CDS quer rendimento mínimo mais fiscalizado - Portugal - DN



CDS quer rendimento mínimo mais fiscalizado - Portugal - DN

Já há muito tempo que não podia dizer que concordo com Paulo Portas. Neste caso, concordo plenamente.

O dinheiro tem de ser para quem precisa e não para quem faz daquilo estilo de vida. Infelizmente, da última vez que lá estiveram, na prática, ficou tudo na mesma... A ver vamos o que se vai seguir e se isto é apenas conversa ou se vai chegar a bom porto.

6 comments:

Em@ said...

pois nisto também estou de acordo com ele, para variar.resta é saber se não é demagogiiiiiiiiia.
deixo-te um beijo e enviei-te um méle.

Martins said...

Pois, o problema é mesmo a demagogia.

Existe sempre uma franja dos subsídios (TODOS ELES) que são desbaratados. Quanto a isso penso não existir dúvidas.

Em 2006 e para apertar o cerco em relação ao RSI a Segurança Social, que não tinha meios humanos (e a contratação na função pública estava muito condicionada) para melhorar o nivel de fiscalização contratou com as IPSS uma parte significativa dessa função.

Eu que à altura era presidente de uma delas lá assinei dois protocolos e pussemos duas equipas num total de 10 pessoas a trabalhar nisso e em boa verdade logo no inicio foram rectificados bastantes abusos acumulados pelo defice de inspecção entretanto acumulado.

Penso que agora, essa prestação é das mais monitorizadas.

A questão que coloco para não me alongar muito mais (muito mais poderia testemunha a começar por alguns entrves corporativos a essa fiscalização com intuitos político partidários sempre presentes) é esta?

E então as outras prestações que não de indole social distribuidas a grandes empresários, agricultores (para não dizer latifundiàrios)e outros que tal.
Além de serem menos e pior escrutinadas, o que acontece aos prevaricadores????

Provavelmente a sua pena poderia ser... sei lá, banidos das capas de revistas cor de rosa????.

Esta porcaria de se intuir que se é pobre é logo grande malandro só serve para que os ricos continuem como estão.

Elenáro said...

Não é só com pobres, Martins. É um facto que os ricos também recebem subsídios aos quais não teriam direito. Não é só na agricultura e no RSI.

As bolsas das faculdades também são mal distribuídas... Sei de um caso de uma aluna que ia de carro topo de gama para a faculdade e lá ainda se queixava nos corredores que a bolsa que recebia não lhe dava para a gasolina.

É facto sabido que em Portugal se esbanja dinheiro e se dá subsídios a quem não devia ter direito a eles.

Para evitar isso é preciso fiscalização logo é preciso começar por algum lado. Porque não pelo RSI?

Martins said...

"é preciso começar por algum lado. Porque não pelo RSI?"

Mas esses já são no presente porventura os mais fiscalizados!!!!!

Como os montantes, comparados com outros, são menores e é mais fácil escamotear a proveniência de um Mercedes topo de gama que meia dúzias de meias de leite na confeitaria da esquina fica a ideia que o problema maior é no RSI.

Olha, mal por mal e pensando na nossa balança comercial é preferível os abusos do RSI que ficam cá em Portugal do que os dos outros que bem estribados em advogados criativos lá vão gastando a massa em muitos e bons produtos importados.....

Elenáro said...

Não sei se será assim tão pouco dinheiro a circular no RSI... Mas é um facto que há outros maiores.

E, mesmo que sejam os mais fiscalizados, continuam a ser mal atribuídos. Algo não está bem... Sei de vários casos que deviam ter RSI e não têm e outros que têm e não deviam ter. Por isso, se há fiscalização, claramente que não está a funcionar, Martins.

Martins said...

Agora que estamos perto do 25 de Abril fico com urticária em relação a pensamentos que mais me lembram o Estado Novo.

É que 1930 é bem perto do 1926

‘Durante três séculos, as ‘workhouses’ foram o instrumento central da resposta à pobreza no Reino Unido. Com origem nas ‘poor laws' de 1601, eram instituições em que os pobres trocavam protecção por trabalho, simbolizando o apogeu da protecção social como controlo social e higiénico dos pobres. O regime das ‘workhouses' era conhecido pelo seu carácter punitivo, que tinha como objectivo desencorajar que os residentes as vissem como alternativa ao trabalho. Em 1930, o Governo britânico aboliu as ‘worhouses'. A decisão é usualmente vista como um marco na generalização dos direitos sociais de cidadania no mundo ocidental. Em Portugal, em 2010, o novo líder do maior partido da oposição escolheu como aspecto central da sua plataforma política o "tributo solidário", uma medida que, a ser levada a sério, reenvia-nos para o universo simbólico das ‘workhouses'. - Pedro Adão e Silva