De uma vez só, mata-se a Democracia e a República

 

Um governo que tem membros que acham que fazer as coisas à socapa, sem conhecimento dos cidadãos, que acha que é melhor apresentar as coisas como factos consumados, não é governo não é coisa nenhuma! 

O referendo na Grécia e toda a trapalhada que se gerou à volta dele, marcou o fim da democracia na Europa e começo daquilo que já havia há muito, a corporocracia ou finançocracia. Foi o fim de uma era em que se confirmou que os povos há muito que tinham deixado de eleger os seus representantes mas sim elegiam os representantes dos grandes interesses corporativos do grande capital, quer das empresas quer de indivíduos.

Em Portugal, a Democracia ou mesmo a deficitária República Portuguesa, na sua terceira encarnação, assiste também ao seu fim pelas mãos de dois partidos que, curiosamente, têm a palavra democracia no seu nome: PSD, Partido Social Democrata, e CDS, Centro Democrático Social. 

De facto, hoje, vejo que me enganei. A crise financeira não acabou com o capitalismo. Acabou sim com a governação do povo, como um todo, directamente ou através dos seus representantes substituindo-a pela eleição de representantes da finança mundial. Isto é, daqueles que, sem trabalharem muito, se dedicam a fazer dinheiro com o suor e trabalho dos outros. 

Resta perguntar como é que isto aconteceu... Mas a resposta é fácil. Aconteceu e está a acontecer porque o povinho lorpa deixou que isso acontecesse. Acreditou nas cantigas que vinham dos diversos partidos (sobretudo do PS, PSD e CDS). Acreditou em Sócrates e depois ainda teve a iluminada ideia de achar que Coelho seria diferente. 

Por mim, estão todos a ter o que merecem. Quando não se protege aquilo que se tem e se dá tudo como adquirido, tudo se perde.E estamos tão mal, que o governo consegue dar-se ao luxo de ter membros que acham que o povo não tem que participar nas coisas nem estar informado das intenções de quem o governa. 

Agora, aqui estamos. Agora, quem quiser que feche a porta. Votaram neles, deixaram-se todos fazer de estúpidos, agora, aturem-nos.

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