Porque ainda é preciso lutar por direitos de muitos...


O seguinte vídeo não se trata de uma tentativa de fazer dos homossexuais vitimas desamparadas. Trata-se antes de mais um alerta para o que a estupidez humana faz e os resultados que tem. Apenas o publico porque me comoveu um pouco e porque tem um caso de Portugal.

Fico, no entanto, com algumas inquietações de espírito. Entre elas pergunto-me, que mal estas pessoas fizeram ao mundo para merecerem a sorte que tiveram?

Mais interessante ainda, que mal fizeram estas pessoas pessoalmente às pessoas responsáveis, directa ou indirectamente, pela sua morte?

Levarem para a cama pessoas do mesmo sexo? Amarem (note-se o verbo! É amar e não odiar!) pessoas iguais a elas do ponto de vista de género?

Francamente! Há 100 anos atrás eram as mulheres e os seus direitos que iriam trazer o fim do mundo. Ainda aqui estamos. Há 200 anos eram os negros com a sua emancipação (a qual ainda não se realizou totalmente). Ainda aqui estamos.

Os direitos dos homossexuais estão a dar agora alguns passos na direcção certa. Vos garanto que daqui a 100 anos alguém estará no meu lugar a dizer que ainda lá estão.

Nota: Particular atenção para os 3:05 do vídeo. Como tinha dito, não é só lá fora... Gisberta, ainda se lembram? E do resultado da investigação? Esse eu também vos relembro: a culpa da morte de Gisberta foi a água do fosso onde lhe enfiaram a cabeça. É a justiça que se propõe, é a moralidade que temos na sociedade.

3 comments:

Em@ said...

Toda e qualquer forma de discriminação aterroriza-me.
Custa-me tanto aceitar que se persiga os outros só porque saem daquilo que se chama 'norma'.
:(

jad said...

Elenáro
Já o escrevi por diversas vezes. Não é, portanto, novidade: o respeito é um dos esteios da dimensão ética do modo humano de ser. Respeitamo-nos a nós e a todos os que nos são iguais porque nos identificamos mutuamente. E é bom que assim seja. Contudo, a dimensão ética centra-se sobretudo no respeito pela diferença, justamente porquer é diferente e não desejamos que se nos torne igual. É a diferença entre a relação colonialista e a relação solidária. Estou na segunda, como é óbvio.
Abraço

Elenáro said...

A discriminação, seja ela de que tipo for e sobre quem for, é algo que me arrepia.

Arrepia-me porque me parece que as pessoas se esquecem que hoje discriminam mas amanhã podem ser os discriminados.

Arrepia-me porque, no extremo, temos povos inteiros a serem exterminados.

E arrepia-me, sobretudo, porque se fazem as maiores discriminações e atrocidades em nome de valores e crenças, religiosos ou não. Enquanto isso, pessoas são mortas.

E isto sim, arrepia-me e mete-me nojo.

Obrigado a ambos pelos comentários. :)