The truth


Não deixa de ser surpreendente que eu, um europeísta, vá buscar e citar um eurocéptico para justificar que esta Europa está, de facto, morta.

A culpa é sempre do vizinho...





Parece-me ilógico, insensato e, até mesmo, irresponsável dizer semelhante coisa até porque não nos podemos esquecer dos maus professores. Não adiante negar esta evidência. Eles existem. Eles andam aí a dar aulas a fingir que sabem. Professores, do público ou privado, há que teriam mais vocação para padeiro ou merceeiro do que para transmitir conhecimentos, seja a quem for.

Negar isto, é negar a realidade e, consequentemente, andar sempre a tratar de não-problemas e falhar em resolver os verdadeiros problemas do Ensino em Portugal.

Quero dizer com isto que a culpa é inteiramente dos maus professores que por aí andam a conspurcar a profissão e mentes de alunos? Não! Obviamente que não e quem ousar tal dizer das minhas palavras acusarei de má-fé, falta de seriedade e, se calhar, ainda acusarei de se ter sentido atingido pessoalmente.

Escusar-se-á também de tentar inferir que estou a querer dizer que a maioria dos Professores é notoriamente incompetente. É mesmo escusado até porque recuso essa ideia por completa. Que há maus professores, há. Que eles são mais do que é aceitável ou tolerável? Sim, isso também se pode dizer que digo. Se digo que são todos ou que estes são a maioria? Não!

Este problema de docentes inaptos a leccionarem é um dos problemas do Ensino. É um problema grave que importa resolver, tal como importa resolver os "outros". Negar este é mentir, antes de mais, a nós mesmos. É negar a realidade ou desconhecer por completo o que se passa para além do seu jardim.

Os problemas só se resolvem quando encararmos a realidade. Quando formos honestos, em primeiro lugar, connosco.

Mais acrescento: a frase acima transcrita, quer dizer (inadvertidamente, quero eu pensar) que os alunos são, por defeito, mal comportados e preguiçosos. Também os há, é certo. Contudo, implicar que são todos ou a maioria é, no mínimo, intelectualmente desonesto, isto para não dizer mesmo insultuoso.

Num momento em que tudo e todos mentem descaradamente, importa que se evite ao máximo este género de demagogias. A honestidade e a capacidade para encarar a realidade são, cada vez mais, cruciais para o sair de toda esta merda em que nos metemos e nos meteram.


Grupos de trabalho com conclusões pré-definidas



Como em grande parte de tudo que este PSD e CDS fizeram, desde a sabotagem do último governo, passando pelas eleições até ao seu [des]governo, também na questão do serviço público há má fé. Era óbvio que em todos os grupos de trabalho que este governo instituiu, as decisões já estavam tomadas à partida.

No da RTP, houve gente que, aparentemente, não gosta de ser feita palhaça e bateu com a porta na cara do Ministro e do Governo. Os meus parabéns às pessoas em causa. Pena que a grande parte das pessoas se venda facilmente.

Uma vez comunista, para sempre comunista!



"Doméstico é tudo o que está dentro da zona da moeda única. A Grécia já não pode decidir sozinha se quer ou não realizar um referendo", disse Merkel, na entrevista que a DPA hoje publicou em língua inglesa.

Esta senhora anda claramente confundida acerca do tempo e do espaço onde está. Confunde a UE com a sua pátria que era a antiga RDA, a Alemanha Comunista onde, de facto, não havia política interna e tudo era ditado pelo Grande Irmão Soviético. Por favor, recambiem-me estes ex-comunistas deslumbrados com o capitalismo neo-liberal para a sua terrinha ancestral porque é lá que eles estão estão bem!

Uma vez comunista, para sempre comunista!

De uma vez só, mata-se a Democracia e a República

 

Um governo que tem membros que acham que fazer as coisas à socapa, sem conhecimento dos cidadãos, que acha que é melhor apresentar as coisas como factos consumados, não é governo não é coisa nenhuma! 

O referendo na Grécia e toda a trapalhada que se gerou à volta dele, marcou o fim da democracia na Europa e começo daquilo que já havia há muito, a corporocracia ou finançocracia. Foi o fim de uma era em que se confirmou que os povos há muito que tinham deixado de eleger os seus representantes mas sim elegiam os representantes dos grandes interesses corporativos do grande capital, quer das empresas quer de indivíduos.

Em Portugal, a Democracia ou mesmo a deficitária República Portuguesa, na sua terceira encarnação, assiste também ao seu fim pelas mãos de dois partidos que, curiosamente, têm a palavra democracia no seu nome: PSD, Partido Social Democrata, e CDS, Centro Democrático Social. 

De facto, hoje, vejo que me enganei. A crise financeira não acabou com o capitalismo. Acabou sim com a governação do povo, como um todo, directamente ou através dos seus representantes substituindo-a pela eleição de representantes da finança mundial. Isto é, daqueles que, sem trabalharem muito, se dedicam a fazer dinheiro com o suor e trabalho dos outros. 

Resta perguntar como é que isto aconteceu... Mas a resposta é fácil. Aconteceu e está a acontecer porque o povinho lorpa deixou que isso acontecesse. Acreditou nas cantigas que vinham dos diversos partidos (sobretudo do PS, PSD e CDS). Acreditou em Sócrates e depois ainda teve a iluminada ideia de achar que Coelho seria diferente. 

Por mim, estão todos a ter o que merecem. Quando não se protege aquilo que se tem e se dá tudo como adquirido, tudo se perde.E estamos tão mal, que o governo consegue dar-se ao luxo de ter membros que acham que o povo não tem que participar nas coisas nem estar informado das intenções de quem o governa. 

Agora, aqui estamos. Agora, quem quiser que feche a porta. Votaram neles, deixaram-se todos fazer de estúpidos, agora, aturem-nos.

Matthew L. Fisher - Nature

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Referendo na Grécia? Certamente! Em Portugal também!

 
A Europa treme como "mau aluno" da Grécia. É que agora, um louco, lembrou-se finalmente de perguntar ao Povo o que é que quer fazer da vida e, só a mera possibilidade de o Povo se poder pronunciar, fez tremer França e Alemanha. 

O que eu me pergunto é porquê? Será que eles estão assim com tanto medo? E estão porquê? Não são as economias deles que estão de boa saúde e recomendam-se? Não são eles que dizem que os do "Sul" é que são os culpados disto? Então que temem estes senhores? 

Em primeiro lugar temem porque as economias deles estão assentes em areia e não valem metade do que a sua propaganda quer fazer crer. Esta crise não é uma crise do Sul da Europa, é antes uma crise Europeia e Norte-Americana. Logo, se a Grécia cair, arriscam que caiam todos e isso não se quer está claro. É bem mais interessante por os Gregos, Irlandeses e Portugueses a pagar os maus investimentos e desaforos financeiros Franceses e, sobretudo, Alemães.

Em segundo lugar, estes senhores, temem que a moda do "referendo" pegue como pegou a moda do "referendo à Constituição Europeia" que deu na bronca que deu com uma diferença. Na altura foram os Franceses e amigos do centro da Europa a fazerem referendos e deixarem o povo dizer não. Então agora, qual é o mal da Grécia fazer um referendo? Então a democracia e liberdade do Povo dizer que não é só para alguns Europeus?

O que a França e Alemanha temem é que, havendo referendo, ganhe o não (como certamente irá ganhar) e que não lhes paguem. Isso ou então estão com medo que tenham que renegociar os acordos de forma a que, tenham que salvar a Grécia na mesma mas que o façam sem terem o lucro desejado. Convém não nos esquecermos que estas ajudas à Grécia, Irlanda e Portugal não foram feitas por caridade. Quem emprestou dinheiro está a cobrar juros altíssimos.

Esta palhaçada do "Sonho Europeu" chegou ao fim. Agora vê-se em que é que se tornou a UE. Penso que convém começar a pensar no seu fim e enterro definitivo. Como se costuma dizer, mais vale só que mal acompanhado e esta Europa é muito má companhia.