Há 3 anos atrás...

Há três anos atrás resolvi, num momento de perfeita insanidade mental, criar um blogue. Nascia assim o "Desvarios de um Louco". Inicialmente, este blogue, seria para algo mais leve, menos crítico e, talvez, um pouco mais pessoal. Contudo, logo no segundo post que fiz (o primeiro a sério) não resisti logo a falar sobre algo que fazia "furor" na altura: o segundo referendo ao aborto.

Entretanto, isto foi andando e entrou mais na parte pessoal. Como era minha intenção que isto fosse um espaço aberto a todos e não apenas o meu "reino", abri o blogue a todos que nela quiseram entrar. Isto porque sabia que muitos não quereriam ter/manter um blogue ou então prefeririam o anonimato. Alguns aceitaram o desafio e algumas coisas foram sendo publicadas.

Contudo, depressa veio a falta de tempo para o blogue e este caiu no abandono. Tudo para ser recuperado e voltar com cara lavada uns tempos depois. Com o tempo o blogue evoluiu e hoje cá está como está. Bem ou mal, isso deixo a quem tem acompanhado o blogue e a quem virá acompanhar ainda.

Gostava de mostrar a evolução do blogue em termos gráficos convosco mas, infelizmente, o blogue é bem mais velho que o meu computador actual. Nestes três anos o blogue provou ser mais resistente que discos duros e computadores em geral.

No entanto, nostálgico que sou vou linkar alguns post mais antigos, posts duma época mais tranquila da minha vida onde ainda me podia dar ao luxo de não andar num corrupio constante, seja ele físico ou intelectual. Será que como uma viagem no tempo sobre a história do blogue.

Começo por linkar um post sobre memórias, passado, presente e futuro. Um post que me parece ser extremamente apropriado para a data.

Um post louco feito num momento ainda mais louco.


Uma perfeita loucura humorística.


Perspectivas

Mais comédia:


Recordações?!


Citações


Para rir mais um pouco


Curiosidades


Para variar, uma crítica


Inspiração - citações


O post seguinte foi o mais famoso deste blogue para os leitores portugueses em termos de pesquisas em motores de busca. Importa lembrar que estamos a falar do mesmo país que tem medo do casamento homossexual como atentado aos valores da nação... depois disto pergunta-se: que valores? Ah, se calhar eram todos homossexuais a procurarem por "Raparigas 16 anos nuas"...


Introspecção

Normose - Enviado por Miguel Loureiro

Fico por aqui pois daqui para a frente é tudo mais recente.

Os meus agradecimentos, sem nenhuma ordem especifica, a colaboradores, leitores e comentadores.

Se em Portugal os politicos falassem assim...

Independentemente das opiniões de cada um sobre a política americana uma coisa há que ter em conta. Quando fazem asneira (e se sabe, obviamente) não há cá que fugir com o rabo à seringa. Se em Portugal houvesse políticos como John McCain que, sem papas na língua, disse que os Republicanos, durante a administração Bush, deixaram o orçamento ficar fora de controlo. 

Olha que bonito seria ouvir Manuela Ferreira Leite dizer que "enquanto fui ministra das finanças de Durão Barroso, fui incapaz de por as contas em ordem" ou de ouvir Sócrates e algum dos seus ministros das finanças dizerem o mesmo... Mas não, em Portugal o que se ouve dizer é: nós não fizemos nada de mal; a culpa é da crise (e se não for da crise, desta ou doutra qualquer, há-de ser de alguém que não eles). Enquanto não houver uma mea culpa dos políticos e clara, sem papas na língua, sobre a maneira como nos governam desde o 25 de Abril de 1974 não haverão mudanças. Tudo ficará na mesma independentemente de quem esteja agora no poleiro. 

Também seria importante os Portugueses fazerem mais pelo país e a governação do mesmo do que fazem. Falam e, sobretudo, queixam-se que nem uns perdidos mas depois o futebol é sempre mais importante do que se faz com os dinheiros públicos, etc, etc... E não me refiro a patéticos referendos onde só fanáticos votam, ficando apenas a saber quem consegue por mais extremistas a votar. Refiro a uma participação cívica diária. Chamar os deputados para se explicarem a quem neles votou, ir às reuniões das Câmaras Municipais e ver o que lá se anda a fazer e decidir, participar em movimentos cívicos. Para quando uma sociedade que se queixe menos e faça mais? 

Só assim se poderá fazer mudar os destinos do país. Enquanto não se fizer, não adianta dizer que são os outros que nos governam que andam a fazer asneiras. Se o patrão não exige dos empregados e lhes paga o salário na mesma quer eles trabalhem quer não trabalhem acham que algum empregado se vai preocupar com o que faz? Deixemos os romantismos de lado e encaremos a realidade.

Fica então a entrevista para quem a quiser ouvir.


Gripe A: Ministra diz que pandemia foi real - JN



Gripe A: Ministra diz que pandemia foi real - JN

Foi! Foi uma real farsa. Segundo a ministra morreram 80 pessoas de gripe A. É a tragédia! Mas se isto é tragédia e uma pandemia, então explique-me a ministra, por favor, o que chama às milhares de pessoas que morrem de pneumonia, tuberculose, cancros... Certamente que morrem mais que 80. Seria interessante que a ministra respondesse a isto.

E também seria interessante que as farmacêuticas explicassem porque é que apareceu uma vacina quase antes da própria doença quando não se investe em antibióticos mesmo sabendo que estes estão cada vez mais ineficazes... 

Eu gostava mesmo era de saber se as pessoas que dizem estas pérolas acreditam mesmo naquilo que dizem. Isso é que eu gostava de saber. Na volta o problema é mesmo esse. Acreditarem naquilo que dizem.

Interessante ler também:

Igreja "nunca aceitará" casamento gay - JN

Igreja "nunca aceitará" casamento gay - JN

Como disse O Jumento: "Compreendo, sempre é mais fácil aceitar padres pedófilos."  Ao que eu ainda acrescento, aceitá-los, perdoá-los e deixá-los continuarem a exercer o sacerdócio, encobrindo sempre que possível semelhantes ocorrências do público. Aconteceu nos EUA e aconteceu, pelos vistos, na Irlanda também.

É claro que a origem de todo os males da sociedade virá da homossexualidade. É claro que o principio do fim do casamento será os homossexuais poderem casar-se. É óbvia esta ligação. Óbvia é também o facto de que os maiores abusadores de crianças, os pedófilos, são heterossexuais e, ainda mais, são na sua maioria familiares. Mas o mal está nos homossexuais...

Só cegos é que podem recusar encarar a realidade e continuar a bater na mesma tecla. A Igreja também dizia o mesmo do casamento entre raças... Hoje é uma realidade e a Igreja até os faz. O mundo ainda não acabou por causa disso.

Linha de metro vai atravessar Parque da Cidade à superfície - JN

Linha de metro vai atravessar Parque da Cidade à superfície - JN

Eu por mim acabava era de vez com o Parque da Cidade. Afinal tanta árvore e relva ali só estorva. Construía prédios, arranha-céus mesmo. Ficava logo tudo resolvido.

Ironias à parte, esta gente anda toda louca mas é. É o metro a atravessar o Parque da Cidade agora, dantes eram os prédios... Dantes falava-se em expandir o Parque da Cidade, agora fala-se em comprimir o Parque. Já construíram um mamarracho todo de vidro ao qual nunca ninguém soube o que fazer durante anos... Agora querem por o metro a passar no parque. Ora bem, este metro anda é a virar muito eléctrico. E depois, então se não queriam por o metro a passar no viaduto o qual foi feito a pensar nele (no metro) para que raio gastaram tanto dinheiro a construir aquilo?

Ainda me pergunto se este metro à superfície é para enterrar daqui a uns anos? É que na Rua Brito Capelo vai acontecer isso. Foram precisos 10 anos de metro ali a passar e milhões gastos para fazer aquilo que era óbvio a qualquer um com dois palmos de testa logo desde o início.

Mas como é óbvio, estamos em Portugal, país onde as coisas são todas mal feitas só para terem de ser refeitas anos mais tarde. Pois claro, as construtoras civis precisam de dinheiro e como não trabalham para competir no estrangeiro como forma a compensar o abrandamento económico há que estender a mão ao Estado o qual está sempre pronto a ajudar, esbanjando dinheiros públicos.

O Metro do Porto já é caro por ele próprio. Já sofreu derrapagens que assustam qualquer mortal. Com preços mais altos que os de Lisboa, composições que mais parecem transporte de sardinhas em lata nas horas de ponta e, maravilha das maravilhas, ainda consegue dar prejuízo.

Obras assim não! É orgia com dinheiros públicos como disse um comentador brasileiro (Luiz Carlos Prates)... Eu não nego a utilidade do projecto mas com autarcas como os que temos, administradores de empresas públicas que alguns nem Deus sabe como foram lá parar a que resultado chegamos? Aos roubos, perdão, rombos nas contas públicas...

Já agora, como outra nota, o que se passa no Parque da Cidade, passa-se no centro da cidade do Porto com os Jardins do Palácio de Cristal que vão sofrer uma "compressão" para dar lugar a um Centro de Congressos ou lá o que é. Curiosamente é parte mais engraçada dos Jardins... o lago onde está localizado o café/cantina aberta ao público.

Mas conclusão, fica a cidade com mais uma zona verde de extrema importância e beleza reduzida para dar lugar a mais um pedaço de betão. Será tipo a palhaçada que se fez na Avenida dos Aliados onde destruiu uma zona verde para criar uma zona estéril onde nem as pombas e gaivotas lá param agora. Mas há uma diferença entre estes dois casos. É que a Avenida ainda vai servindo para todos usufruírem dela (vai sendo...). No caso dos Jardins do Palácio será apenas para meia dúzia de magnatas se poderem deliciar com a paisagem. Gostaria de saber é se o que resultar dali estará aberto à sociedade civil em geral... Parece-me que não...

Deixo o link do blogue Defesa dos Jardins do Palácio de Cristal.

Professores portugueses têm dos horários mais carregados - Portugal - DN

Professores portugueses têm dos horários mais carregados - Portugal - DN

Apenas venho comentar um ponto da notícia. Como contabilizar o tempo total de trabalho de um professor? Há quem defenda que as horas de trabalho em casa devem ser contabilizadas, por exemplo. Eu acho isto um mau caminho. De facto, há que contar o tempo TODO que um professor trabalha mas só aquele que é feito na escola. Antes que alguns comecem já a bufar, deixem-me esclarecer que, para isto sou totalmente a favor do que é dito na peça sobre o método de trabalho dos países nórdicos; não há trabalho de casa.

A questão que se põe é como é possível fazer o trabalho na escola com as devidas condições de paz e sossego. Hoje em dia, pondo isto de uma maneira simples, não há condições para isto. Contudo, já que se anda a gastar uma pipa de massa na modernização das escolas, porque não criar locais próprios para este efeito? Salas de professores maiores e com fácil acesso a uma biblioteca da escola - que as há - e material informático adequado ou então, adoptar o método das Universidades em que os professores têm gabinetes (individuais ou partilhados com dois ou três colegas) com acesso à Internet e computadores? Parecia-me dinheiro melhor gasto que andar a dar Magalhães para os putos andarem a ver o YouTube... Também me parece que resolve o problema da carga horária de um professor pois esta faz o trabalho à vista de todos e de forma a poder ser fácil e claramente contabilizada.  

Lisa Gerrard - Man on fire End theme


Da Vida - Causas

1 HORA = 1 VIDA

"Se lhe dissessem que 1 hora da sua vida pode significar uma vida de muitas horas para alguém que pode não ter muitas mais, o que faría? Muito provavelmente diria que essa seria a hora mais bem empregue da sua vida. Estou certo? Então dê essa hora da sua vida! Utilize-a para se tornar um potencial Dador de Medula Óssea! Pode fazer toda a diferença para alguém que espera que seja VOCÊ que lhe vai SALVAR A VIDA.


Inscreva-se no Banco de Dadores de Medula Óssea e talvez possa ser a "célulazinha" que falta para alguém ter uma "vida nova".

Como?Dirija-se a um dos centros:
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Leve um pequeno questionário já preenchido:
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CONVIDE OS SEUS AMIGOS PARA ESTE GRUPO! DIVULGUE ESTA INFORMAÇÃO! "

Fonte: Dadores de Medula Óssea

Retirado de Em@

Vírus da gripe A terá sido em muitos casos assintomático - JN


 
Vírus da gripe A terá sido em muitos casos assintomático - JN

Claro, quando se fazem vaticínios apocalípticos e depois tudo corre mal, depois de se gastarem milhões numa vacina que levanta muitas dúvidas a começar por quem a fabrica e as suas obscuras ligações ao antigo governo Norte-Americano, há que culpar alguém. Neste caso foi que a maior parte das pessoas teve a gripe A só que, milagrosamente, não deu por ela.

Das duas uma, ou o vírus afinal não era tão forte como se dizia e foi tudo uma palhaçada para umas quantas farmacêuticas ganharem umas coroas ou então estamos perante um perfeito milagre a julgar pelos cenários que se traçaram. Há ainda uma terceira hipótese para o caso português: incompetência dos responsáveis pela saúde pública.

Porque vale a pena ver - Steven Seagal

Um desvario sem nada a haver com nada.


Red Bull Air Race: "Isto é um contrato leonino" - JN

Red Bull Air Race: "Isto é um contrato leonino" - JN

Ora mais um excelente negócio para a capital. Quem tudo quer, tudo perde. Queriam a corrida, pois aí a têm. Só pena que no Porto ela custava 400.000 € às Câmaras do Porto e Gaia. Em Lisboa, só ao município irá custar 1,75 milhões de euros.

Agora esclareçam-me uma coisa... Não é a Câmara de Lisboa que andava com problemas financeiros e que estava com um passivo assim a modos que... digamos... elevado? Não é a Câmara de Lisboa que não tem dinheiro para fazer as reabilitações nos prédios degradados?

Pois, pode não ter dinheiro para pagar a quem deve ou para fazer aquilo que é da sua competência mas lá arranjou 1,75 milhões de euros para levar o Red Bull Air Race para lá. Costuma-se dizer que Portugal é muito provinciano. Com isto prova-se o contrário. Portugal não é provinciano. Portugal é governado por gente provinciana (no sentido figurado da palavra é claro) e invejosa (já para não falar no seu embrutecimento intelectual) que faz competição com as outras cidades do país em vez de fazer competição com as outras capitais europeias e mundiais.

O pior disto tudo é que quem vai pagar a factura destas aldrabices e idiotices políticas é o país e não a capital, pois essa está falida. Ainda me dizem que a regionalização não é precisa... Pois se calhar não... se calhar já nem a regionalização irá resolver o problema. Se calhar a solução era mesmo aquela que o Alberto João Jardim propõe para a Madeira, independências. Se calhar é isso que falta mesmo, um Alberto João Jardim em cada região do continente.

Espero é que da próxima vez que haja um Red Bull Air Race e se, por algum eventual acaso, ele venha para o Porto, que não haja um único tostão para a organização do evento. Que seja a ela a custear tudo. Espero também que o buraco orçamental da CML seja cada vez maior para ver se aquilo afunda de vez para se poder fazer de novo, que os remendos já não resultam.

Debate sobre o acordo ortográfico em Pérola de Cultura

Por iniciativa do blogue Pérola de Cultura, iniciou-se no mesmo um debate sobre este acordo que visa uniformizar as várias ortografias da língua portuguesa. Deixo aqui os links para os posts.

A boa Educação de alguns professores





De facto, com professores que fazem posts destes (clique para aceder) não admira que a educação esteja como está. São estas as pessoas que depois se queixam da falta de Educação (e note-se que é com E maiúsculo) dos pais dos alunos. São estas as pessoas que se queixam que os alunos depois não têm Educação. Pois, percebo-o perfeitamente. São estas pessoas que os ensinam e os alunos até aprendem bem a lição. Lá se vão os valores humanistas e a intelectualidade dos professores pelo ralo e lá vem a brejeirice.

Mas ao fim e ao cabo, até se entende a linguagem. Afinal é algo comum no partido político que ele apoiou nas últimas eleições. É o modus operandi de lá. Por isso até faz todo o sentido.

Fala o dito professor (com p minúsculo, mas mesmo pequenino) que é uma questão da salubridade pública. Ora, claro, até por são só os homossexuais a fazerem sexo no carro. Os heterossexuais não. Até só o fazem depois do casamento e só para fins de procriação. E com o "material" todo devidamente desinfectado. Sim, até porque todos os heterossexuais masculinos e femininos lavam as mãos depois de ir ao WC fazerem as suas necessidades fisiológicas. Claro, porque higiene acima de tudo e não podemos cumprimentar os outros com as mãos sujas. E não nos vamos esquecer das famosas escarradas para o chão. É óbvio que os heterossexuais não cospem para o chão na via pública. Seria uma falta de higiene e salubridade pública.

Com isto tudo, não admira que haja os problemas que há na educação. Pena que, por professores assim, levem todos por tabela. É que a questão não é o gostar ou deixar de gostar ou seque aceitar/tolerar a homossexualidade. A questão aqui é mesmo a falta de nível da pessoa em questão que, devido à sua profissão, deveria ter mais tento na língua.

Mas há uma coisa na qual o Reitor tem toda a razão. A campanha está mal direccionada. Os maiores transmissores de HIV/SIDA não são os homossexuais mas sim os heterossexuais acima dos 50 anos que recorrem à prostituição não protegida e que depois vão para casa infectar as esposas. Se calhar era mais por aí que a campanha devia de ir. Nesse ponto dou-lhe razão.

É óbvio que tal campanha seria utópica pois seria chamar a atenção para a hipocrisia da sociedade, sobretudo, destes falsos moralistas que deviam de dar aulas mas era no Irão. Ah pois, não devem querer. Lá não podem levar a vida que levam cá. Lá teriam de viver conforme eles aqui exigem aos outros que vivam. Pois... Hipocrisia, demagogia e ignorância pura no seu melhor. Devíamos todos estar contentes por este nível e qualidade entre os Professores.

Excelent post d'O Jumento




Sem mais palavras e porque vem em linha com aquilo que eu já digo há uns tempos aqui fica o link para este excelente post que recomendo vivamente que se leia. Pode aceder clicando aqui.

Música - Para descontrair e variar


Inquérito sobre o "Acordo de Princípios"



Poderão votar até ao final de quinta-feira aqui.

Porque é preciso ter cuidado com o que se diz.

 José Cerca, do blogue Do meu mirante publicou um texto de João Pereira Coutinho, publicado no Expresso do passado dia 31 de Dezembro, sobre o casamento homossexual.

Transcrevo o texto o qual pode ser consultado no blogue acima referido aqui.


Uma agressão somente à religião Católica?

Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma religião)

Uma agressão somente à Civilização Ocidental?

Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma civilização)

Uma agressão somente à humanidade?

Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhum grupo de humanos)

Uma agressão à Natureza?

Certamente não há no Reino Animal situações de acasalamento entre indivíduos do mesmo sexo.

Casamento “gay”

Abomino histerias; E o casamento “gay” é histeria.

Segundo dizem, recusar o casamento a pessoas do mesmo sexo é uma “discriminação”. As pessoas dizem a palavra – “discriminação” – e esperam que eu me comova.

Não me comovo. Claro que é uma discriminação…E daí?

Todos os dias, a todas as horas, sobre as mais variadas personagens, a sociedade exerce as suas “discriminações”.

Se, por mera hipótese, eu pretendesse casar com duas mulheres, estaria impedido pela força da lei. 

Não será isto uma “discriminação”?

Por que motivo o Estado impede que três adultos que se amam possam construir uma família em conjunto?

Arrisco hipótese: Porque a sociedade estabeleceu os seus códigos de conduta, os seus símbolos, as suas “instituições”. São estes códigos, estes símbolos, estas “instituições” que sustentam a vida em sociedade e não vale a pena questioná-los por cálculo racionalista. Acabamos por chegar a conclusões francamente lunáticas.

Se o casamento passasse a ser um mero contrato baseado no afecto (a visão sentimental da tribo), não haveria nenhuma razão substancial para impedir todas as formas possíveis de casamento: entre pais e filhos; entre irmãos; entre duas mulheres e um homem; entre uma mulher e vários homens; etc.
É justo que duas pessoas do mesmo sexo que partilham uma vida em comum possam assegurar certos direitos sucessórios ou fiscais.

Não é justo desmontar o casamento tradicional para acomodar o capricho de uns quantos. Pior: o gesto apenas abriria uma nova forma de “discriminação” sobre todos os outros – pais e filhos; irmãos; duas mulheres e um homem; uma mulher e vários homens – que são deixados injustamente à porta do matrimónio.

Tenham juízo e, já agora, portem-se como homenzinhos.

Por João Pereira Coutinho – in Expresso

Quinta-feira, Dezembro 31, 2009



Publico agora uma resposta ao artigo mas, principalmente ao dono do blogue, o qual me apraz ler e me parece que aqui deixou falar o coração e esqueceu-se de muitos volumes de história e biologia existentes nas bibliotecas, universidades e outras instituições cientificas.


Correcção dos muitos erros deste texto.

"Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma religião)"


Errado. Existe na Igreja da  Suécia pelo menos e só assim de repente. Certamente se olhar por uns milhares de anos de história se encontraria outros casos. Mas logo há partida está errado porque existe pelo menos uma.

"Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma civilização)"


Pensava que civilização ocidental, a existir, era só uma e algo contemporâneo.  Nunca no passado houve uma única civilização ocidental. E a existir é, onde começa e onde acaba? Ainda ninguém disse isso. Mas, mesmo aceitando taxativamente a questão de que nunca houve casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma civilização, há que referir que já houve coisas piores. Casamentos entre pais e filhas, irmão e irmã (assim de repente lembro logo de Cleopatra e do seu irmão pré-adolescente de quem teve um filho) e podia continuar. Coisas mais estranhas aconteciam ainda na idade média nos meandros da Igreja Católica e ainda acontecem agora nas paróquias e seminários e num dos paraísos Católicos que é a Irlanda com a pedofilia e tal e coisa. Por isso é divertidissimo ouvir pregar sermões e moralismo de quem não o tem. Mas adiante, próximo ponto.

"Certamente não há no Reino Animal situações de acasalamento entre indivíduos do mesmo sexo."


Cego é quem não quer ver, de facto. Desde pinguins (do mesmo sexo) a criarem ovos juntos até golfinhos machos a praticarem coito entre si, passando por macacos, chimpanzés, cães e tudo o mais, casos de homossexualidade na natureza documentados é coisa que não falta. Existe para todo o tipo e feitio. Desde ligações ocasionais até ligações para a vida.

"Se, por mera hipótese, eu pretendesse casar com duas mulheres, estaria impedido pela força da lei. Não será isto uma “discriminação”?

Por que motivo o Estado impede que três adultos que se amam possam construir uma família em conjunto?"


Provavelmente elas ou se amariam uma à outra e então seriam lésbicas e não quereriam casar com o homem em questão, ou então não quereriam casar uma com a outra mas sim com o homem e não quereriam, certamente, partilhá-lo com outra concorrente. Raciocínio auto-destrutivo este do autor e perfeitamente demagógico.


"Se o casamento passasse a ser um mero contrato baseado no afecto (a visão sentimental da tribo), não haveria nenhuma razão substancial para impedir todas as formas possíveis de casamento: entre pais e filhos; entre irmãos; entre duas mulheres e um homem; entre uma mulher e vários homens; etc."


Tanto não havia que não nos faltam casos desses perante toda a nossa história. Basta olhar para as famílias reais europeias. Não é preciso ir mais longe. Não me lembro de haver indignação na altura por parte da Igreja Católica nem dos Católicos de então. Hoje também não vejo grandes condenações dos factos.

"Não é justo desmontar o casamento tradicional para acomodar o capricho de uns quantos."


Que casamento tradicional? O que é isso? É que o casamento já sofreu mais alterações por essa história fora que já se lhe perdeu a conta. Quem escreve isto só pode ser um perfeito ignorante. Ainda no século XIX o casamento era visto de forma diferente. Não era algo feito por amor. Haviam os casamentos arranjados em que as mulheres não era mais nem menos que um bem a transaccionar e que ficaria submetido à vontade do homem. Por isso  juízo tenha é quem escreve isto.


José Cerca, respeito a sua opinião, mas devia ter mais cuidado com o que publica. Uma coisa são opiniões outra são mentiras e demagogias. Eu consigo pensar em várias razões pelas quais as pessoas possam ser contra o casamento e algumas já eu próprio as referi e concordo. Agora há que ter cuidado com o que se diz e, sobretudo, se reproduz. Isto é um desses casos.

Cumprimentos.


Mais poderia ser dito mas fico-me por aqui. O que digo agora é em geral.

Espanta-me contudo a ignorância que por aí anda e, ainda mais, o facto de se andar com estes problemas todos por razões não históricas, não culturais sequer mas semânticas. Se em vez de casamento lhe tivessem chamado "A coisa que é igual ao casamento mas não pode ser chamada como tal por que não se gosta" ninguém teria sequer falado. Ou isso ou então teriam arranjado outro problema qualquer como o fizeram nas Uniões de Facto. Quando se tenta disfarçar problemas do foro das fobias e ódios irracionais invocando razões históricas, culturais e de tradição, geralmente dá barraca. Facilmente se destroem argumentos e põe-se a nu a verdadeira razão das coisas. Facilmente se percebe que o problema está no que alguns senhores, que julgam ser detentores da verdade, e que invocam livros que apelam à discriminação das mulheres, negros e muitos mais, de livros que apelam à pena de morte por apedrejamento e por aí fora. Senhores que nem eles próprios acreditam naquilo que dizem e apenas o dizem por razões que se prendem com o seu próprio amor ao poder.

Balada de Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89 - Toada Coimbrã

Porque o raio do bicho académico não morre aqui fica a versão original da música, segundo o utilizador do YouTube que a publicou, cantada pela primeira vez. O que eu já procurei por isto.

P.S.: Woryck esta é para ti! Retribuição pela outra versão que mandaste. XD


DREN suspende professora que falava de sexo "em termos inapropriados" - JN





DREN suspende professora que falava de sexo "em termos inapropriados" - JN

E chega ao fim mais uma saga da educação em Portugal. O que se pode tirar daqui? Sem saber exactamente como eram as aulas normalmente da Professora em questão, não posso dizer mais do que acreditar naquilo que acabei por vindo a saber. Como tal irei apenas basear-me nisso.

Então, acreditando no que sei, é um facto que as atitudes perante o sexo na época clássica (e mesmo medieval em certos meios) era, no mínimo, promiscua. Segundo sei, era disto que a professora falava. Até aqui tudo bem e, a atitude dos pais, se foi apenas por causa disto revela a mais pequena das cabecinhas. Algo que, por aquilo que se vê, não é surpresa para ninguém. Mesmo dentro da classe também há estas mentes "pudicas" que, sinceramente, não como fazem sexo e como se reproduzem se lhe têm assim tanto nojo. Afinal eu ainda sou do tempo que certos cantos d'Os Lusíadas e certas matérias das aulas de Ciências da Natureza não eram dadas porque os professores se recusavam a falar nele. Naquela altura, não era pelos alunos e, graças a Deus, as minhas turmas vieram provar isso mesmo pois todos os professores que se atreveram a falar contra a opinião dos colegas viram o seu trabalho recompensado e a sua aposta ganha. Mas enfim, não é isto que importa.

O que importa é que aí está a decisão, de suspender a docente. Por isso agora é saber se foi suspensa pela denúncia dos pais, ou se foi suspensa por aquilo que disse na aula gravada e que veio a público.

Se foi pela denúncia dos pais, apenas revela que de facto a sociedade portuguesa é atrasada e que ainda não está ao nível das suas congéneres europeias, estando ao nível das suas congéneres islâmicas e africanas (as quais em muitos casos até já nos terão passado à frente). Revela a verdadeira razão pela qual a educação em Portugal falha e porque temos os resultados de insucesso escolar que temos.

No entanto, se a suspensão foi baseada apenas naquilo que a docente fez na aula gravada, pois aí a decisão foi acertada. Um professor não pode perder as estribeiras e baixar ao nível de quem o acusa. Pior, um professor não pode ter a falta de profissionalismo e amor próprio para ir falar da sua vida pessoal e da sua família, insultar os alunos e ainda impor confissões à força. Melhor tinha feito se tivesse estado calada e, em caso de injuria para com ela, tivesse recorrido aos tribunais ou outro órgão competente. Em vez disso, pôs-se ao nível de quem a acusou, tendo mesmo, na minha opinião ido ainda mais baixo.

Resta então saber, algo que o JN não disse, o porquê da suspensão. Se foi pelo funcionamento da aula se foi apenas por aquela aula em questão.

Casal McCann pede destruição total de livros - JN

 


Casal McCann pede destruição total de livros - JN

Muitos se indignaram com o casamento homossexual. Muitos disseram que era perder tempo com coisas desnecessárias. Muitos ainda gastaram horas e dias a lutar contra esta lei. Muitos insultaram quase com vaticínios do fim do mundo. Bem, essas mesmas vozes, perante algo que é de extrema importância para o país, que é o funcionamento de toda a ordem judicial portuguesa, estão agora caladas.

Um casal estrangeiro, com acusações graves (provadas ou não, foram graves) no seu currículo, com um caso de abandono dos próprios filhos para ir tomar jantar (as supostas visitas constantes não desculpam nem retiram o facto das crianças estarem sozinhas em casa), que usaram de sedativos para as crianças dormirem (penso que a própria Mrs. McCann o admitiu)... Bem, um casal com este currículo todo e ainda com amigos obscuros nas altas esferas do governo britânico e que anda a fazer milhões (o uso é irrelevante) com o desaparecimento da própria filha, chega a Portugal, não gosta do que um cidadão português, no seu pleno exercício da liberdade de expressão conferido pela constituição, diz leva-o a tribunal e consegue ganhar uma providência cautelar que ordena que as editoras recolham os livros e o filme e obriga o próprio cidadão a calar-se. Pessoalmente eu considero esta decisão do Tribunal inconstitucional mas está decidido está decidido. Recorre-se e espera-se que outros juízes tenham mais em conta a constituição e a lei portuguesa do que os desaforos do casal britânico.

Contudo, e voltando ao assunto, o casal vem agora pedir a destruição dos livros, algo que faz lembrar  os tempos da Inquisição em que obras eram queimadas se pusessem a Igreja Católica numa situação embaraçosa.

Para além de me perguntar, porquê esta obsessão para que não se infira nos meios de comunicação que eles podem ser culpados, violando a liberdade de expressão garantida em Portugal pela constituição, ainda não se ouviu nenhum dos tão verbais opositores do casamento homossexual a falar sobre este caso. Sobre um caso que tem desgraçado a Justiça Portuguesa. Já agora, outro caso igualmente grave e que se tem arrastado nos tribunais que nem uma rasca novela televisiva, é o caso Casa Pia.

Sem Justiça não há combate à corrupção. Sem Justiça não há economia que resista pois deixa de existir um fórum onde resolver as questões. Sem Justiça todos ficam sem direitos. Sem Justiça não há ordem e paz social. Por isso, perante tais gravidades dos casos, pergunto-me onde estão então as vozes críticas dos temas verdadeiramente importantes? Não falam agora? Perderam o pio? Pois, falam de democracia... Sem Justiça ela não existe, contudo, com perante casos que ameaçam a Justiça estão mudos. Compreende-se. Afinal o verdadeiro problema da maior parte desta gente não é o facto de haverem problemas mais importantes. Também não é pela falta de um referendo (só querido pelos opositores) que vai causar o fim da democracia.

O verdadeiro problema dessa gente era mesmo dois homens (nem tão pouco são as lésbicas pois essas até são o sonho de todo o homem heterossexual em Portugal - andar a praticar o coito com duas ao mesmo tempo, de preferência com elas a praticarem sexo mutuamente) poderem ou não partilhar uma vida. O chamar-se casamento GAY em vez de casamento HOMOSSEXUAL é exemplo disso pois gay associa-se a homem e não a mulher.

Conclusão, com uma sociedade hipócrita e ignorante e, pior, falsa moralista e falsa pudica, o país não vai a lado nenhum não. Quando se perde o tempo que se perdeu com algo que só diz respeito a quem se quer casar, quando se faz o xinfrim que se fez por algo que é completamente irrelevante para 90% da sociedade portuguesa e, com casos gravíssimos não há referendos nem indignação, então este país está mesmo condenado à desgraça.

Como disse outro dia, em Portugal só se fala e só se perde tempo com o acessório. Com o que é essencial não se faz nada pois isso dá trabalho e, pior que tudo, vai obrigar-nos no futuro a fazer as coisas direitas. Pelo menos, tira-nos as desculpas de que o problema é dali e de acolá e não nosso.

Ainda sobre isto, o facto de andar gente em cuecas no metro também não causou nenhum alarido para tão oficiosos e preocupados senhores e senhoras com a moral e bons costumes da sociedade. Ao fim ao cabo, as crianças só serão afectadas com aquilo que provavelmente poucas irão ver (casais homossexuais) e não com aquilo que qualquer uma poderá ver (gente a andar em cuecas em pela via pública).

Afinal de tudo, o que importa mesmo é que dois homens não se possam beijar ou expressar o seu afecto. Isso é que é importante que se impeça pois isso é que trará o Apocalipse à sociedade portuguesa.

Fica aqui esta notícia, desta vez do DN.

Cedo para festejar


Hoje foi aprovado na Assembleia da República o acesso ao Casamento por parte de pessoas do mesmo sexo. Muita festa se viu logo em seguida à sua aprovação. Contudo, penso que é ainda cedo demais para tamanha celebração. Ainda falta ver o que o Presidente Cavaco Silva irá fazer. Depois já é preciso contar com as jogadas de secretaria do PSD que, com mau perder e não conseguindo disfarçar a sua homofobia e aproveitando ainda para fazer jogo político, disse já tencionar pedir parecer ao Tribunal Constitucional.

Para quem pensa que isto é o fim da "guerra" desenganem-se. Isto foi só a primeira batalha.

Em todo o caso, Portugal junta-se à África do Sul, Bélgica, Canada, Espanha, Holanda, Noruega, Suécia e ainda ao Distrito Federal no México e a cinco Estados dos Estados Unidos da América (Conneticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire e Vermont) mais o District Columbia. Como nada de mal aconteceu em nenhum destes países prevejo que os profetas da desgraça e defensores sabe-se lá de que moralidade e costumes tenham que, em breve, começar a assobiar para o lado por forma a não serem descredibilizados ainda mais nas suas homofobias latentes.

Já ouvi também alguns a falar de que o próximo passo é adopção. Aí deixo dois avisos. Um que é o que disse inicialmente, cuidado que isto ainda não acabou. O segundo é que, talvez fosse bom deixar a sociedade amadurecer. Pensem que, se gays e lésbicas são discriminados ainda como são, o que não acontecerá a uma criança que esteja a ser educada e criada por dois pais ou duas mães. É daqueles casos que, é bom deixarmos os egoísmos de parte e pensarmos no bem delas. Não me confundam, contudo o alcance destas palavras. Não estou a dizer que as crianças sairão prejudicas se forem educadas por homossexuais nem tão pouco quero dizer que estes últimos são inaptos a educarem crianças. Quero apenas dizer que, sendo a sociedade portuguesa a mesquinhez que é, talvez fosse bom parar para pensar.

Somos um país de poetas e etimologistas


Aqui há uns tempos, publiquei um post sobre o mal de Portugal serem os próprios portugueses. Hoje venho desenvolver aqui mais um bocadinho o tema.

Portugal tem, desde há décadas (senão séculos mesmo) problemas sérios para resolver os quais continuam, hoje em dia, a estarem mal resolvidos ou simplesmente por resolver. Resta perguntar porquê. Afinal de contas os diagnósticos já estão feitos há muito. Já todos sabemos onde estão os problemas ou, pelo menos, parte deles.

Então, se já se sabe isto, porque não se resolvem as coisas? Simples, porque somos um país de poetas e etimologistas. Somos um país que se preocupa apenas com a forma das coisas e não a substância das coisas. Preocupamo-nos com o que é acessório e não com o essencial. E isto acontece em tudo. O caso mais flagrante é o caso do futebol, algo completamente acessório à sobrevivência e vivência de cada dia mas que, no entanto, ocupa tempos infinitos da vida do país e que se sobrepõe a tudo. Chega-se mesmo ao cumulo de se interromper programas só para dizer que um treinador qualquer chegou não sei aonde.

Mas mais casos há. Na educação temos a ADD. Os problemas neste sector são muitos e já todos sabem quais são há muito. Contudo, foi preciso a ADD para se falar neles e, rapidamente, se deixou de falar em qualquer outra coisa que não a ADD. De repente, os únicos problemas da educação e dos professores eram a progressão na carreira e a ADD. Manuais de treta, programas ridículos e estupidificantes, falta de condições nas escolas, etc... Tudo desapareceu. A ADD era a fonte de todos os males.

Mais recentemente é a catadupa de casos mediáticos da justiça a que nada levam. Nunca há culpados e perdem-se horas a falar da vida das pessoas, dos meandros da justiça e tudo o mais. Chega-se ao cumulo de haver até comissões parlamentares que dizem que houve corrupção mas não houve corruptos.

Agora é o caso do casamento de pessoas do mesmo sexo. O que se discute afinal? Se aquilo deve ser chamado casamento ou vrenhak. Mais claro que isto não podia ser o caso do projecto de lei do PSD. O resultado deste projecto será o mesmo do do PS, só que um chama-lhe casamento e outro chama-lhe união civil registada. Um altera uma lei existente, outro cria uma coisa nova igual à outra que já existe.

Enfim, andamos a perder tempo a discutir o que chamar às coisas. Andamos a perder tempo a arranjar discutir semântica. Andamos a perder tempo a fazer belos discursos ao país sobre o estado da nação e sobre os males que afligem o país. Andamos a perder tempo a falar dos casos da justiça sem que, no entanto, isso possa levar a algum lado pois quem decide as coisas são os tribunais e não os jornalistas e os telespectadores. Andamos a discutir se o jogador A, B ou C vai para este ou para aquele clube enquanto os clubes se afundam em dívidas e os males do país ficam por resolver.

Em vez de se perder tempo a fazer, perdemos tempo a falar e a escrever relatórios e discursos bonitos. Somos um país de poetas que só está interessado em falar e usar linguagem bonita para inglês ver. Somos um país de etimologistas que se preocupa mais com o que chamar ao quê em vez de se fazer o que é preciso. Se ao menos isto se traduzisse numa excelente literatura moderna e prémios atrás de prémios internacionais e um povo com uma literatura invejável... Mas não. Temos um povo analfabeto que mal sabe ler quanto mais escrever. Um povo que não se defende, um povo que é levado por "palavras apetrechadas de asas" (Homero, Odisseia).

Enfim, o problema é mesmo não se fazer nada e andarmos todos a viver uma bela telenovela ou conto de fadas que um dia acabará numa hecatombe. Só que aqui, as reses sacrificadas serão os próprios portugueses.

Sacrificio de crianças no Uganda


Andamos nós a pagar ajudas para isto e para aquilo a esta gente. Contra isto não se insurge a Igreja Católica. Contra isto não há protestos. É esta a defesa da vida que outro dia um certo senhor falou.

Com estas tretas todas e o dinheiro (o nosso) que se continua a enfiar nesta cambada de países. É para isto que quiseram a independência. Pior, julgava-se que era por serem pobres, coitados. Não sabiam melhor. Mas segundo a notícia da BBC, o número de sacrifícios de crianças tem aumentado a par do aumento da riqueza.

Vivam as religiões!

A notícia pode ser lida aqui.

Excelent post d'O Jumento

Quando alguém fala melhor que nós e tudo diz, não se acrescenta nada. Subscreve-se. É o que faço em relação ao post d'O Jumento "Tanta Energia".

Deixo apenas aqui reproduzido parte do post.

"Sempre que a direita fica incomodada por ser adoptada uma medida que não pode impedir por não ter maioria parlamentar usa o argumento do tempo mal empregue, quando há problemas maiores para resolver.

Mas no caso do casamento, que uns designam por gay e outro por casamento de pessoas do mesmo sexo, quem gastou menos tempo com o assunto foi o governo, basta a alteração de uma linha do Código Civil e duas horas de debate parlamentar, o que não me parece qualquer prejuízo para o país.
Já do lado dos que se opõem a que os outros se casem como eles houve tanta iniciativa e empenho que fiquei com a impressão de que ou não têm nada que fazer ou andam preocupados com os problemas errados. Desdobraram-se em entrevistas, recolheram assinaturas, promoveram debates, escreveram artigos para os jornais, até houve um senhor juiz que puxou da pena e escreveu um livro que, por sua vez, deu lugar a uma apresentação pública e mais algumas entrevistas."

- in O Jumento.

Comentário de leitor do JN

 Comentário de Rozza no Jornal de Notícias. Pode aceder à notícia clicando aqui.

"Qual o custo de um referendo? Uns milhões para os funcionários que assegurarão a votação, outros milhoes para o tempo de antena, propaganda, impressão dos boletins... Não menos de 10 milhoes! O país está realmente a nadar em dinheiro pa poder gastar em tretas de referendos contra uma medida que não prejudica ninguem! E o contribuinte que pague as birras de uma data de púdicos que não querem que o vizinho bicha possa dizer que é casado!"
- Rozza in JN.

Casamento gay: Plataforma não diz se é a favor ou contra, só defende referendo - JN


Casamento gay: Plataforma não diz se é a favor ou contra, só defende referendo - JN

Falta de honestidade é a única coisa que me ocorre perante isto. Quando se convoca um referendo é porque se quer ter a oportunidade de convencer alguém das virtudes ou malefícios de determinada coisa. Quando se convoca um referendo, especialmente quando já há opinião formada na AR, é porque se discorda dessa posição.

Se a Plataforma para a Cidadania e Casamento (ênfase na parte casamento) fosse perfeitamente neutra não teria começado por escolher o nome que escolheu. Depois também não teria nos seus apóstolos a quantidade absurda de gente que é contra o Casamento Homossexual.

Claramente que, quem é a favor desta lei, tendo-a já com discussão e uma forte possibilidade de ser aprovada na AR, então não iria convocar um referendo sobre uma coisa com a qual concorda e a qual será mais certamente aprovada que rejeitada em votação parlamentar.

Com isto tudo, a única coisa que se pode concluir é que a dita Plataforma tem, na verdade, uma opinião formada e um objectivo a atingir. Conseguir no referendo aquilo que, em princípio, não conseguirá no parlamento. Isto é, impedir a legalização do Casamento Homossexual.

Como tal, é por demais desonesto e demagógico dizer que a Plataforma não toma posição. A sua existência é logo uma tomada de posição. Mais uma vez, homofóbicos e demais trupe de amigos, tentam atirar areia para a cara das pessoas mentindo e ludibriando os eleitores com falsos sinais de tolerância.

São contra? Pois muito bem, estão no direito deles. Querem fazer um referendo, estão no direito deles de o tentarem. Agora tenham cojones para dizerem verdadeiramente o que querem sem rodeios e, sobretudo, aldrabice ou falsos moralismos. Assumam os seus próprios preconceitos com coragem e frontalidade.

Citações do dia


"Never lend books, for no one ever returns them; the only books I have in my library are the books that other people have lent me." 
- Anatole France

"I don't know anything about music - in my line you don't have to."
- Elvis Presley