos inegáveis. José Sócrates foi Primeiro-Ministro e Secretário Geral do PS, logo é normal que hajam conversas entre ele, deputados do PS e o líder desse mesmo Partido. Mais, creio que Seguro e Sócrates são amigos logo é normal também que dois amigos se juntem para almoçar ou jantar. Sendo ambos, é normal que juntem trabalho ao lazer. 

Também é normal, visto isto ser [?] uma democracia livre, que as pessoas podem ter opiniões e que as possam partilhar com quem bem quiserem. Logo, não vejo o problema de Sócrates falar seja com quem for sobre seja que assunto for. Aqui, o Público, tenta limitar a liberdade de expressão associando, através de intrigas mesquinhas e conclusões alucinantes (ou então o jornalista em causa não sabe escrever), a opinião de um cidadão à opinião negativa que o país tem dele. É uma espécie de falácia de autoridade de pernas para o ar. Por ter sido pessoa X dizer, está mal, está errado e cruzes abrenúncio que é quase obra do Demo.

Repare-se na notícia:


Mas então, um grupo de membros e deputados do PS não pode juntar-se para fazer pressão sobre que assunto for no seu partido? Não é isto, também, a política? Mas isto agora é o líder diz, o resto faz. Andamos a brincar ao Simon says?! Ou será que o Público anda a ver fantasmas ou tentar inventá-los? 

Almoçaram em Paris e NÃO se sabe do que falaram (José Sócrates e António José Seguro). Mas pelos vistos o Público sabe de uma "estratégia" (uuuuhhh medo, os Socialistas com estratégias!) de APOIANTES de José Sócrates... Volto a perguntar, o que é que leva o Público a concluir que Sócrates está por detrás disto? Temo que nas próximas edições se veja o Público a dizer que, a eleição de Passos Coelho foi tudo uma tramóia do malvado do Sócrates. 

Conclusão e sem detalhar mais esta não-notícia, ou o Público decidiu virar tablóide ou alguém na direita está com medo de qualquer coisa. Será que os própios Jotinhas & Companhia LDA agora acham que o Orçamento é assim tão mau que a única razão que encontram para se votar nele é o desgraçado desse homem do Demo, José Sócrates, não querer que ele passe?

Isto deve ser o Halloween.


Competentes no privado mas incompetentes no público?!


Eu não tenho problemas em eles ganharem o que ganham mas gostava que me explicassem como se passa de um salário de dezenas de milhares de euros antes de ir para um governo para salários dez vezes maiores no pós-governo... Será que a competência e formação aumentou por terem estado no governo? Estes negócios da China, que são verdadeiras lotarias, é que convinha serem explicados numa altura em que o país está na miséria depois destes senhores terem passado por lá.

Seria muito interessante verificar como pode gente tão competente, a julgar pelos seus salários, no privado pode ser tão incompetente a governar um país...

Right and Left, Left and Right


Ideologically speaking, the true difference between Right and Left is that the first is willing to let fifty people die of starvation so one can have a yatch while the second is not. 

Ideologicamente falando, a verdadeira diferença entre Direita e Esquerda é que a primeira está disposta a deixar cinquenta pessoas morrerem de fome para que uma possa ter um iate, enquanto que a segunda não.

O Orçamento para o Desastre



Este orçamento de estado (tudo com minuscula) é um verdadeiro desastre para o país. Não tem pés nem cabeça. É um orçamento para tapar buracos de estrada com areia. Com os primeiros chuviscos, lá aparecem os malfadados buracos.

Um orçamento que aumento impostos a quase, ênfase no quase, todos mas deixa alguns "privilegiados" de fora não pode ser um orçamento sério. Um orçamento que começa por deixar de fora alguns porque, técnicamente falando, não recebem reformas mas sim subvenções é gozar com a cara dos contribuintes. Um orçamento que, pelos vistos, vai deixar de fora nas reduções dos susbsidios de Natal e Férias os senhores do Banco de Portugal é algo que não é de gente séria.

Dizem-me que "isso são coisas pequenas que, mesmo tributadas e tudo o mais, são insignificantes no quadro geral." Pois, se calhar até são. O problema aqui, para além de um receita que se poderia arrecadar, obviamente, é maior do que uma mera contabilidade. É um problema moral. Ninguém aceitar, em aceitará, que uns sejam penalizados enquanto outros são beneficiados. É uma questão de igualdade e, sobretudo, de demonstar que TODOS estão a fazer um esforço para corrigir os erros do passado. Sem esta moralidade, tudo cairá em saco roto, mais tarde ou mais cedo.

Mas, vindo de um governo que tem dois membros que se acham no direito MORAL de pedir apoios para a sua deslocação para Lisboa quando já têm casa nessa mesma cidade, é um governo aldrabão. É um governo sem autoridade para impor seja o que for a quem for. É um governo que não ganhará o respeito de ninguém. Assim sendo, só irá conseguir impor a sua vontade pela força da Lei ou dos cacetetes das forças de autoridade.

Pior do que isto, é um orçamento que irá destruir a classe consumidora e geradora de riqueza. Não vai, também, ajudar empresa nenhuma, muito pelo contrário. Muitas irão à falência por causa do agravamento do IVA e outros impostos. É um orçamento, portanto, que irá ter como resultado o colapso económico do país. Isto levará a mais crise para o ano 2012 e seguintes e terá como destino a bancarrota, inevitavelmente. Não se consegue sair de uma crise sem crescimento económico o qual não é potencializado aqui.

É um orçamento que corta em tudo que é essencial e da inteira resposabilidade do Estado (Saúde e Educação) e aumenta no que é da resposabilidade dos agentes privados (Ministério da Economia). Ao Estado não cabe investir nas empresas nem financiar a banca. Ao Estado cabe para potenciar o crescimento através de mecanismos legais e educação civica e não atirando dinheiro para empresas que não o conseguem gerar sozinhas. Ou seja, este orçamento faz exactamente o oposto do que deveria fazer.

Resumindo. O actual governo criou um orçamento que é um verdadeiro desastre para qualquer pessoa mediana e só irá conseguir que, para o próximo ano e seguintes, se tenha que eleger alguém que vá para lá resolver os problemas que eles criaram antes de tratar dos problemas que Sócrates e seus antecessores deixaram. 

A austeridade assente em areias movediças.


Recessão supera 2,5% e desemprego agrava-se em 2012 - Especiais - DN

Este governo, cheio de teóricos e gente que percebe pouco do que anda a fazer, está convencido que, aplicando medidas de austeridade a torto e a direito que tudo se endireitará. Aumentam-se os impostos, aumenta-se a receita. Isto é verdade num cenário de crescimento económico. Como não estamos, nem se prevê que se esteja tão cedo num cenário desses, por muito que se aumentem os impostos, não se irá conseguir aumentar a receita.

Com uma recessão de 2,5%, esta troika de teóricos de boa governação no governo, irá [e terá] forçosamente de aumentar ainda mais os impostos, ao ponto de apenas conseguir estagnar por completo a economia e, como tal, levar-nos à falência certa. 

Desenganem-se os que pensam que chegamos aqui com Sócrates. Desenganem-se os que acreditam que este governo irá ser a salvação nacional. E, sobretudo, desenganem-se os que ainda acreditam que estes sacrifícios são necessários e úteis. Necessários, ainda acharia que sim se existissem medidas de crescimento económico e se o corte na despesa fosse realmente corte. Se acham mesmo que estes senhores foram para lá para resolver os problemas do país, sendo as pessoas de bem e altruístas que querem parecer, não veríamos notícias de membros do governo com casa em Lisboa a sequer pedir ajudas para a sua "fixação" em Lisboa. Um governo que pede sacrifícios, que corta tudo a todos mas tem membros que se acham no direito de, para além do salário e todas as mordomias, ainda receberem mais de 1000 euros por mês para despesas relacionadas com o seu "novo" local de residência é um governo de mentirosos, no qual só gente muito ceguinha pode ainda ter confiança.

Tradução do cartaz no fim deste post.
Mas estes problemas já são muito antigos. Passos não o criou, mas também não o irá resolver. Sócrates também não o criou, simplesmente continuou a bela tradição de governante português de tratar de resolver os problemas da vida dos amigos e, nos tempos livres, ir governando o país atirando dinheiro a tudo e todos. Aliás, o mesmo que Cavaco fez com o betão. Esse também estava convencido que com dinheiro para as construtoras, os problemas económicos do país ficariam resolvidos.

Como todos os que agora se acham salvadores nacionais são os mesmos que nos trouxeram até aqui, a única coisa que podemos esperar é mais do mesmo. Mentiras e aldrabices. Incompetência e falta de inteligência. Assim sendo, se temos um governo que apenas sabe cortar no bolso dos outros, quer com cortes nos vencimentos, quer com aumentos de impostos, ou ainda que corta nos serviços essenciais (os quais são inteiramente da responsabilidade do governo e não do privado) sem qualquer critério cientifico para além do "reduzir custos", e que não potencia a criação de riqueza, o único caminho que nos resta é uma lenta e prolongada agonia até ao derradeiro destino que é a falência.

Já agora, para aqueles que acham que a solução passa pelos cortes agora para quando a Europa começar a crescer nos levar junto, aviso já que, quando isso acontecer, quando a Europa resolver os seus problemas, irá esquecer os problemas de Portugal. Conclusão, iremos ao fundo à mesma.

E para os amantes e fieis seguidores do neoliberalismo e capitalismo anti-social, deixo a analogia, para que percebam melhor o que quero dizer. Uma empresa que vive de dinheiro emprestado, que não produz, não vende e, portanto, não gera receita e lucro, tem como único destino a cessação de actividade, ou seja, a falência. Cortar nos salários dos trabalhadores e aumentar o preço daquilo que quer vender, quando muito, prolonga o tempo que demorará a chegar à bancarrota.


Verdades da Empresas Públicas [de transportes]

Costuma-se, e agora anda por ai mesmo muito em voga, dizer que as Empresas Públicas dão prejuízos. São mal geridas e coisa e tal. É um facto. Dão prejuízo e, em parte, isso deve-se à má gestão de algumas das empresas as quais têm gestores que foram para lá não pela sua competência mas pela sua amizade a pessoa x, y ou z. Isto é um facto.

Mas importa não esquecer que, apesar de tudo, há outros factores que contam tanto ou mais como isso. Uma são as transferências as quais o governo está obrigado a fazer e não as faz, com particular ênfase nas empresas de transportes. Outra são as directivas que por vezes saem de Lisboa para as Empresas Públicas que contrariam todo o bom senso.;

Outro dia chegou-me um exemplo disto mesmo e que eu não sabia. Aqui há uns anos, uma empresa de transportes PRIVADA estava à beira da falência. Mais mês, menos mês fecharia. Ora, assim de repente, chega um telefonema a uma empresa pública de transportes de passageiros, vinda do governo central, na qual se dizia que essa mesma empresa pública iria encetar "negociações" com a dita empresa PRIVADA de transportes à beira da falência para a concessão de certas carreiras. No entanto, haveria uma regra. As condições da concessão dessas mesmas carreiras da Empresa PÚBLICA à Empresa PRIVADA seriam ditadas única e exclusivamente pela mesma Empresa PRIVADA.

Penso que não será preciso fazer um desenho para qualquer um com dois dedos de testa perceber o que está mal nesta imagem...

Mas há mais exemplos. Repare-se na PT e no seu fundo de pensões. Uma empresa PRIVADA (ex-empresa pública) nas mãos dos amigos que andam pelas privadas, a usar o seu dinheiro para salvar o Estado.

É este principio que faz das Empresas Públicas portuguesas, sejam elas nacionais ou municipais (que são outra história gira de se analisar), servirem para cobrirem os erros dos amigos do Estado e o próprio Estado, enquanto ninguém meter na cabeça que, embora públicas, são empresas e terão de ser autónomas e viáveis, elas irão continuar a dar prejuízo.

Penso é que chega de dizer que, empresa por ser pública, dá prejuízo logo à partida. É uma falácia, uma pura mentira, aldrabice e trafulhice intelectual fazer este raciocínio e só quem está com palas e não vê onde está o verdadeiro problema (na cadeia de favor, vícios e promiscuidade relacional entre políticos e companhia LDA).

Acho que é tempo de nos deixarmos de merdas (if you'll excuse my French) e por a culpa onde ela verdadeiramente está. Exija-se aos políticos responsabilidade. Mas não se esqueçam, depois de lhes exigirem a eles, preparem-se porque naturalmente eles irão exigir dos restantes o mesmo grau de responsabilidade. E, assim, se construirá um país.

A propósito, deixo um vídeo que anda por ai a circular que mostra bem onde estão os vícios deste país.

Pelo bem nacional, chumbe-se o OE


Perante a incompetência do actual governo que, mesmo antes de o ser já mentia e, agora no poleiro, continua a mentir à descarada, não vejo qual será o problema do PS e restante oposição, votarem contra o Orçamento de Estado. Afinal, quem abriu a porta a este género de guerras foi a direita, nomeadamente o PSD que viu há uns meses atrás a sua oportunidade de subir ao poder, mesmo que para isso tenha levado o país a ter de ir ao estrangeiro de mão estendida.

Já que o actual governo se mostra incapaz de controlar a divida e, menos ainda, de dar as condições para um crescimento económico, fazendo exactamente o oposto, talvez um chumbo ao OE nos livre de vários problemas. Livra-se o país de ter o PSD de Passos Coelho e do mestre Silva no poder e ao menos vamos ao fundo de uma vez por todas não tendo que pagar estas "rendas" aos criadores da "crise".

No final, somos mesmo capazes de ficar melhor, pois com mais um desastre no PSD talvez a corja que polui aquele partido se veja na obrigação de ir pregar para outro lado e talvez tenhamos, de facto, um verdadeiro partido social-democrata. Aliás, a continuar como está, o PSD deveria voltar à sua sigla original, PPD, pois essa é a sua actual ideologia. 

Depois de estar tudo partido talvez se consiga finalmente limpar este matagal e andar para a frente.

Pois e tal, não é tão bom como se esperava...

 
Hoje surgiram mais dados da execução orçamental e, consequentemente, do deficit. Para já, sabe-se que caiu... Mas o tombo foi pequeno e malfadado bicho não morreu. Persiste. Resiste. Depois de sucessivos aumentos de impostos, de tarifas de transporte, de cortes grotescos em "certas" áreas, o deficit, essa criatura obscena, manteve-se nos 8,3% depois de ter sido assumido que o valor no final do ano devia ser 5,9%... 

Parece que afinal, o problema em controlar ou não do deficit não era só do governo socialista nem de José Sócrates. Já no passado, uma outra dupla com um mesmo membro, Durão Barroso e Paulo Portas, vieram com a história que a culpa era de Guterres. Quando Durão Barroso abandonou o barco, o deficit que tinha deixado ao país era maior do que aquele que tinha quando lá chegou ao governo. Agora, uma outra dupla mas em tudo idêntica à primeira, Passos Coelho e, surpresa, Paulo Portas, anda pelo mesmo caminho. Podem-me dizer que Passos não tinha percebido o problema de controlar o deficit e foi demasiado optimista. Pois sim. Contem essa história para quem se quiser iludir. 

Pela minha parte, o verdadeiro problema está no facto de termos tido e continuarmos a ter gente do mesmo calibre nos mesmos postos e a soldo dos mesmos interesses. Não interessa o partido, pois a política, da esquerda à direita, está pobre e podre. Só lá temos académicos, teóricos e políticos de carreira que, a lhes retirarem isso, iriam rapidamente para uma esquina mendigar pois mais nada sabem fazer na vida. Isso ou iriam para um tacho qualquer numa empresa "amiga".

Como não se pode cortar aos amigos e cortar a "nós próprios" custa, o deficit não vai desaparecer. Como falta criatividade, conhecimento prático, inteligência e diligência aos nossos políticos, já para não falar de coragem, para o ano (senão mesmo já neste) iremos continuar com mais impostos. Se não conseguirem ou não os deixarem, como já ouvi recados da "troika" (o que não deixa de ser irónico), então contem em pagar o mesmo por nada. Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social, etc... Tal e coisa... Serão miragens e coisas para os livros de história. 
O "povinho" está adormecido e quando acordar, verdade seja dita, irá acordar para fazer asneira. Irá acordar para reivindicar a manutenção de privilégios e não direitos. Irá exigir aumentos salariais para os quais o país não tem dinheiro (e não é de agora). Irá reivindicar muita coisa menos aquilo que devia: uma verdadeira mudança na classe política e políticas de governo sérias e não meros chavões eleitorais e populistas, já para não falar em mentiras que só cegos não vêem.

Entretanto, na volta, como de resto já disse neste espaço antes, podemos começar a contar que este governo não chegará ao fim. Mas a ver vamos pois ainda agora começaram os problemas.

Magnifico URL do jornal Público

Não podia deixar de publicar esta pérola do jornal Público. Perante a notícia desta proposta de aumento brutal do preço da electricidade, o jornalista pôs no URL da página "http://economia.publico.pt/Noticia/Filhos-de-uma-grande-puta-2012_1512168". 

Denoto um pouco de irritação para com este governo e esta gente fora dele que também nos governa. Talvez este pequeno exemplo de mau feitio seja o começo do fim deste triste e curto período da nossa história. 

E eu bem digo que lá para o final do ano começamos a falar a sério em novas eleições. Repare-se que ainda hoje saiu uma sondagem no DN.

Em todo o caso, mas que brilhante exemplo de mau feitio adorável este. XD

A crise de hoje explicada em vídeo...

Vi este vídeo no Reviralhos e não podia deixar de o postar aqui. Já muito do que lá é dito eu disse aqui, mas ajuda sempre não ser o único. 

Aqui fica a explicação de como chegamos à crise de hoje e como os governantes e os que criaram a crise continuam a oferecer-nos a mesma receita, a qual é sabido que não resolveu nunca nenhum das anteriores crises do género, tendo mesmo agravando-as. A crise de hoje é um somar de várias pequenas outras crises que muitas brilhantes mentes interpretaram apenas como "ciclos da economia".

Inside Job - A Verdade da Crise Financeira (Legendado PT/BR) from nanahara on Vimeo.


 

Finalmente a verdade


Redução da Taxa Social Única só irá aumentar lucros das empresas - JN

Finalmente, e não percebo porque vem tão tarde e, sobretudo, tão só, a verdade vem ao de cima pela boca de um Professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Abel Fernandes. Segundo ele, a medida é perigosa e cria desigualdades na equidade entre quem paga impostos. Ao fim deste tempo todo, ainda há gente com juízo nesta aldeola ibérica.

"O economista Abel Fernandes defendeu, esta quarta-feira, que a redução da Taxa Social Única é "uma medida desnecessária e muito perigosa" em que o efeito será "pura e simplesmente um aumento dos lucros das empresas"."

"Em declarações à Agência Lusa, o economista alertou para o facto de "não haver garantias de que a redução a TSU aumente a competitividade das empresas portuguesas", que é o principal argumento do Governo para a medida, porque, acrescentou, "os empresários não têm que reflectir no preço dos produtos essa redução de encargos"."


"O professor catedrático reiterou que "o aumento do lucro das empresas vai ter que ser suportada pela generalidade dos consumidores portugueses, através do aumento da taxa de IVA", que também ajudará a "deprimir o consumo, sendo um factor negativo nas perspectivas de recuperação económica"."

Bairrismos

1.ª portagem era 10 cêntimos, hoje é 15 vezes mais - Portugal - DN

Vão-me desculpar o bairrismo mas... Enquanto foi nas SCUTs do Norte, era bom que se pagasse portagens! Afinal eles, lá em baixo, não tinham de pagar manutenção de coisas dos outros. Ainda me lembro de ver os comentários que se viam por aí nos Jornais e afins. Mas quando é lá em baixo que se põe portagem... Ah pois... Muda-se logo de opinião.

A notícia também é interessante, logo mesmo pelo título. Então e custo de vida etc e tal, aumentou quanto? Mas estes jornalistas tiram o curso onde? É melhor não responder... 

Desculpem a franqueza, mas este país é uma verdadeira tristeza. É o cumulo da mediocridade. E mais não digo...

Perdão! Divida de quem?



Hoje fiquei pasmado com o título da seguinte notícia: "Governo diz que taxa sobre o subsídio de natal é "imprescindível"". Pois... Mas ainda há uns meses Passos Coelho dizia o oposto. Mas adiante. Mal sabia eu que o melhor estava para vir.


Agora é que a porca torceu o rabo... Então a dívida agora já não é só nossa? Então a dívida agora já é do Euro? Mas então porque são Portugal, Grécia, Irlanda e agora Itália atacados e não a Alemanha e França? Não pertencem eles também à zona euro? E porque não o BCE? 

E já agora, pergunte-se ao PSD (e CDS também), porque é que andou na campanha eleitoral e mesmo antes a pintar o quadro que o problema era "português"? O que é que, de repente, os fez mudar assim tanto de opinião? Será por estaram agora eles no poder? Eu bem digo que a realidade dos factos altera-se dependendo do lado da mesa em que nos sentamos... 

Mas prossegue o ministro. "O ministro sublinhou que a medida é imprescindível para acelerar o esforço de consolidação orçamental de 5,9% para este ano e lembrou que a sobretaxa tem três características essenciais: extraordinária, universal e respeita o princípio da equidade social na austeridade."

Muito bem. Este ano tapa-se o buraco roubando quem já é chulado pelos impostos absurdos em Portugal. E para o ano? Espera o ministro, contra todas as previsões, que a economia cresça? É que se não cresce menos impostos se cobrarão. Assim sendo menos receita. Menos receita, maior deficit ou corte grotesco em tudo que é função do Estado, social ou não. Se isto se verificar, está o ministro em condições de dizer que não haverá outro imposto "extraordinário, universal e respeitador do principio de equidade social na austeriadade?"
.
E volta o ministro a falar em números sobre quem paga o quê. Diz ele: "Vítor Gaspar reiterou ainda que dos sujeitos passivos que pagarão a sobretaxa, cerca de 22%, pagarão menos de 50 euros e cerca de 50% pagarão menos de 150 euros". E eu volto a dizer que, se 22% pagam menos de 50 euros, então 78% pagarão mais e se 50% pagam menos de 150, então outros 50% irão pagar mais de 150%. Para quem é um perito na área, o ministro devia ser menos demagogo e mais sério naquilo que diz.

Já agora, ainda há muitos a acreditar que valeu assim tanto a pena ter atirado o país para um crise política, forçar a entrada de agentes externos nos nossos assuntos internos só para tirar lá o Sócrates? Mudou assim tanta coisa? Eu acho que não, mas posso estar enganado.