Angela Merkel exige menos férias e aumento da idade para reforma na Grécia, Espanha e Portugal - JN
Leia-se com mais atenção o que esta senhora diz: "Não se trata só de não contrair dívidas, em países como a Grécia, Espanha e Portugal, as pessoas não devem poder ir para a reforma mais cedo do que na Alemanha".
Agora pergunto se a senhora sabe quantos dias de férias tem um Português e, se sabe, então que me responda se a diferença é assim tão abismal que justifique semelhante afirmações ou se, pelo contrário, é apenas uma questão eleitoralista/populista ou ainda, e apenas, uma questão de dor de cotovelo... Já agora, convinha explicar o mesmo para a idade da reforma. Será que Angela Merkel se esqueceu que a idade da reforma é aos 65 anos? Curiosamente é a mesma que em Portugal. Só em 2029, ou seja daqui a 18 anos, é que a idade chegará aos 67 anos... São aqueles dois anos de diferença que farão toda a diferença para os problemas económicos.
Interessante verificar é também a primeira parte da frase da Chanceler, a parte das dívidas. Então a senhora diz que não é só contrair dívidas e a solução que propôs para Portugal e Grécia foi a de, espante-se, contrair empréstimos (dívidas portanto) abismais? E já agora, quem foram os principais financiadores deste vil vicio dos países do "sul"? Não terão sido os bancos alemães? Não terá sido por isso que Merkel, a muito custo e encurralada, teve que vir em "auxilio" da Grécia?
Conclusão, que Angela Merkel não é muito inteligente, isso já se sabia. Até os diplomatas americanos dizem o mesmo segundo os cables publicados na wikileaks. Que a Europa tinha sido tomada de assalto por um bando de neoliberais demagogos, incompetentes e ao serviço de uns outros, chamemos-lhes, interesses, também não é novidade nenhuma. Agora, com estas afirmações, fica-se também a saber que Merkel é mentirosa e que não sabe o que diz, nem mesmo o que anda por lá a fazer, preocupando-se apenas em ser "bem-vista" na sua querida pátria que ela não ajudou a construir mas que está a ajudar a destruir.
Infelizmente, Merkel é o claro exemplo destes "ex-comunistas" "transformados" em neoliberais, os quais têm levado a Europa à miséria mais do que qualquer neoliberal convicto conseguiu fazer nos EUA.
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