RSI e Rendimento mínimo no Educação SA


Antes de mais, o link para o post pode ser encontrado aqui: Educação SA

Agora o meu comentário.

Corrijam-me se tiver errado, mas não foi o governo do PSD/CSD-PP que criou o RSI substituindo o antigo RMI? A lei é deles. Os políticos que o (RSI) fizeram foram eles. Critica a eles próprios? Memória curta? Demagogia?

No entanto, concordo com o facto do post fazer referência às injustiças que o RSI cria. Pena é ter sido feito com base em populismo à la Paulo Portas como de resto ele nos tem vindo a habituar.

10 comments:

Reitor said...

Porque quem pergunta quer saber, eu respondo-lhe: NÃO. O RSI NÃO foi criado pelo governo do PSD/CDS-PP.
Mesmo que fosse, e não foi, note que é uma lei muito melhor e menos permissiva que o RMG, que veio substituir.
Mas, o cerne da questão não é esse. Percebo bem para onde quer ir...
A questão não está no criador (irrelevante), nem na criatura (uma boa ideia, como disse). A questão está no Governo medíocre e nas instituições públicas, partidarizadas, inoperantes, incompetentes...
Não sei porquê, mas fico com a impressão de que compreendeu bem antes mesmo de lhe ter dado esta explicação. Não é verdade?
Obrigado pela referência

Elenáro said...

Sim mas a questão é que o senhor Paulo Portas pelos vistos não está contente com o seu próprio trabalho e tenta atirar as culpas para outro lado numa tentativa baixa e demagógica. Algo que o seu post me pareceu dar conivência. Se me enganei, fica já aqui o reparo.

Mas concordo inteiramente consigo quando diz "A questão está no Governo medíocre e nas instituições públicas, partidarizadas, inoperantes, incompetentes..." acrescentando apenas uma coisa. Eu passava o "no Governo medíocre" para "os Governos medíocres". Afinal todos vão na mesma lengalenga. Ora mas para lá ou mais para cá, a história é sempre a mesma.

E sim o post estava escrito com um tom tendencialmente irónico.

Não tem de quê pela referência.

Martins said...

Caro Elenáro,

O RMG foi implementado por um governo PS, depois o Bagão Felix mudou o nome e passou a ser obrigatório um plano de inserção que justificasse a prestação.
O problema era que a Segurança Social não tinha e não lhe foram dados os meios humanos para por em marcha o estipulado.
Quando este Governo chegou, e como não podia contratar mais gente, fez protocolos com IPSS´s para se desenvolver esse acompanhamento.
Na qualidade de Presidente de uma dessas IPSS´s assinei dois protocolos de colaboração, os quais, no seus primeiros 60 dias apenas trataram de verificar condições básicas (os planos de insersão eram meras miragens)das prestações, tendo sido cancelados dezenas delas.
Continuo a pensar que é uma boa medida desde que bem monitorizada, até porque aqueles que realmente precisam e merecem esse apoio ainda não podem por na mesa dos filhos para estes comerem, a demagogia barata do SR. REITOR.

Boa noite Elenáro

Elenáro said...

Não era sobre isso que eu estava a falar de demagogia Martins. Era sobre a associação dos males do RSI e este governo pelo Paulo Portas e, segundo me parece, subscritos pelo Reitor.

Elenáro said...

Para ser mais especifico: O Reitor pareceu-me que acha, como Paulo Portas, que o governo actual é a fonte de todos os males. No entanto, ele por lá passou, mudou-lhe o nome como disseste e incluiu a monitorização... mas que mais fez? Legislou mas para a passar à prática o resto fez pouco ou nada.

O meu ponto é: acusar o RSI de ser o que é por não lhe serem dadas condições para ser eficaz subscrevo. Culpar governo do partido A, B ou C por isso é uma treta. Passaram por lá todos e ficou, na prática, tudo na mesma.

E era esta demagogia a que eu me referia.

Martins said...

Além de demagogo, é mal informado este reitor (espero que não de uma escola)
Lei nº 13/2003 de 21 de Maio de 2003

DR 117 - SÉRIE I-A
Emitido Por Assembleia da República
Revoga o rendimento mínimo garantido previsto na Lei n.º 19-A/96, de 29 de Junho, e cria o rendimento social de inserção.
Aprovada em 10 de Abril de 2003.
O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral.
Promulgada em 9 de Maio de 2003.
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendada em 12 de Maio de 2003.
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.

Martins said...

Em que é que te baseias para afirmares que as desigualdades aumentaram?

Só se for em relação às classes média e alta.

Quanto à desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos, essa por muito que custe a muitos diminuiu.

Agora, podemos é discutir qual a classe que mais contribuiu para isso e aì as coisas deveriam ser feitas de outra forma

Elenáro said...

Martins vou responder ao teu comentário no outro post que me parece que foi de lá que surgiu a dúvida.

Reitor said...

Martins. Obrigado pela citação de parte da Lei nº 13/2003 de 21 de Maio de 2003.
Não é todos os dias que se fica a conhecer um comentador de blogue que também é "Presidente de uma IPSS". Muito prazer.

Já agora, há-de perguntar a um dos seus subordinados administrativos se era possível ao governo do Durão Barroso, de que fez parte o Bagão Félix, ou qualquer outro Governo, ter aprovado ou publicado a lei 13/2003, ou qualquer outra.

Olhe que não fica bem a um Presidente qualificar pessoas que não conhece.
sempre a considerar.

Martins said...

Sr. Reitor,

Entrei na Instituição em 1999 e saí em 2007 após ter cumprido os dois mandatos que o estatuto das IPSS´s determina, sempre de forma voluntária e sem nenhum tipo de remuneração (nem ajudas de custo)

Portanto quando diz que sou presidente isso é "Jumping Conclusion"

Quanto à lei em causa é só consultar o diário da república.

Enquanto fui presidente da Instituiçaõ convivi com a miséria tão de perto que me outorga a necessária autoridade moral para classificar o seu pensamento plasmado no comentário como demagogia e pior que isso, uma preocupante ausência de solidariedade para com os nossos semelhantes.