Mais uma vez saudações!
Ora bem, agora que esta brava nação tem perante ela esta pertinente (ou não) questão do aborto, torna-se imperativo que se traga um pouco de loucura à dita.
Sugiro que se comece por pensar numa coisa. O que leva à necessidade de uma mulher abortar? Vamos digerir esta questão por um momento... Certamente já chegaram à mesma conclusão que eu... O que leva a mulher a ter de abortar é o facto de ter engravidado em primeiro lugar! Parece-me de todo justo esta observação.
A questão que se põe agora é saber porque é que engravidou. As hipóteses são várias: vão desde a gravidez planeada até a falhas nos contraceptivos. A primeira hipótese não leva à necessidade de abortar salvo por complicações ao longo da gravidez. Já a última, pode levar de facto ao desejo de abortar.
Pois muito bem, na minha demência, penso eu que é precisamente aqui que reside o cerne de todo este embróglio. Na maioria das vezes o que leva às gravidezes indesejadas não é o tão aclamado "preservativo roto" ou qualquer outra falha nos contraceptivos mas sim a falta de uso do mesmo. Já pensaram se a mulher tomar a pílula e o homem usar o preservativo na probabilidade que é de ela engravidar? Creio que é pacífico que a mesma é "estupidificantemente" baixa. Mas tendo em conta os efeitos adversos da pílula para a mulher, o facto de o homem usar preservativo já diminui em muito (e é mesmo Muito) os infelizes acasos em que eles (os preservativos) falham.
Não nos vamos esquecer que os preservativos não são fáceis de rebentar, e se rebentam em muitos casos é pelo seu uso errado. Sugiro que tentem pegar num e o tentem rebentar. Irão descobrir que não é tarefa fácil... Portanto, sem continuar a alongar-me muito mais aqui, acho que se percebe que o problema do aborto não está no aborto em si mas na irresponsabilidade das pessoas; umas por pura e clara estupidez natural e outras porque o estado nas escolas insiste em perder tempo com aulas de cidadania que de pouco ou nada servem e não perde nem tempo nem dinheiro a dizer aos jovens adolescentes as mais brilhantes maneiras de se impedir não só a gravidez como a transmissão das mais variadas DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Este referendo trata-se, na mais pura das minhas insanidades, nada mais que atirar areia para a cara de todos os portugueses de modo a que se evite falar não só de problemas bem mais importantes e urgentes para o futuro da nação que o aborto, mas também evita que o governo tenha de realmente trabalhar pondo o planeamento familiar em portugal a funcionar e fazer passar aos mais jovens uma boa educação sexual que por si só iria evitar muitas outras complicações.
O aborto não vai resolver nenhum dos problemas que o "Sim" diz que resolve. As mulheres vão continuar a serem julgadas depois das 10 semanas, muitos dos abortos por gravidezes indesejadas, por vergonha, continuarão a ser feitos fora dos meios seguros e recomendados e certamente que os meios clandestinos de abortos não desaparecerão pois irá continuar a haver mercado para além das 10 semanas. Além disto, parece-me que ninguém pode obrigar um médico a praticar um aborto se este não concordar com o mesmo, o que levará as mulheres a fazê-lo fora do sistema nacional de saúde (ou no privado para quem pode) criando à mesma os riscos para a vida da mulher.
Já o "Não" ao aborto não resolve por si só nenhum destes problemas acima referidos, visto que deixa tudo na mesma (ao contrário do que já ouvi dizer numa certa televisão pública). Ao optar-se pelo "Não" não nos dá nenhuma garantia que algo venha a mudar para o apoio às mulheres, até porque o que eu ouço repetidamente dizer deste lado da barricada, é o apoio às mulheres "que já estão grávidas" e que não querem ou não podem continuar com a mesma (por razões que não as previstas já na lei, note-se).
Conclusão, esta questão do aborto não é mais que um remendo a um problema à boa maneira portuguesa. Em vez de se concentrar esforços na prevenção das gravidezes indesejadas através do uso dos vários métodos contraceptivos e no devido planeamento familiar, resolve-se o problema com a maneira menos trabalhosa. Com isto passa-se a ideia de: "engravidem para aí à vontade que podem sempre abortar se forem a tempo e se não forem... problema vosso! O referendo foi claro!".
Por último digo apenas isto, apesar de eu considerar o aborto como um "não-problema", penso que cada um (neste caso as mulheres) são responsáveis por tudo aquilo que fazem. Se querem fazer aborto, isso é uma decisão inteiramente delas e de mais ninguém (quando muito pode ser do pai do respectivo projecto de filho). Tendo isto dito, votar sim parece-me apesar de tudo o mais sensato, embora não deixe se ser hipócrita do meu ponto de vista.
Cumprimentos a todos!
Ora bem, agora que esta brava nação tem perante ela esta pertinente (ou não) questão do aborto, torna-se imperativo que se traga um pouco de loucura à dita.
Sugiro que se comece por pensar numa coisa. O que leva à necessidade de uma mulher abortar? Vamos digerir esta questão por um momento... Certamente já chegaram à mesma conclusão que eu... O que leva a mulher a ter de abortar é o facto de ter engravidado em primeiro lugar! Parece-me de todo justo esta observação.
A questão que se põe agora é saber porque é que engravidou. As hipóteses são várias: vão desde a gravidez planeada até a falhas nos contraceptivos. A primeira hipótese não leva à necessidade de abortar salvo por complicações ao longo da gravidez. Já a última, pode levar de facto ao desejo de abortar.
Pois muito bem, na minha demência, penso eu que é precisamente aqui que reside o cerne de todo este embróglio. Na maioria das vezes o que leva às gravidezes indesejadas não é o tão aclamado "preservativo roto" ou qualquer outra falha nos contraceptivos mas sim a falta de uso do mesmo. Já pensaram se a mulher tomar a pílula e o homem usar o preservativo na probabilidade que é de ela engravidar? Creio que é pacífico que a mesma é "estupidificantemente" baixa. Mas tendo em conta os efeitos adversos da pílula para a mulher, o facto de o homem usar preservativo já diminui em muito (e é mesmo Muito) os infelizes acasos em que eles (os preservativos) falham.
Não nos vamos esquecer que os preservativos não são fáceis de rebentar, e se rebentam em muitos casos é pelo seu uso errado. Sugiro que tentem pegar num e o tentem rebentar. Irão descobrir que não é tarefa fácil... Portanto, sem continuar a alongar-me muito mais aqui, acho que se percebe que o problema do aborto não está no aborto em si mas na irresponsabilidade das pessoas; umas por pura e clara estupidez natural e outras porque o estado nas escolas insiste em perder tempo com aulas de cidadania que de pouco ou nada servem e não perde nem tempo nem dinheiro a dizer aos jovens adolescentes as mais brilhantes maneiras de se impedir não só a gravidez como a transmissão das mais variadas DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
Este referendo trata-se, na mais pura das minhas insanidades, nada mais que atirar areia para a cara de todos os portugueses de modo a que se evite falar não só de problemas bem mais importantes e urgentes para o futuro da nação que o aborto, mas também evita que o governo tenha de realmente trabalhar pondo o planeamento familiar em portugal a funcionar e fazer passar aos mais jovens uma boa educação sexual que por si só iria evitar muitas outras complicações.
O aborto não vai resolver nenhum dos problemas que o "Sim" diz que resolve. As mulheres vão continuar a serem julgadas depois das 10 semanas, muitos dos abortos por gravidezes indesejadas, por vergonha, continuarão a ser feitos fora dos meios seguros e recomendados e certamente que os meios clandestinos de abortos não desaparecerão pois irá continuar a haver mercado para além das 10 semanas. Além disto, parece-me que ninguém pode obrigar um médico a praticar um aborto se este não concordar com o mesmo, o que levará as mulheres a fazê-lo fora do sistema nacional de saúde (ou no privado para quem pode) criando à mesma os riscos para a vida da mulher.
Já o "Não" ao aborto não resolve por si só nenhum destes problemas acima referidos, visto que deixa tudo na mesma (ao contrário do que já ouvi dizer numa certa televisão pública). Ao optar-se pelo "Não" não nos dá nenhuma garantia que algo venha a mudar para o apoio às mulheres, até porque o que eu ouço repetidamente dizer deste lado da barricada, é o apoio às mulheres "que já estão grávidas" e que não querem ou não podem continuar com a mesma (por razões que não as previstas já na lei, note-se).
Conclusão, esta questão do aborto não é mais que um remendo a um problema à boa maneira portuguesa. Em vez de se concentrar esforços na prevenção das gravidezes indesejadas através do uso dos vários métodos contraceptivos e no devido planeamento familiar, resolve-se o problema com a maneira menos trabalhosa. Com isto passa-se a ideia de: "engravidem para aí à vontade que podem sempre abortar se forem a tempo e se não forem... problema vosso! O referendo foi claro!".
Por último digo apenas isto, apesar de eu considerar o aborto como um "não-problema", penso que cada um (neste caso as mulheres) são responsáveis por tudo aquilo que fazem. Se querem fazer aborto, isso é uma decisão inteiramente delas e de mais ninguém (quando muito pode ser do pai do respectivo projecto de filho). Tendo isto dito, votar sim parece-me apesar de tudo o mais sensato, embora não deixe se ser hipócrita do meu ponto de vista.
Cumprimentos a todos!