O país sem solução

 
Portugal é um país sem solução. É um país que, nas próximas décadas, estará perdido. Não há salvação que valha a estes cerca de 92 mil quilómetros quadrados.

Repare-se que os políticos, que também são portugueses, educados pelos mesmos professores e nas mesmas escolas, com a mesma história, com a mesma língua (talvez com o acordo ortográfico isso mude), não podem fazer melhor que os outros portugueses. As famílias, os empresários, ricos e pobres, todos se endividaram como se estivéssemos a viver à custa de ouro vindo do Brasil ou das especiarias da Índia. 

As famílias não sabem gerir os seus orçamentos e espetam dinheiro naquilo que não precisam mas que fica bem mostrar ao vizinho. Os empresários esperam todos ter o máximo de lucro, o mais cedo possível e pagando o menos possível, de preferência até terem alguém a trabalhar de graça. Investem nas coisas mais fúteis do ponto de vista económico e são incapazes de pensarem a nível global. Vêem apenas a sua aldeia, cidade quando muito. Poucos são aqueles que investem cá para vender lá fora e os que fazem, fazem-no muitas vezes porque há subsídios daqui e dali.

Em Portugal, não são poucos os casos das famílias que compram telemóveis, home cinemas, computadores portáteis, etc... em detrimento do que lhes é essencial: comida, bebida, água e luz. Os empresários pegam no dinheiro das empresas e espetam-no a comprarem vivendas e carros para eles.

Com esta atitude verdadeiramente nacional pode alguém achar que os políticos que são fruto desta maneira de estar na vida fazer diferente? É óbvio que não. Assim sendo, em vez de se culparem os políticos por serem como são, devem antes os portugueses alterar os seus hábitos de vida. Talvez assim ainda haja solução para este patético país.

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