Ausência e mais ausência e os abutres que voam sobre o blogue.

O blogue está em estado vegatativo, sim eu sei. Infelizmente, aqui o je, está a passar por uma terrivel fase de mau humor/mau feitio e não ando com a mínima disposição de pegar em material e vir para aqui falar muito.  

Não tenho o hábito falar do que se passa na minha vida pois este blogue, se bem que um espaço meu, é tudo menos intimista. No entanto, dada a ausência prolongada, uma breve explicação era apropriada por respeito a quem aqui veio e vem. 

Mas fica a promessa que voltarei no prazo mais breve possível a uma publicação mais constante. Até lá, o blogue andará um pouco às moscas.

Abraços e beijos a quem de direito e um muitíssimo obrigado aos que decidem entrar por estas portas.


O país está louco!

Rapaz agredido a pontapé tem medo de sair de casa - JN

Depois de termos ouvido a notícia de uma rapariga a qual foi violentamente espancada por outras duas matrafonas, de uma rapariga que foi esfaqueada com um x-acto por outra senhora, podemos ler agora uma outra notícia de um rapaz agredido a pontapé, alegadamente por outros três jovens que ainda lhe roubaram 100 euros!! Mas não é caso único. Soube outro dia que uma aluna minha anda a ser ameaçada de morte por uma colega. A rapariga anda tão assustada que já nem vai mais à escola, especialmente porque a turmita dela, segunda ela me contou, se juntou à festa.

O que eu pergunto é onde é que estão os pais no meio disto tudo? Vou propor uma explicação.

Ter um filho é uma coisa muito engraçada. É giro para mostrar ao amigos e tudo. O problema é que, para além de custar muito dinheiro, ao fim de 12 anos acaba-se a macacada. A criança começa a ganhar "vontade própria". Começa a querer sair debaixo das "asas" dos pais. Aos 15, 16 anos começa a fase de rebeldia onde o jovem se tenta encontrar com ele próprio e com o mundo. Como vivemos numa sociedade que cultiva a desresponsabilização de tudo e incentiva a vida "fácil", pode-se perceber que aos 12 anos a criança passa de engraçadinha a chata. Aos 15, 16 anos passa a irritante. E o que é que se faz com coisas chatas e irritantes? Simples, ignora-se. Não se liga. Deixa-se andar que é para não haver chatices. Resumindo, é o mesmo problema dos animais domésticos. Enquanto são bebés ficam. Quando se tornam adultos ficam ao abandono na rua. Como às crianças não se pode deixa-las na rua, deixa-se a criatura vir dormir a casa e dá-se-lhe de comer e beber. O resto, ela que se desenrasque.

Os pais, em Portugal, precisam de um curso para o serem. Uns acham que as crianças se educam sozinhas. Outros há que acham que a educação é da responsabilidade de outros; Escola, Professores, Estado... Mas isto é de espantar? Claro que não. Isto é o resultado da educação que os pais de hoje receberam dos seus próprios pais juntamente com a ideia que se criou em Portugal que a culpa morre solteira. E como é possível não ser assim quando temos um bastonário da ordem dos advogados que acha que gente que comete estes actos não deve ficar presa? Eu até acho que, para além dos filhos, os pais também deviam de ir para os "quadradinhos" perante casos destes. O facto de estar previsto na Lei a possível detenção dos pais pelos actos dos filhos faria muita gente andar bem mais atenta aos seus petizes.

No meio disto tudo, e falando do caso do rapaz, fico com uma grande pergunta. Para que é que um rapaz de 16 anos andava com 100 euros no bolso? E mais uma vez, isto leva a outra pergunta: de quem é a responsabilidade do miúdo andar com tanto dinheiro? Dele ou dos pais?

Eu sei que o embrutecimento intelectual é uma coisa atroz em Portugal. Há em pobres e ricos, engenheiros e trolhas, professores e alunos... Mas usar a massa encefálica não doí... Custa ao inicio para quem não está habituado a fazer uso dela mas não mata e garanto que possíveis dores de cabeça serão passageiras... Não se comece a usar a cabecinha, não, que o país não dura mais 50 anos.

De facto, é bem verdade o que outro dia li. Nós não somos descendentes dos corajosos portugueses que partiram à descoberta de novos mundos. Nós somos descendentes dos Velhos do Restelo que cá ficaram.

O mau Inglês no ensino em Portugal...

Outro dia, a propósito das perguntas da prova de físico-química de 9º Ano e das respectivas críticas à mesma, lembrei-me de ir desenterrar mortos. Lembrei-me de uma certa prova de Inglês... A 650, do ano de 2005. A dada altura da prova, aparece a seguinte pergunta:


Ora bem. Na altura, isto deu-me uma volta tal ao cérebro que precisei de, sensivelmente, meia hora para descortinar o que se queria com isto. Devo de admitir que ao fim desse tempo ainda não tinha resposta convincente. Em desespero de causa, fiz o que nunca se deve fazer, traduzir a pergunta. Maravilhas das maravilhas, eis que tudo passou a fazer sentido. Agora finalmente conseguia perceber o que é que a criatura que fez esta prova queria. Afinal o que se queria era o tempo dos verbos. Pois bem, pena é que se tenha confundido tempo com tempo verbal, que em Inglês, qualquer beginner sabe que são duas coisas completamente diferentes. Há o time e depois há os tenses. Só o segundo é que se refere à questão gramatical em causa sendo que o primeiro se refere a horas e afins.

De facto, traduzindo a frase ficamos com: "Leia as linhas 10/11 e identifique o TEMPO do verbo a que todas as três seguintes formas verbais se referem". Pois, pena é isto ser uma prova de Inglês e não de tradução de Inglês. Em Inglês, a pergunta teria de ser ligeiramente, só um bocadinho, diferente. Isto é como quem diz, bastaria perguntar simplesmente "Identify the tenses of the following verbs?". Infelizmente, a complexidade desta simples frase era demais para a mente que fez a prova.

Até se poderia pensar que seria outra coisa qualquer, mas não. Repare-se nos critérios de correcção:


Aparentemente, era mesmo os tempos, os tenses, portanto, que se queria. Na altura até fiquei a pensar que o defeito era meu mas, depois de mostrar esta prova a ingleses e americanos, ambos me disseram que não conseguiam perceber metade do que se queria lá. Fiquei logo mais aliviado. Afinal, o problema não era mesmo meu ou, se calhar, era mesmo. Se calhar o problema está em ter aprendido Inglês cedo demais tal como uma qualquer criança britânica, americana, canadiana e por fora. Se calhar, para perceber o Inglês destas provas, por vezes é preciso ter andado, unicamente, na escola pública portuguesa e ter tido professores que ensinam que white se lê "uíte" e não "uáite".

Quero eu com isto tudo dizer o quê? Ora bem, em primeiro lugar, este problema de más provas, sejam elas de que ano forem ou de que área forem, não é de agora. Já vem de trás. Em segundo lugar, quero dizer, e respeitante à minha área de trabalho, que, embora haja bons professores de Língua Inglesa na escola pública portuguesa, há uma enormidade de gente que devia estar a aprender Inglês e não a ensiná-lo. São estes, infelizmente, que dão cabo de todo o trabalho dos bons.

Para minha infelicidade, talvez, reparo nas gravíssimas falhas dos professores quando lhes dou formação. Ainda bem que são parcas as vezes que o faço porque, caso contrário, correria o risco de ficar deprimido tal é o desconhecimento em certos casos. Lembro-me de um caso em particular. Cai-me nas mãos, uma senhora que precisava de umas aulas de "refrescamento", ou assim fui informado. Quando dei por mim e sem dar conta, estava a dar o verbo "To be" no Simple Present.

Pelos bons professores que há, importa que se trate de limpar o sistema dos maus. Limpar não implica obviamente e unicamente apresentar de forma automática a porta da rua às pessoas. Até porque há muitos que podem ser "salvos". Importa é que se lhes diga claramente que, se têm vontade e gosto pelo ensino, têm de melhorar o seu nível de conhecimentos. Os que estão na profissão por gosto e vontade de ensinar, tenho a certeza que não hesitarão em fazer isso para depois serem recompensados com melhores resultados e elogios de pais e alunos. Sim, elogios de pais e alunos. É que, como em todo o lado, há os bons e os maus. Ao contrário do que uma certa ADD quer fazer crer, nem tudo são rosas mas nem tudo são silvas também.

O problema é que, por alguma razão que eu prefiro não especular, anda-se há anos a tapar o Sol com a peneira, atirando as culpas para todos os lados menos para os lados que se deve. A culpa é sempre de pais, alunos ou do governo. Nunca ouvi da parte dos profissionais de ensino dizer que há um problema nos manuais e em alguns professores e só poucas vezes ouvi falar nos programas (os quais são perfeitamente estupidificantes mas fico com a sensação que quase todos os seguem sem piar; quando muito, fazem um encolher de ombros). Também nunca ouvi dizer que Portugal tem um sério problema de qualidade no Ensino Superior ao nível de quem lá lecciona e, tristemente, tem mesmo.

Enquanto se insistir e se querer fazer acreditar que os professores são todos bons, acima de todas as críticas e vitimas de um sistema que, pela própria inércia dos profissionais do ensino, eles próprios ajudaram a criar, o ensino não melhorará.

Esperar que as mudanças venham do ME é irrealista, senão mesmo, utópico. O ME vive do mostrar trabalho aos eleitores. O ME "tem" de trabalhar para os eleitores no seu geral e não, apenas para uma parte deles (os professores). Acreditar que o ME terá força para fazer as mudanças necessárias contra a inércia e pasmaceira da sociedade em geral e o querer manter o status quo dos trabalhadores do sistema de ensino é esperar que Cristo desça novamente à Terra.

Para as coisas mudarem é preciso que haja uma verdadeira vontade de mudar e isso tem de começar a partir de quem está no terreno todos os dias. Greves e manifestações? Pois certamente mas para exigir exigência e não apenas para lutar por privilégios perdidos (tenham eles sido merecidos ou não).

Penso que seria bem melhor para todos que não víssemos mais provas de 9º Ano como as que vimos e que erros tão infantis como estes que mostrei na prova de Inglês. Eu prezo pelo meu futuro e pela qualidade do meu trabalho. Seria bom que mais o fizessem em vez de encolher os ombros e olhar para o lado. Queremos ser tratados com respeito e prestigio merecidos? Tratemos de o merecer então.

É que ainda hoje*, reparei que um dos meus "pupilos" está sem aulas de Inglês faz três semanas. Quando começou a faltar, ainda nem metade do livro tinha dado. Entretanto faltou e continua a faltar e já estamos no final do ano. Assim não pode ser. Não quero ofender ninguém mas passo bem sem colegas destes e penso que a profissão também. Infelizmente, casos destes não são únicos. Eu diria mesmo que são, estranhamente, vulgares.

*Nota: o "hoje" refere-se à data em que escrevi o post e não à sua data de publicação.

Do blogue e da política portuguesa.

Antes do post, gostaria de explicar a minha ausência do blogue. Tal deve-se à carga de trabalho com que ando. Entre aulas, formações, consultadoria, etc e tal, pouco tempo tenho tido para aqui. Conto ter esta semana já tudo novamente dentro da normalidade.

No entanto, hoje, uma notícia não podia deixar de merecer a minha atenção aqui no blogue. No seu primeiro dia de trabalho, Passos Coelho já sofreu a sua primeira derrota. Temo que, uma aliança que já se desentende mesmo antes de tomar posse como governo não dure muito. Especialmente se considerarmos a pressão a que os governantes irão estar sujeitos até ao fim do ano.

Cada vez me parece que lá para Dezembro comecem a surgir "rumores" de novas eleições.

Cavaco está esquecido do seu tempo como Primeiro-Ministro



Nunca deixa de ser curioso ouvir falar em "repovoamento agrário do interior" da boca do mesmo corpo que, no passado, se preocupou, sistematicamente, em destruir a agricultura. Ora leia lá aqui e digam se este senhor não se torna num autêntico palhaço de cada vez que abre a boca... Será que o senhor está tão senil que não se lembra da sua década no poder?

Duas equipas para formar governo...



PSD e CDS criam equipas para preparar acordo e proposta de programa de Governo - Política - PUBLICO.PT

Perante isto, apenas uma pergunta simples. Passos Coelho disse durante a campanha que iria reduzir o tamanho do governo e, logo para começar forma com Portas duas equipas só para formar governo? Mas é este o exemplo que, mesmo antes de serem governo, nos dão? Eu dizia que em Dezembro todos os que neles votaram iriam chorar mas se calhar cometi um erro. Não será preciso tanto tempo. Então numa altura que se precisa de poupar o primeiro sinal que dão é formarem a duas equipas para estudarem isto ou aquilo? Quê? Uma não era suficiente para lá porem os amigos a trabalhar?

Se isto começa assim antes de serem governo, até eu que já esperava pouco desta coligação, começo a ficar com receios.

A estória da história...

 
Em resposta ao que O Jumento sabiamente escreveu aqui, publiquei o comentário que aqui agora reproduzo em forma de post.

A direita, mais do que a esquerda, tem uma tendência para fazer uma análise diferente da mesma realidade dependendo se está na oposição ou no governo. Na oposição tudo é mau e a culpa de tudo ser mau é de quem está no poder. Quando chegam eles próprios ao poder, tudo passa a ser culpa de outros.

Foi a "direita" que se deixou levar pela ganância uma elite dos seus membros e levou o mundo à pior crise nos últimos 100 anos. Mas não se engane ninguém. Isto não começou com a crise financeira. Isto começou com a falcatrua que foi a eleição de George W. Bush para a Presidência dos EUA. O resto decorre da má administração desse não-presidente e da ganância de quem com ele estava e tudo deu aos amigos.

Em Portugal, a crise começou não com o PS, se bem que este a agravou por falta de capacidade para melhor, mas sim com o governo de Cavaco Silva que destruiu a base económica que o país ainda detinha a troco de uns dinheiros para auto-estradas que não se conseguiriam sustentar e betão armado para estrangeiro ver. Agora no poder, a direita vai continuar a fazer o mesmo que sempre fez, zelar pelos interesses dos amigos e enteados. Mas não é preciso ficar muito chateado, afinal é apenas uma redistribuição dos lugares que passam do PS para o PSD e CDS. No meio disto, sem estarmos preparados levamos com a crise dos outros e com ela permanecemos e, pior, iremos primeiro ajudar a que os causadores da crise se levantem para depois nos levantarmos nós.

O que resta da esquerda também deve estar muito orgulhosa. O PCP conseguiu voltar a ser o que sempre foi, uma nulidade que vive da miséria alheia. O BE vai passar os próximos anos a lamber as feridas resultantes da sua tentativa de copiar o populismo de Portas mas à esquerda. O PS, esse, vai entrar como guerra interna para ver quem vai ocupar o lugar deixado vazio por Sócrates.

No meio disto tudo, agradeça-se aos eleitores que, cegamente, decidiram levar o país à falência apenas por embirrarem com o Primeiro-Ministro, esquecendo-se que quem lá iam por não será capaz de fazer melhor. Lá para Dezembro, senão antes, iremos ver o país a pedir novas eleições para resolver a crise criada por esta. Depois, sim, poderemos começar a resolver os problemas da crise que afinal é dos que agora exigem juros para não se afogarem eles mesmos.

Augusto Mateus: "Onde Portugal é competitivo é na mão-de-obra qualificada" - Economia - PUBLICO.PT

Augusto Mateus: "Onde Portugal é competitivo é na mão-de-obra qualificada" - Economia - PUBLICO.PT



Esta frase diz tudo sobre os problemas de Portugal. O país tem sido governado por gente incapaz com gestores/administradores de mercearia e economistas de treta. Esta gente conseguiu o que mais nenhum país da Europa, talvez mesmo do mundo, conseguiu que é por gente que andou anos a estudar, anos a gastar dinheiro em formação académica para depois ganhar o mesmo que um não-qualificado.

Enquanto se puder dizer isto e, aparentemente há quem o diga com a maior das tranquilidades, o país irá andar no mesmo.

O que vai sair destas eleições.

Hoje, depois dos resultados ainda não totais, ficamos com uma meia boa notícia: José Sócrates, o trapalhão de serviço, perdeu as eleições e não irá continuar à frente do governo de Portugal. O problema é que termina aqui tudo o que de bom saiu destas eleições.

Depois de uma campanha vergonhosa onde tudo se disse excepto aquilo que se devia ter dito, reparamos que os portugueses continuam preguiçosos para irem votar. Dos que foram, retiramos algumas coisas interessantes. A primeira é que a memória dos eleitores é, de facto, muito curta. Paulo Portas já tinha estado no governo e teve a actuação que teve. A sua marca foram uma quantidade infindáveis de negócios duvidosos na área da Defesa Nacional. Duvidosos e que, afinal, pouco trouxeram de "modernização" real às Forças da Armadas. A segunda que se pode retirar é os portugueses gostam muito mesmo das balelas dos políticos.

Na ânsia de tirar de lá Sócrates, talvez ninguém tenha percebido bem que nestas eleições se estava a discutir quem e como irá ser aplicado o "Acordo com a Troika". Para responder a quem, nem sequer teria sido preciso ter havido eleições. É óbvio que seria o trio maravilha (PS, PSD e CDS) a fazer isso. As eleições apenas serviram para satisfazer egos e interesses pessoais de alguns e dos seus compinchas. O problema real surge quando se quer responder ao "como". Isso, o que era verdadeiramente importante nestas eleições, não foi falado. Pior ainda é que foram poucos a reparem sequer na ausência deste crucial tema.

Em suma, os portugueses com uns míseros votos brancos/nulos, uma abstenção semelhante a outras eleições legislativas, quiseram dar um cheque em branco ao PS, PSD e CDS. Depois da bebedeira das eleições passar, vai haver muito choro e lágrimas de quem, hoje, decidiu votar nos mesmos. Nos mesmos que trouxeram o país ao ponto que estamos. Tal como disse nas eleições presidenciais e apesar das influências que possam ter havido durante a campanha de diversos sectores, os eleitores de Portugal escolheram livremente quem queriam que os governassem. Espero que, já por altura do Natal, não haja arrependimentos e que a energia que gastaram a eleger estes deputados não seja transferida para dizer mal deles por estarem a fazer cumprir aquilo que se sabia que eles teriam de cumprir seja lá por onde fosse. Espero, portanto, que a alegria de hoje não seja choradeira amanhã e que se lembrem bem em como hoje se votou.

Para quem não achou que Portas era alternativa em 2005 e que as eleições são sempre para eleger os mesmos, não se esqueçam que hoje tiveram a oportunidade de mudar as coisas e escolheram o mesmo. Aprendam a viver com isso caso isto dê para o torto. Em boa verdade, espero que o futuro me obrigue a engolir estas palavras mas, infelizmente, tal parece-me altamente improvável.

Um bem haja a quem achou que as escolhas de hoje era insuficientes e foram votar e não votaram em nenhum ou votaram num dos pequenos partidos. Obrigado a esses corajosos pois são esses que verdadeiramente querem que as coisas mudem.

Nojo e vergonha de pertencer a esta naçãozinha de treta


São estes os "homens" de Portugal. São estes os "machos latinos" que Portugal tem. São estes os país das nossas crianças e os seus modelos. São muito homens mas são precisas dúzias para bater num único que, seja lá o que tenha feito, se algo fez, para mostrarem como são homens duros.

São estes os senhores que dizem "defender" a pátria. Com defensores assim ficamos melhores sem eles. É preciso ter lata para depois ainda virem falar de "honra", de "espírito de corpo", de "unidade" e "coragem". Se é isto que estes senhores aprenderam na recruta dos seus superiores então se calhar, já que nada fazem pela nação que não possa ser feito por um corpo civil, então mande-se esta gente toda para a reforma antecipada pois um país não precisa de um exército que mostra ao mundo ser uma colecção de rufias. 

Este comportamento é inadmissível numa organização como as Forças Armadas de um país civilizado. É bom que haja reprimendas sérias, duras e que haja, sobretudo, acusação de crime para estes senhores para que sirva de exemplo.

Sei que nas Forças Armadas se estão a ensinar pessoas a matar e não a treinar comissários de bordo mas há valores que têm de ser mantidos. E convinha também não esquecer, para os senhores que se lembram destas covardias, que um dia no "campo de batalha" poderão precisar que o coitado que estava no chão dê o corpo por eles. 

Penso que os Americanos ainda precisão de homens para o Afeganistão. Talvez se devesse "voluntariar" estes senhores para lá para os montes para os Talibans os ensinarem o que é coragem ou loucura, dependendo do ponto de vista.

Estou enojado com isto.