Saudações!
Depois de muito pensar e depois de ter acabado de escrever um pequenito texto, achei que devia por esta insanidade aqui no blog. Um pequeno relato de um dia de semana em que ao apanhar chuva fiquei com o cérebro em curto-circuito e deu-me na minha já louca mente, cometer mais uma loucura.
Aqui vos deixo, então, esta maravilha escrita num confortável lugar da cidade do porto, numa sexta à tarde.
Caro insano leitor, hoje trago não uma loucura mas antes um devaneio com apenas uma pitada de insanidade (só mesmo para trazer o sabor ao de cima). Mais uma vez quebro a regra de não falar da minha vida pessoal, mas não resisto a partilhar estes breves pensamentos que hoje me ocorreram.
Começou tudo após o almoço; e eu adorava que estas duas gralhas que se sentaram na mesa ao lado se calassem... estão a arruinar-me o ambiente! Mas onde ia eu? Ah! Pois, ia a relatar o momento de inspiração que tive... Ora muito bem (a propósito, as gralhas calaram-se!!), tinha eu acabado de almoçar num qualquer centro comercial da cidade do Porto, quando reparei que ainda tinha uma hora até a altura do compromisso seguinte.
Como tinha tempo a perder decidi ir no meu vagar (como diria a santa da minha avó) até à estação de metro mais próxima. Não sei se foi do tempo, não sei se fui atingido por algum olhar penetrante de alguma musa, mas o certo é que, sem motivo aparente, comecei a reparar no mundo que passava à minha volta. Pessoas, carros, prédios, cheiros, sons... tudo me chamava a atenção... (ok! Acabou de entrar um "gaju" com a cara pintada à estilo de pintura rupestre! Índios à solta, só pode! Ou então é mesmo da época de praxes...)
Bem, com estas e com outras lá cheguei eu à entrada da estação de metro, ainda muito adiantado diga-se. Como, pelos vistos, o almoço não tinha sido suficiente para o meu estômago, decidi dar asas à gula e fui ao barzito da estação deglutir uma nata (pastel de nata se preferirem... devo dizer desde já que "estaba boa caragu!"). E pronto, validei o andante e apanhei o metro que me deixou rapidamente no destino por mim pretendido. Ainda faltavam 45 minutos para a hora marcada.
Então, mesmo com uns chuviscos, fui dar a volta maior. Desci os Aliados muito lentamente e dirigi-me para a rua dos Clérigos para chegar aos Leões. A meio do caminho da dita rua, comecei a dizer mal da minha vida (que raio de subida! Isto custa! Lá se está o pé esquerdo a queixar!). Mas não pensem que desanimei! Bravo e valente (sim, eu sei que qualquer um pode subir aquilo mas apetece-me enaltecer a minha imagem! Faz bem ao ego!) lá cheguei ao topo, bem um bocadinho antes... Havia já muito que queria entrar numa livraria (a Livraria Lello... sim eu sei, imperdoável nunca lá ter entrado... Sue me!) e assim foi. Lá entrei.
Nesse momento, senti-me como que transportado para outro mundo; um mundo que me envolveu e me acolheu como um cobertor de veludo. Era aconchegante e era mais! Era um local onde o tempo tinha parado mas, no entanto, nata tinha permanecido estático. Os novos livros que ao longo dos tempos foram vindo a ser postos à venda penetraram num antigo mundo... (Vunito isto heim?!)
Tudo na livraria vinha de uma outra época, de uma altura onde o que imperava era o papel, a madeira, a pedra... enfim, o que é natural... O domínio do homem sobre a natureza sem, contudo, criar algo completamente austero, estéril, artificial...
Por isso pergunto, onde estão hoje estes espaços? Para onde foram estes belos lugares onde a história vive? Porque será que tudo o que é feito hoje é desprovido de qualquer espírito? Porque é que hoje se constroi e se fazem as coisas sem se pensar na envolvência que rodeia a dita "obra"? Porque não se respeita o passado e a história das coisas?
Onde estão os lugares onde os espíritos do passado se passeiam diante os nosso olhos (não, eu não vejo "dead people"!), onde a história regressa ao presente e nos faz reviver tudo aquilo que já foi? ADONDE estão eles?!
P.S.: Eu devia estar com os neurónios cheios de uma qualquer droga, pois este post é loucura dentro da insanidade que me é inerente!! Mas tenho de admitir... até nem ficou feio... ficou "vunitu"!
Depois de muito pensar e depois de ter acabado de escrever um pequenito texto, achei que devia por esta insanidade aqui no blog. Um pequeno relato de um dia de semana em que ao apanhar chuva fiquei com o cérebro em curto-circuito e deu-me na minha já louca mente, cometer mais uma loucura.
Aqui vos deixo, então, esta maravilha escrita num confortável lugar da cidade do porto, numa sexta à tarde.
Caro insano leitor, hoje trago não uma loucura mas antes um devaneio com apenas uma pitada de insanidade (só mesmo para trazer o sabor ao de cima). Mais uma vez quebro a regra de não falar da minha vida pessoal, mas não resisto a partilhar estes breves pensamentos que hoje me ocorreram.
Começou tudo após o almoço; e eu adorava que estas duas gralhas que se sentaram na mesa ao lado se calassem... estão a arruinar-me o ambiente! Mas onde ia eu? Ah! Pois, ia a relatar o momento de inspiração que tive... Ora muito bem (a propósito, as gralhas calaram-se!!), tinha eu acabado de almoçar num qualquer centro comercial da cidade do Porto, quando reparei que ainda tinha uma hora até a altura do compromisso seguinte.
Como tinha tempo a perder decidi ir no meu vagar (como diria a santa da minha avó) até à estação de metro mais próxima. Não sei se foi do tempo, não sei se fui atingido por algum olhar penetrante de alguma musa, mas o certo é que, sem motivo aparente, comecei a reparar no mundo que passava à minha volta. Pessoas, carros, prédios, cheiros, sons... tudo me chamava a atenção... (ok! Acabou de entrar um "gaju" com a cara pintada à estilo de pintura rupestre! Índios à solta, só pode! Ou então é mesmo da época de praxes...)
Bem, com estas e com outras lá cheguei eu à entrada da estação de metro, ainda muito adiantado diga-se. Como, pelos vistos, o almoço não tinha sido suficiente para o meu estômago, decidi dar asas à gula e fui ao barzito da estação deglutir uma nata (pastel de nata se preferirem... devo dizer desde já que "estaba boa caragu!"). E pronto, validei o andante e apanhei o metro que me deixou rapidamente no destino por mim pretendido. Ainda faltavam 45 minutos para a hora marcada.
Então, mesmo com uns chuviscos, fui dar a volta maior. Desci os Aliados muito lentamente e dirigi-me para a rua dos Clérigos para chegar aos Leões. A meio do caminho da dita rua, comecei a dizer mal da minha vida (que raio de subida! Isto custa! Lá se está o pé esquerdo a queixar!). Mas não pensem que desanimei! Bravo e valente (sim, eu sei que qualquer um pode subir aquilo mas apetece-me enaltecer a minha imagem! Faz bem ao ego!) lá cheguei ao topo, bem um bocadinho antes... Havia já muito que queria entrar numa livraria (a Livraria Lello... sim eu sei, imperdoável nunca lá ter entrado... Sue me!) e assim foi. Lá entrei.
Nesse momento, senti-me como que transportado para outro mundo; um mundo que me envolveu e me acolheu como um cobertor de veludo. Era aconchegante e era mais! Era um local onde o tempo tinha parado mas, no entanto, nata tinha permanecido estático. Os novos livros que ao longo dos tempos foram vindo a ser postos à venda penetraram num antigo mundo... (Vunito isto heim?!)
Tudo na livraria vinha de uma outra época, de uma altura onde o que imperava era o papel, a madeira, a pedra... enfim, o que é natural... O domínio do homem sobre a natureza sem, contudo, criar algo completamente austero, estéril, artificial...
Por isso pergunto, onde estão hoje estes espaços? Para onde foram estes belos lugares onde a história vive? Porque será que tudo o que é feito hoje é desprovido de qualquer espírito? Porque é que hoje se constroi e se fazem as coisas sem se pensar na envolvência que rodeia a dita "obra"? Porque não se respeita o passado e a história das coisas?
Onde estão os lugares onde os espíritos do passado se passeiam diante os nosso olhos (não, eu não vejo "dead people"!), onde a história regressa ao presente e nos faz reviver tudo aquilo que já foi? ADONDE estão eles?!
P.S.: Eu devia estar com os neurónios cheios de uma qualquer droga, pois este post é loucura dentro da insanidade que me é inerente!! Mas tenho de admitir... até nem ficou feio... ficou "vunitu"!
5 comments:
Meu caro a pergunta é mt pertinente, e eu tb gostava de saber... Como te compreendo bem... E só te digo q a alma dos edificios somos nós q a damos! Qnd estas modernisses começarem a ser velhas tb ela começaram a ter essa aura!
Mas a verdade é q os arquitetos ja podiam ter um pouco mais de ciudado. Mas o q se pode esperar de uma versão mais afemeninada(pra n mt bruto) de "um curso aleatorio".....
;)
I see dead people!!! (lol)
tens razão, o homem cada vez mais "aperfeiçoa" a sua técnica destrutiva
nada tem valor, os edificios sao só construções nuas, desprovidas de significado e de historias
é só mais um pedaço de cimento
=) grande devaneio
ficou vuniiiiiiiitoooooo! =)
Ha dias assim... em k somos envolvidos por uma ambiência k nos faz despertar para o mundo k nos rodeia e(ab)sorver cada um dakeles pormenores k na azafama do quotidiano acabamos por deixar passar ao lado...
Esses momentos em k olhas a tua volta com outros olhos ...com olhos de VER, valem ouro... são momentos em k entras em comunhão com o k te rodeia e te sentes parte integrante de algo realmente avassalador...
inda hoje tive uma sensação dessas...mar a perder de vista, céu azul e a luz radiosa do astro-rei a pairar sobre mim, o vento a afagar-me a face...dakeles momentos em k estas em sintonia com a natureza e te sentes transbordar de alegria e gratidão, e sem k te apercebas tas a olhar para uma pessoa k "nunca viste mais gorda" com o mais rasgado dos sorrisos! lool e demência , mas sem duvida a melhor das demências k se pode ter :)
quanto a tua pergunta:
e certo k hj em dia se planeiam e executam construções numa sofreguidão louca...mtas vezes sem pensar devidamente no seu enkuadramento, utilidade e impactos...nem sempre se preservam e valorizam as marcas do passado k nos são legadas. Mas la esta...actualmente os edifícios estão desprovidos de alma e espírito...pk la esta são "actuais", fruto do contexto presente...não tem ainda "historia" nem o tal botãozinho de teletransporte para uma outra dimensão...
Apesar de tudo, axo k somos privilegiados...o Porto em si transpira historia, sentimento, tradição e esta repleto de locais onde o espírito das coisas continua a persistir...prova disso e a livraria k referiste, entre mts outros espaços... :P
Uma cidade com uma "aura" unique :P
beijooooooo***
adorei o relato do teu percurso deambulatorio(kual Cesario Verde lol) e do teu processo criativo nesse local deveras inspirador ;)
deu gozo ler :P
Vou contar-te um segredo...
Estás preparado para o ouvir?
Olá chamo-me Eliseu e convido-vos a conhecer o meu blog. Obrigado!
Eliseu
http://contarumsegredo.blogs.sapo.pt
Post a Comment