Caro leitor venho aqui apenas falar, muito brevemente, de um assunto o qual me tem afectado pessoalmente... Estou a falar (como de resto se podia ler no título) do aclamado Processo de Bolonha.
Pois muito bem, volvido um semestre de experiência pessoal deste processo e juntando a isto os testemunhos de vários amigos que também estão a passar pelo mesmo em várias faculdades da UP (lamento mas não tenho testemunhos de outras universidades pelo que, tudo o que se dirá aqui será respeitante à Universidade do Porto), chego à conclusão que Bolonha apenas serviu para duas coisas: facilitar a mobilidade de alunos (a qual de resto já existia e a melhoria não foi assim tão evidente, digo eu vá...) e sobretudo, isso sim, sobrecarregar os alunos de trabalhos.
Pois bem, a sobrecarga de trabalhos era esperada e, do meu ponto de vista pessoal, até bem vinda já que simula muito mais a realidade de um trabalho real. Contudo, era suposto as avaliações finais serem eliminadas ou pelo menos perderem o seu peso.
Os facto mostraram-me que, não só passaram os estudantes a terem o triplo de trabalho durante o ano, como também esse trabalho em excesso não é valorizado pois a avaliação final por um exame de 2h-3h continua a decisiva para a aprovação na grande maioria de cadeiras. Lamentavelmente fico com a ideia de que os professores do ensino superior em Portugal (e de facto no resto do mundo também) continuam a pensar que decidir a vida de um qualquer aluno numa prova de duas horas é sinonimo de ele estar ou não preparado para enfrentar o mercado de trabalho...
Acho que isto acontece (pelo menos neste matagal à beira mar plantado) devido ao facto de que os professores sofrem todos de artroses e outras doenças debilitantes que lhes impedem de trabalhar. Sim porque corrigir 100 trabalhos é muito mais penoso que corrigir 100 exames mas ninguém lhes pediu para serem professores e mesmo que tivessem pedido a escolha final da profissão é deles. Seria interessante um operário da construção civil (vulgo trolha), andar a acartar predinhas de 20 gramas em vez de andar a carregar tijolos de 5 kg. Talvez os professores devessem pensar que corrigir trabalho é parte da razão porque que pagam no final do mês.
Em suma, penso que Bolonha vai ser mais um fiasco na educação deste misero país que de facto é muito pequenino... em esforço para atingir seja que fim for (os outros que trabalhem... eu já faço que chegue né?).
Dito.
Pois muito bem, volvido um semestre de experiência pessoal deste processo e juntando a isto os testemunhos de vários amigos que também estão a passar pelo mesmo em várias faculdades da UP (lamento mas não tenho testemunhos de outras universidades pelo que, tudo o que se dirá aqui será respeitante à Universidade do Porto), chego à conclusão que Bolonha apenas serviu para duas coisas: facilitar a mobilidade de alunos (a qual de resto já existia e a melhoria não foi assim tão evidente, digo eu vá...) e sobretudo, isso sim, sobrecarregar os alunos de trabalhos.
Pois bem, a sobrecarga de trabalhos era esperada e, do meu ponto de vista pessoal, até bem vinda já que simula muito mais a realidade de um trabalho real. Contudo, era suposto as avaliações finais serem eliminadas ou pelo menos perderem o seu peso.
Os facto mostraram-me que, não só passaram os estudantes a terem o triplo de trabalho durante o ano, como também esse trabalho em excesso não é valorizado pois a avaliação final por um exame de 2h-3h continua a decisiva para a aprovação na grande maioria de cadeiras. Lamentavelmente fico com a ideia de que os professores do ensino superior em Portugal (e de facto no resto do mundo também) continuam a pensar que decidir a vida de um qualquer aluno numa prova de duas horas é sinonimo de ele estar ou não preparado para enfrentar o mercado de trabalho...
Acho que isto acontece (pelo menos neste matagal à beira mar plantado) devido ao facto de que os professores sofrem todos de artroses e outras doenças debilitantes que lhes impedem de trabalhar. Sim porque corrigir 100 trabalhos é muito mais penoso que corrigir 100 exames mas ninguém lhes pediu para serem professores e mesmo que tivessem pedido a escolha final da profissão é deles. Seria interessante um operário da construção civil (vulgo trolha), andar a acartar predinhas de 20 gramas em vez de andar a carregar tijolos de 5 kg. Talvez os professores devessem pensar que corrigir trabalho é parte da razão porque que pagam no final do mês.
Em suma, penso que Bolonha vai ser mais um fiasco na educação deste misero país que de facto é muito pequenino... em esforço para atingir seja que fim for (os outros que trabalhem... eu já faço que chegue né?).
Dito.
1 comment:
O tema é relevante, falaste bem, MAS PORQUE CARGA D'AGUA O POSTASTE DUA VEZES? será pra compensar algo???
Quanto ao tema em dó maior, penso q o problema de bolonha assim como o da maior parte da educação em portugal sofre de um problema de focagem:
Focam-se no q os alunos fazeem ou n fazem, ou até mesmo devem fazer! O que seria de louver se n se esquecessem do outro parceiro nesta simbiose: O PROFESSOR
Podes ter o melhor sistema de educação no universo, o melhor aluno do cosmos, se tiveres o pior Prof do inferno, n adianta.....
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