Fiz uma pesquisa hiper-rápida na blogo e sim, é ele. Alemão, figura de proa do Maio de 68, pertencente à esquerda radical defendeu práticas pedófilas, por escrito, nos muito idos anos 70. É deputado europeu pelos verdes e é um dos exemplares de político politiqueiro que eu abomino.
Não sei Anabela. O que sei é que, para além de ele ter falado algumas verdades que poucos ou nenhuns tiveram os tomates para o fazer.
Em todo o caso, se a Igreja Católica pode ter um chefe que escondeu ou ajudou a esconder as tramóias todas da pedofilia dos padres por esse mundo fora e mesmo assim o deixam continuar a dizer asneiras, então, mesmo que Cohn-Bendit fosse o maior pedófilo à face da terra, têm de o deixar dizer as verdades.
Quando decidirem processar os padres, bispos e tudo o mais da Igreja Católica que esteve envolvido com os escândalos de pedofilia, então que se atirem pedras a Daniel Cohn-Bendit.
Investiga este senhor. vais ver que não vais gostar nada do seu historial. É mais um instalado e com imunidade parlamentar, ai que bom! De resto ele teve razão para fazer este discurso e diz algumas verdades. Mas isso não apaga o restante. E este senhor também não apaga os crimes de pedofilia do clero. Ambos são abomináveis, quando cometidos. Todos têm de ser denunciados e não tolerados.
Não vamos começar com a pedofilia aqui, Anabela. É que se começamos temos de começar por Portugal e m*rd* de moralistas que por aí andam a pregar valores e pela calada andam a comer criancinhas.
E mais não digo que estou farto de falar de moralismos e pedofilia.
No dia em que certas e determinadas pessoas, casadas, com filhos, que pregam certas e determinadas coisas deixarem de aparecer em certos e determinados estabelecimentos de diversão nocturna para "engatarem" rapazinhos mais novos que os próprios filhos (se bem que não menores) eu volto a falar. Até lá ou até os membros da Igreja Católica envolvidos nos escândalos de pedofilia estarem atrás das grades pelos crimes que cometidos, por favor, falem-me de coisas sérias.
E desculpa lá, ao menos ouviste o que ele disse? Se sim, disse alguma mentira? É que se não disse, independentemente do que ele seja ou não, politiqueiro ou não, a verdade mantém-se, Anabela.
Estás a ver o que te dizia outro dia sobre o se atacar as pessoas nas profissões pelas coisas pessoais e não pelos actos profissionais? Dá nisto. As verdades incomodas são imediatamente abafadas pelo acessório.
Este senhor, Anabela, eu já o conheço desde o secundário. Verdade que não tenho andado a par do que ele faz ou deixa de fazer desde o Maio de 68, apenas umas coisas aqui e outras ali.
O certo é que ele disse algo que não tem nenhuma ponta para se desmentir. Quanto à pedofilia, até vou investigar o que se passou afinal, a bem da verdade.
Nada disso, contudo, desmente a verdade do que ele disse ali.
A bem da verdade aqui vai a transcrição da wikipedia.
"While Fischer was more concerned with demonstrations, Cohn-Bendit worked in the Karl-Marx-Buchhandlung bookshop and ran a kindergarten (of children between five and eight years' old). Later in 2001 he was accused of paedophilia. This accusation was grounded on the following citation from his 1975 book Le Grand Bazar,[1]: "On several occasions certain kids would open my fly and start to stroke me. I reacted differently according to circumstances, but their desire posed a problem for me. I asked them: 'Why don't you play together? Why have you chosen me, and not the other kids?' But if they insisted, I caressed them still.[2][3]"
On the 31 January 2001 in the Berlin newspaper [4] published open letter to Cohn-Bendit from the former German Foreign Minister, Klaus Kinkel, demanding Cohn-Bendit clarify whether there was actual physical contact with the children. The Berliner Zeitung published Cohn-Bendit's response. He said that he was "not aware of the problem" (“das Problem nicht bewusst”). "We tried," ..."a collective discourse of a new sexual morality yet to be defined"( “in einem kollektiven Diskurs eine neue Sexualmoral zu definieren”). The reported sex scenes, were a "me-oriented self-reflection" (“ich-bezogene Selbstreflexion”). Cohn-Bendit, did not say there was no sexual contact with children. When interviewed on the 28 January 2001 by The Observer[5] Cohn-Bendit told the journalist, “I admit that what I wrote is unacceptable nowadays”."
Como vês, não houve pedofilia nenhuma. Foi um livro que ele escreveu que gerou polémica. Em lado nenhum, me parece que ele defenda a pedofilia.
Mais ainda, o "choque" destas palavras é porque se julga o passado com o presente. Não me venham com tretas. Em Portugal, quantas raparigas são violadas pelos pais? Quantos menores se casam antes da idade legal? Quantos rapazes eram levados pelos pais às "meninas" aos 13, 14 anos para fazerem o seu "desabrochar"?
Isto aconteceu e acontece ainda em Portugal e andam-me aqui com o credo na boca por causa de um raio de um livro escrito em 1975 o qual era uma auto-reflexão?
Já agora proibir as partes da história e chamar a Cleópatra pedófila e incestuosa por ter andando com o irmão menor. E muitos casos na história haveria para contar, Anabela. Tu és professora de história. Sabes isso caramba!
Acho que no calor da discussão te esqueceste de ler o que eu escrevi. E eu escrevi isto "De resto ele teve razão para fazer este discurso e diz algumas verdades. Mas isso não apaga o restante. E este senhor também não apaga os crimes de pedofilia do clero. Ambos são abomináveis, quando cometidos. Todos têm de ser denunciados e não tolerados." Posto isto uma coisa não apaga outra e vice-versa. E vice-versa. Bj
Ah! E para mim não é acessório o facto deste senhor ter defendido práticas pedófilas... por escrito, vê lá tu! Não é mesmo acessório. Apesar deste discurso ser apropriado ao momento.
Sei isso. As práticas aceites ontem não o são hoje e por aí adiante. O que não apaga a este homem um passado nebuloso e controverso em matérias que eu abomino. Hoje. Com a minha mentalidade de hoje.
Não tinha lido o que disseste no comentário das 10:55, Anabela, de facto.
Em todo o caso, eu quando digo acessório, digo neste caso, porque se tratou de um livro. Foi tudo motivado por um livro. Penso que ele nunca terá dito que é a favor da pedofilia. Ênfase no "penso".
14 comments:
Não foi este senhor que esteve envolvido num escândalo de pedofilia em França? Estou a perguntar porque a história tem muitos anos... mas, bolas...
Fiz uma pesquisa hiper-rápida na blogo e sim, é ele. Alemão, figura de proa do Maio de 68, pertencente à esquerda radical defendeu práticas pedófilas, por escrito, nos muito idos anos 70. É deputado europeu pelos verdes e é um dos exemplares de político politiqueiro que eu abomino.
Não sei Anabela. O que sei é que, para além de ele ter falado algumas verdades que poucos ou nenhuns tiveram os tomates para o fazer.
Em todo o caso, se a Igreja Católica pode ter um chefe que escondeu ou ajudou a esconder as tramóias todas da pedofilia dos padres por esse mundo fora e mesmo assim o deixam continuar a dizer asneiras, então, mesmo que Cohn-Bendit fosse o maior pedófilo à face da terra, têm de o deixar dizer as verdades.
Quando decidirem processar os padres, bispos e tudo o mais da Igreja Católica que esteve envolvido com os escândalos de pedofilia, então que se atirem pedras a Daniel Cohn-Bendit.
Investiga este senhor. vais ver que não vais gostar nada do seu historial. É mais um instalado e com imunidade parlamentar, ai que bom!
De resto ele teve razão para fazer este discurso e diz algumas verdades. Mas isso não apaga o restante. E este senhor também não apaga os crimes de pedofilia do clero. Ambos são abomináveis, quando cometidos. Todos têm de ser denunciados e não tolerados.
Não vamos começar com a pedofilia aqui, Anabela. É que se começamos temos de começar por Portugal e m*rd* de moralistas que por aí andam a pregar valores e pela calada andam a comer criancinhas.
E mais não digo que estou farto de falar de moralismos e pedofilia.
No dia em que certas e determinadas pessoas, casadas, com filhos, que pregam certas e determinadas coisas deixarem de aparecer em certos e determinados estabelecimentos de diversão nocturna para "engatarem" rapazinhos mais novos que os próprios filhos (se bem que não menores) eu volto a falar. Até lá ou até os membros da Igreja Católica envolvidos nos escândalos de pedofilia estarem atrás das grades pelos crimes que cometidos, por favor, falem-me de coisas sérias.
E desculpa lá, ao menos ouviste o que ele disse? Se sim, disse alguma mentira? É que se não disse, independentemente do que ele seja ou não, politiqueiro ou não, a verdade mantém-se, Anabela.
Estás a ver o que te dizia outro dia sobre o se atacar as pessoas nas profissões pelas coisas pessoais e não pelos actos profissionais? Dá nisto. As verdades incomodas são imediatamente abafadas pelo acessório.
Bj.
Este senhor, Anabela, eu já o conheço desde o secundário. Verdade que não tenho andado a par do que ele faz ou deixa de fazer desde o Maio de 68, apenas umas coisas aqui e outras ali.
O certo é que ele disse algo que não tem nenhuma ponta para se desmentir. Quanto à pedofilia, até vou investigar o que se passou afinal, a bem da verdade.
Nada disso, contudo, desmente a verdade do que ele disse ali.
Desculpa lá o comentário mais acalorado, Anabela.
A bem da verdade aqui vai a transcrição da wikipedia.
"While Fischer was more concerned with demonstrations, Cohn-Bendit worked in the Karl-Marx-Buchhandlung bookshop and ran a kindergarten (of children between five and eight years' old). Later in 2001 he was accused of paedophilia. This accusation was grounded on the following citation from his 1975 book Le Grand Bazar,[1]: "On several occasions certain kids would open my fly and start to stroke me. I reacted differently according to circumstances, but their desire posed a problem for me. I asked them: 'Why don't you play together? Why have you chosen me, and not the other kids?' But if they insisted, I caressed them still.[2][3]"
On the 31 January 2001 in the Berlin newspaper [4] published open letter to Cohn-Bendit from the former German Foreign Minister, Klaus Kinkel, demanding Cohn-Bendit clarify whether there was actual physical contact with the children. The Berliner Zeitung published Cohn-Bendit's response. He said that he was "not aware of the problem" (“das Problem nicht bewusst”). "We tried," ..."a collective discourse of a new sexual morality yet to be defined"( “in einem kollektiven Diskurs eine neue Sexualmoral zu definieren”). The reported sex scenes, were a "me-oriented self-reflection" (“ich-bezogene Selbstreflexion”). Cohn-Bendit, did not say there was no sexual contact with children. When interviewed on the 28 January 2001 by The Observer[5] Cohn-Bendit told the journalist, “I admit that what I wrote is unacceptable nowadays”."
Como vês, não houve pedofilia nenhuma. Foi um livro que ele escreveu que gerou polémica. Em lado nenhum, me parece que ele defenda a pedofilia.
Mais ainda, o "choque" destas palavras é porque se julga o passado com o presente. Não me venham com tretas. Em Portugal, quantas raparigas são violadas pelos pais? Quantos menores se casam antes da idade legal? Quantos rapazes eram levados pelos pais às "meninas" aos 13, 14 anos para fazerem o seu "desabrochar"?
Isto aconteceu e acontece ainda em Portugal e andam-me aqui com o credo na boca por causa de um raio de um livro escrito em 1975 o qual era uma auto-reflexão?
Já agora proibir as partes da história e chamar a Cleópatra pedófila e incestuosa por ter andando com o irmão menor. E muitos casos na história haveria para contar, Anabela. Tu és professora de história. Sabes isso caramba!
A bem da verdade, o que se passou com Daniel Cohn-Bendit não foi pedofilia nenhuma. Foi tudo por causa de um livro que ele escreveu em 1975.
Acho que no calor da discussão te esqueceste de ler o que eu escrevi. E eu escrevi isto "De resto ele teve razão para fazer este discurso e diz algumas verdades. Mas isso não apaga o restante. E este senhor também não apaga os crimes de pedofilia do clero. Ambos são abomináveis, quando cometidos. Todos têm de ser denunciados e não tolerados."
Posto isto uma coisa não apaga outra e vice-versa. E vice-versa.
Bj
Ah! E para mim não é acessório o facto deste senhor ter defendido práticas pedófilas... por escrito, vê lá tu! Não é mesmo acessório. Apesar deste discurso ser apropriado ao momento.
Sei isso. As práticas aceites ontem não o são hoje e por aí adiante. O que não apaga a este homem um passado nebuloso e controverso em matérias que eu abomino. Hoje. Com a minha mentalidade de hoje.
Não tinha lido o que disseste no comentário das 10:55, Anabela, de facto.
Em todo o caso, eu quando digo acessório, digo neste caso, porque se tratou de um livro. Foi tudo motivado por um livro. Penso que ele nunca terá dito que é a favor da pedofilia. Ênfase no "penso".
Cheguei tarde.
Caso esclarecido. Ambos têm razão. A sua razão,claro.
Boa noite!
Post a Comment