Nem de propósito.

Uma década perdida para a economia da Região Norte - JN

A notícia que acima indico, vem mesmo a calhar. Ontem, Domingo, fui ver o documentário português "Pare, Escute, Olhe" o qual retrata o abandono para o qual foi atirada a linha do Tua. Recomendo a todos que o vejam pois trata-se de um excelente retrato dos jogos de poder e trafulhices dos nossos governantes pós 25 de Abril. Uma fiel imagem da realidade dos factos onde tristemente nos apercebemos que das mentiras que se contam às pessoas. Infelizmente, também é visível a curta memória das pessoas bem e a ignorância em que se encontram.

Como disse, o documentário está excelente. Sendo o que sendo, até me custa crer que tenha conseguido financiamento. Mas, por ser o que é, verdade nua e crua, também percebo porque ninguém fala dele.

Numa tentativa de dar a volta a isto, deixo o link para o sitio oficial onde podem encontrar informação do documentário, um blogue e um abaixo-assinado. Podem aceder clicando aqui.

Fica também aqui o trailer.


Ainda virei falar mais sobre isto, provavelmente.

A notícia que se encontra em cima, mostra também a realidade para a qual foi atirada a região mais industrializada do país e a que mais exportava. As famosas políticas de Cavaco Silva e José Sócrates (e não só) levaram a que se tenha esquecido 1/3 do território. Tirando Madeira e Algarve que cresceram (completamente desorganizadas) devido ao turismo, e a região de Lisboa devido ao roubo do restante país, incrível é como foi só o Norte a andar para trás. 

6 comments:

Anabela Magalhães said...

Eu já lhe dei espaço, no meu blogue, por diversas vezes, mesmo se não o vi na íntegra.
O que mais me chocou? O desprezo de quem detém o poder face a uma população interior, pobre, inculta, impreparada, desprotegida.
Nojento, Elenáro.
A queda no nosso Norte insere-se dentro destas políticas medíocres, feitas por políticos medíocres.

Em@ said...

Elenáro:
ainda não vi o documentário. mas li uma crítica em jornais e não podia ser mais positiva /foi nomeado para um prémio qualquer , não foi?). conheci bem a linha do Tua. dei aulas em Trás-os-Montes e muitas e muitas veze a utilizei, para conhecer a zona durante os fins-de-semana e era uma festa.

quanto ao resto , governantes e trafulhices, mais mentiras e o descalabro, estavas à espera de outra coisa? porca miséria. e que cambada!!!!eu só fico parva é como vejo pessoa,s que penso que sejam, minimamente,inteligentes a defenderem este estado de coisas e afins.

beijinho

mario carvalho said...

Caros amigos

é muito importante a participação de todos na defesa de valores que são de todos


Que cada um se responsabilize por , in su sitio, mobilizar as pessoas para irem ver o filme PARE ESCUTE E OLHE e promoverem o debate...

ESTA É A ULTIMA OPORTUNIDADE DE A SOCIEDADE CIVIL ... demonstrar que existe, que está interessada e que merece ser OUVIDA...

senão .... meus amigos... desistam e permitam que nos transformem em HAMBURGUERS


abraço

mario sales de carvalho



Ps Antes ser devorado pelos vermes naturais ... do que ser Mexido, Remexido e transformado em hamburguer.

para que qualquer um possa " mastigar "... à vontade

www.linhadotua.net

Valdeir Almeida said...

Elenário,

Desculpe-me por não comentar este post. Minha vinda aqui, desta vez, é agradecer-lhe pela mensagem que você deixou em meu blog para comemorar os 2 anos do Ponderantes. Muito obrigado, muito obrigado mesmo.

Abraços.

Vitor M.C.Neves said...

A linha do Tua é uma treta.
Ninguém a usa, excepto meia dúzia de
aposentados para matarem saudades da
foz do Tua e do Douro. Cada bilhete
custava centenas de euros pelo abandono
a que chegou. Vamos ser honestos e inteligentes, as barragens servem os seus "donos" pela rentabilidade que podem dar, servem os utilizadores de AC (sem consumos não são rentáveis) e propiciam algum desafogo a quem cedeu os terrenos (já de si abandonados ou sem valor agrícola). As gentes e o meio ambiente só têm perdido com os falsos defensores da ecologia; por eles não havia centrais, nem barragens, nem estradas, nem nada. Venham eles pra Bragança amanhar a terra sem máquinas, sem luz e sem demagogias como se fazia á 100 anos.

Elenáro said...

Claramente não conhece a realidade do Tua e da respectiva região. Se conhecesse, não teria dito a barbaridade que acabou de dizer.

Em todo o caso, agradeço o comentário.

Cumprimentos.