Dúvidas existênciais...



Expliquem-me uma coisa como se eu fosse muito burro mesmo... Caso contrário corro o risco de não perceber mesmo.

Portugal enfrenta um dos mais violentos ataques à sua integridade enquanto país soberano por entidades de aquém e além mar que insistem em fazer do nosso país um meio para terem mais uns milhões no final do ano. Isto porque, conforme tenho lido, Portugal, com um crescimento de 1% do PIB, por muito irrisório que este seja, supera TODOS os países da UE, EUA e Canada até agora; o nosso nível de endividamento está ao mesmo nível do da França e Alemanha e melhor que Itália. O nosso deficit é menor que Espanha, Grécia, Irlanda e, maravilhem-se, Reino Unido. No entanto, nós somos o alvo. enquanto outros vão passando ao lado sem sequer serem falados. Note-se para a situação no Reino Unido e o drama que lá se vive e veja-se bem quem, se calhar, terá mais probabilidades de ir ao fundo.

Para além destes ataques externos e devido a eles, o nosso governo opta por ir buscar receita a quem já está completamente sugadinho até ao tutano. Opta por implementar medidas que só prejudicarão o país e os seus habitantes no longo prazo. Opta por "atacar" o deficit pondo o fardo nos ombros de quem nada fez para que se chegasse ao ponto que se chegou.

Inversamente, recusa-se, o governo, a cortar nos seus próprios gastos exorbitantes e perfeitamente supérfluos. Opta por obras, as quais necessitam de consenso transfronteiriço, o qual neste momento é, no mínimo, duvidoso.

A juntar a isto ainda temos toda a panóplia de problemas antigos que ainda estão por resolver. O caos da educação e justiça, o eterno problema do (des)funcionalismo público, os problemas orçamentais relativos ao SNS e fundos para as reformas, os impostos que eram temporários e continuam, a falta de dinamismo económico do país... e podia continuar.

Posto isto, e vem então agora a pergunta, perante este panorama caótico, porque insistem aqueles que dizem que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é (era) prioritário em falar nele? Porque se insiste em falar de algo que já está resolvido partindo para o insulto ao desbarato?

Se querem falar de coisas acessórias, porque não falam antes dos casos de pedofilia na Igreja com os mesmos valores que exigem que se cumpram quando se fala de homossexualidade? Ou ainda, dos problemas que leva aos constantes divórcios? Se estão verdadeiramente preocupados com os problemas "morais" e usam as questões religiosas para defenderem os seus próprios preconceitos, então porque não iniciam, também uma luta contra o divórcio? Afinal, tal coisa também é contra os preceitos da Santa Igreja de Roma.

Mas a questão essencial é mesmo, porque raio, depois de estar já aprovado o casamento se continua a massacrar tudo e todos com esta questão quando há coisas mais importantes e que dizem respeito a toda a sociedade independentemente de quem levam para a sua cama? Será que ficaram todos cegos ou será apenas mais o eterno problema da inveja típica Portuguesa?


Antes de terminar, partilho um momento linguístico com os meus leitores. A tradução correcta para gay é alegre e não maricas como alguém disse que era. Afim de descrever um homem homossexual, gay, será igual em português visto que não temos palavra semelhante. Em todo o caso, gay em inglês refere-se não só a homens homossexuais mas também a mulheres homossexuais. Por isso, nunca seria maricas.

Maricas em inglês será fag ou faggot se se quiser fazer referência à orientação sexual do homem em questão. Já agora, fag também quer dizer cigarro ou então estar cansado depois dum trabalho. Caso maricas seja no sentido de fraqueza/falta de coragem, a tradução correcta será sissy ou pussy. Ah, lobby tem dois "b".

2 comments:

Anonymous said...

porque a culpa da crise é o casamento dos maricas

isto é simples, voltando atrás no tempo e voltando novamente ao presente:
quem começou a destruição da economia e o esbanjamento do erário público está hoje e constantemente a debater um assunto que já foi resolvido e não interferiu em nada no país, o casamento entre homossexuais

conclusão, enquanto contestam o matrimónio civil gay desviam a atenção da merda que fizeram

é tão simples quanto isto
conc

Elenáro said...

Concordo que toda esta história e insistência é, como o foram outros casos, uma boa maneira de entreter os incautos e ignorantes.